Panorama
 
 
 

PESCADORES FLUMINENSES CULPAM CONCESSIONÁRIA POR MORTE E PEIXES NA LAGOA DE ARARUAMA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2009

25 de Janeiro de 2009 - Paulo Virgiliio - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Os pescadores de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, deverão ter um encontro na próxima terça-feira (27) com diretores da Prolagos, concessionária do sistema de água e esgoto local. Ontem (24), cerca de 100 pescadores jogaram dez toneladas de peixes mortos na porta da sede da Prolagos, num protesto contra a empresa, que, segundo os pescadores, é a responsável pela mortandade dos peixes na Lagoa de Araruama.

Em nota, a Prolagos repudiou a manifestação, que considerou “violenta” e afirmou que cumpre as normas estabelecidas no contrato de concessão, "especialmente no que se refere à operação do sistema de coleta e tratamento de esgoto".

Além do lançamento de esgotos in natura, as últimas chuvas agravaram a mortandade de peixes na Lagoa de Araruama, fonte de sustento para cerca de 2,5 mil pescadores. A retomada da dragagem do Canal de Itajuru, na divisa com o vizinho município de Cabo Frio, é considerada pelos ambientalistas da região fundamental para acabar com o assoreamento que impede a renovação das águas da lagoa e contribui para a mortandade da fauna marinha.

A dragagem do Itajuru, única ligação da lagoa com o mar, foi interrompida no final do ano passado, quando foi concluída a primeira fase da obra, com a retirada de uma antiga adutora que limitava a passagem da água pelo canal. Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a draga voltará a operar na próxima quarta-feira (28).

Durante vistoria feita na última quinta-feira (22) à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Prolagos, no município de Arraial do Cabo, o presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, deputado André do PV, constatou diversas irregularidades. Segundo o parlamentar, a estação “está funcionando parcialmente e fazendo apenas o tratamento primário do esgoto”. O deputado disse que vai enviar um relatório para a prefeitura de Arraial e para a concessionária Prolagos relatando as condições da estação de tratamento.

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Comerciantes da Região dos Lagos contabilizam prejuízos após mortandade de peixes

30 de Janeiro de 2009 - Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil - São Pedro da Aldeia (RJ) - O incidente na Lagoa de Araruama, na Região do Lagos, que matou toneladas de peixes, não afetou apenas a vida dos pescadores. O problema, que surgiu no último sábado (24), se refletiu no turismo e os comerciantes começam a contabilizar os prejuízos. É assim em um dos municípios mais afetados, São Pedro da Aldeia.

Além do mau cheiro, o episódio provocou a proliferação de algas que sujaram o principal ponto turístico da cidade. As águas da lagoa, que estavam cristalinas até o inicío do mês, mudaram de tom para uma cor escura. E o medo de contaminação, já que uma das possíveis causas da mortandade é o despejo de esgoto sem tratamento no ecossistema, inibiu o consumo de peixes e frutos do mar.

João Josué da Silva tem um quiosque há 28 anos na Praia do Sudoeste, uma das menos afetadas pelo mau cheiro e que ainda tem banhistas. Ele conta que após a mortandade, o movimento caiu para 1% do esperado e explica que o acidente afastou os visitantes na segunda quinzena de janeiro.

“Tem mau cheiro, a água está preta, o turista não usa a praia”, disse. “Não estou vendendo nada, nem pastel de camarão de cativeiro querem. É só batata frita, pastel de queijo e de carne. Nem sentir o cheiro do pescado aceitam”.

A administradora de uma das pousadas da cidade relata também desistências. Segundo Rosane de Azevedo, apesar do início das aulas, a casa costuma estar lotada de turistas paulistas e cariocas. Ela teme, agora, que o esvaziamento, que marca o final do mês, se reflita no próximo feriado prolongado. “A procura pela semana do carnaval já caiu cerca de 60%”.

A prefeitura de São Pedro da Aldeia estima que os prejuízos decorrentes da mortandade cheguem a R$ 6 milhões. “Considerando o turismo e a pesca, a Lagoa de Araruama é a nossa principal fonte de recursos”, disse o vice-prefeito, Francisco Marcos Moreira. Na ultima quarta-feira (28), a cidade decretou situação de emergência para garantir indenização a 2 mil pescadores.

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Ministério da Defesa quer reconstruir escola de pesca na Ilha da Marambaia

30 de Janeiro de 2009 - Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A antiga escola de pesca localizada na Ilha da Marambaia, na Baía de Sepetiba, em Mangaratiba (RJ) deve ser recuperada. O ministro de Defesa, Nelson Jobim, reforçou hoje (30) a promessa da Secretaria da Igualdade Racial (Seppir) e disse que o projeto faz parte de uma agenda social para comunidade quilombola da região, que vive um impasse com os militares na área.

Segundo Jobim, a escola de pesca será voltada, prioritariamente, aos moradores da comunidade que é composta por descendentes de africanos trazidos para o Brasil. Ele disse que o projeto foi discutido com a Secretaria da Igualdade Racial e com o Ministério da Pesca. No próximo mês, os ministros das três pastas voltam a se encontrar para discutir a implementação da agenda.

“Temos um grande projeto para Marambaia, com a retomada da escola, recuperação das moradias e fornecimento de luz”, afirmou o ministro da Defesa, antes de participar de uma reunião no Centro Tecnológico da Marinha, na zona norte do Rio. “As pessoas lá querem água, luz e casa. Vamos conseguir isso e acabar com os problemas”, garantiu.

Em relação à luz elétrica, Nelson Jobim disse que a Ampla, uma das concessionárias de energia do estado, deve passar um cabo ultramarino para levar eletricidade ao local. “Existe também a possibilidade de construir uma micro usina no local, em uma das quedas d'água de lá”, comentou Jobim.

A escola de pesca foi instalada na ilha ao final da década de 30. Posteriormente desativada, passou a abrigar um centro de treinamento da Marinha. No entanto, os militares até hoje não reconhecem como descendentes de escravos os cerca de cem moradores da comunidade. Por medidas judiciais, impedem a demarcação e titulação do território.

Os moradores da comunidade não podem reformar as próprias casas sob pena de prisão. As lideranças do grupo contam que, com as chuvas do fim do ano e os ventos fortes, a situação dos telhados é precária.

Boa parte dos moradores da comunidade quilombola, reconhecida pela Fundação Palmares, vive da pesca. Até hoje, a luz que brilha nas casas simples, além da Lua, é a do lampião. Já no centro de treinamento da Marinha, na mesma ilha, há fornecimento por querosene.

Devido à disputa com os militares, a demarcação e a titulação do local está em curso na Advocacia-Geral da União (AGU). A comunidade quer ter reconhecido um quinto da ilha. A Marinha, por sua vez, diz que a área em questão é estratégica e pode servir para uma futura base de submarinos.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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