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CIENTISTAS DESCOBREM DEZ ESPÉCIES DE ANFÍBIOS NA COLÔMBIA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Fevereiro de 2009

Descoberta deve ajudar na conservação do Darién, região onde foram encontrados

Bogotá, Colômbia, 02 de fevereiro de 2009 — Cientistas anunciaram hoje a descoberta de dez prováveis novas espécies de anfíbios, incluindo um sapo arlequim do gênero Atelopus e três sapos venenosos.

As espécies foram descobertas durante uma expedição do Programa de Avaliação Rápida (RAP, da sigla em inglês) ao morro Tacarcuna, na região do Darién, na fronteira da Colômbia com o Panamá. Herpetólogos da ONG Conservação Internacional (CI) na Colômbia e ornitólogos da Fundação Ecotrópico lideraram a expedição, que teve o apoio da comunidade indígena Emberá, da região de Eyakera.

Durante três semanas, os cientistas identificaram aproximadamente 60 espécies de anfíbios, 20 de répteis e quase 120 de aves, muitas das quais parecem não ser encontradas em nenhum outro lugar do planeta.

Dentre as prováveis novas espécies de anfíbios estão três pererecas de vidro (dos gêneros Nymphargus, Cochranella e Centrolene); três sapos venenosos da família Dendrobatidae (dos gêneros Colostethus, Ranitomeya e Anomaloglossus), um sapo arlequim do gênero Atelopus, duas espécies de perereca da chuva (gênero Pristimantis) e uma salamandra (gênero Bolitoglossa). A Colômbia possui uma das comunidades de anfíbios mais diversas do mundo, com 754 espécies registradas atualmente.

Além das descobertas, a expedição registrou a presença de mamíferos de grande porte como o tapir de Baird (Tapirus bairdii), que consta na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, da sigla em inglês) na Colômbia, e quatro espécies de macacos: macaco-aranha de Geoffroy (Ateles geoffroyi), o sagui de Geoffroy (Saguinus geoffroyi), o mico da cabeça branca (Cebus capuchinus) e o bugio de manta (Alouatta palliate). Também foram encontradas populações de catetos dos lábios brancos (Tayassu pecari).

Espécies típicas da América Central foram registradas pela primeira vez na região norte da América do Sul, como uma salamandra (Bolitoglossa taylori), uma perereca da chuva (Pristimantis pirrensis), um pequeno lagarto (Ptychoglossus myersi) e uma cobra ainda não identificada.

“Uma vez mais reafirmamos que somos uma potência por natureza e que não somos líderes apenas na nossa região, mas também no mundo todo. Sem dúvida, esse fato representa um grande avanço para a humanidade em matéria de ciência e saúde”, afirma o ministro de Meio Ambiente da Colômbia, Juan Lozano Ramírez.

Os anfíbios são considerados pelos cientistas importantes indicadores da saúde do ecossistema. A pele porosa e absorvente desses animais é como um sistema de avisos de degradação ambiental causada por chuva ácida ou contaminação por metais pesados e pesticidas que também podem prejudicar os seres humanos. Os anfíbios ajudam a controlar a propagação de muitas doenças, como malária e dengue, porque comem os insetos que as transmitem às pessoas. Além disso, são extremamente suscetíveis a variações de clima incomuns, o que significa que muitas espécies estão sendo impactadas pela mudança climática.

“Essa região é, sem dúvida, uma verdadeira Arca de Noé. O número elevado de novas espécies de anfíbios descobertos é um sinal de esperança, mesmo com a grave ameaça de extinção que este grupo de animal enfrenta em muitas outras regiões do país e do mundo”, diz o diretor científico da CI-Colômbia, José Vicente Rodriguez.

A região do Darién é desconectada da cadeia de montanhas dos Andes e é reconhecida pelos cientistas como um centro de endemismo, rica pela sua enorme diversidade biológica. Historicamente, a selva do Darién tem possibilitado o intercâmbio entre a fauna e a flora das Américas do Norte e do Sul.

Embora a superfície natural do Darién esteja ainda relativamente intocada, ela enfrenta muitas ameaças e sua paisagem está passando por uma rápida transformação, devido principalmente à extração ilegal de madeira, criação de gado, cultivo de plantios ilegais, caça, mineração e fragmentação do habitat. Entre 25 e 30% da vegetação natural da área está sendo desmatada, especialmente as terras baixas e as planícies aluviais.

Os resultados da expedição devem contribuir para o fortalecimento do status de área protegida aplicado a quase toda a região do Darién no território colombiano. Além disso, devem ajudar a motivar a declaração de uma nova área protegida no morro Tacarcuna. Outra meta importante é a de apoiar iniciativas que garantam os direitos à terra para a comunidade Emberá de Eyakera, por meio da criação de uma reserva indígena, do desenvolvimento de planos de manejo e iniciativas de planejamento territorial adequadas para a área e sua população.

A identidade e os nomes das novas espécies encontradas serão apresentadas para a comunidade científica e as autoridades ambientais para avaliar o seu estado de conservação e risco de extinção.

 
 

Fonte: Conservação Internacional Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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