02 Feb
2009 - Dois de fevereiro é o Dia Mundial
das Áreas Úmidas. Neste ano, o tema
central das comemorações enfatiza
a necessidade de ver as áreas úmidas
como um todo, reforçando a conexão
que existe entre as partes altas e baixas dos rios
que formam esses sistemas.
A data é comemorada todo
ano no aniversário de assinatura da convenção
de Ramsar (Irã), firmada em 1971 com o objetivo
de promover ações nacionais e internacionais
para a conservação e o uso sustentável
das áreas úmidas e de seus recursos
naturais.
Áreas úmidas são complexos
ecossistemas localizados em uma zona de transição
entre os ecossistemas aquáticos e, por isso,
possuem uma das maiores biodiversidades do Planeta.
No âmbito da Convenção
de Zonas Úmidas de Importância Internacional,
porém, incluem-se desde áreas continentais,
como as marinhas e costeiras até as artificiais.
Alguns exemplos são os lagos, manguezais,
pântanos e também áreas irrigadas
para agricultura, reservatórios de hidrelétricas,
entre outros. Ao todo, são classificados
42 diferentes tipos de zonas úmidas por esse
tratado internacional.
O Brasil abrigada a maior área
úmida continental do planeta – o Pantanal,
que abrange parte dos estados do Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul e estende-se pela Bolívia e
Paraguai. O regime de inundações é
responsável pela renovação
da fauna e flora do Pantanal, uma das mais ricas
do mundo. Sem esse ciclo, toda a biodiversidade
do bioma fica ameaçada.
Ameaças – No mundo, a agropecuária
e o desenvolvimento urbano são, provavelmente,
as ameaças mais freqüentes às
áreas úmidas. No Pantanal, elas são
causadas principalmente pela agricultura e pecuária
insustentáveis, que vêm se expandindo
especialmente no planalto da bacia. A construção
de usinas hidrelétricas e produção
de carvão, responsável pelo desmatamento
das florestas nativas, são também
ameaças ao Pantanal.
O coordenador do programa Pantanal
para Sempre do WWF-Brasil, Michael Becker, ressalta
a importância de se olhar o Pantanal como
um todo quando se fala em conservação.
“Tudo que é feito na parte alta da bacia
tem reflexos na planície inundável”,
diz.
Ele lembra ainda que a maior parte
das nascentes dos rios que abastecem o Pantanal
está concentrada na parte alta. “A degradação
dessas áreas representa um sério risco
à biodiversidade do Pantanal”, alerta.
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Hora do Planeta 2009 atinge novo
recorde de adesão mundial
04 Feb 2009 - Países que
participam da Hora do Planeta já são
mais do dobro dos que aderiram em 2008. O designer
gráfico Shepard Fairey, que retratou Obama,
compara o ato de desligar o interruptor a votar
a favor do clima
Brasília, 5 de fevereiro
de 2009 – Faltam oito semanas para a realização
da Hora do Planeta 2009 e o evento já conta
com a adesão de cidadãos, empresas
e autoridades de 375 cidades em 74 países,
que se comprometeram a desligar as luzes e mantê-las
apagadas durante sessenta minutos, a partir das
20h30min, em 28 de março, em um ato simbólico
de combate ao aquecimento global.
A lista de cidades que confirmaram
sua participação na Hora do Planeta
2009 inclui 37 capitais federais e algumas grandes
cidades do mundo, como Londres, Beijing, Roma, Moscou,
Los Angeles, Rio de Janeiro, Hong Kong, Dubai, Cingapura,
Atenas, Buenos Aires, Toronto, Sydney, Cidade do
México, Istambul, Copenhague, Manila, Las
Vegas, Bruxelas, Cidade do Cabo e Helsinki.
O evento promovido pela Rede WWF
mantém um crescimento constante desde seu
início, que foi um ato de conscientização
realizado em Sydney, na Austrália, em 2007,
até o fantástico resultado do ano
passado, totalizando 371 cidades em 35 países.
O Brasil estréia sua participação
este ano, o que foi oficializado em 28 de janeiro,
durante evento de lançamento da Hora do Planeta
no Brasil, com o anúncio da adesão
oficial da cidade do Rio de Janeiro.
O Secretário-Geral da Rede
WWF, James Leape, se mostra otimista quanto ao potencial
dessa campanha para levar a uma tomada de decisão
sobre a questão das mudanças climáticas.
“Nos próximos meses, espera-se a adesão
de centenas de outras cidades a esse ato simbólico.
A Hora do Planeta 2009 estabelece a plataforma para
um mandato global sem precedentes para que se adotem
ações de combate às mudanças
climáticas”, declarou.
Além do Cristo Redentor,
no Rio de Janeiro, a Hora do Planeta 2009 verá
as luzes se apagarem em alguns dos mais conhecidos
ícones do mundo, como a Opera House em Sydney
(Austrália), a Torre CN em Toronto (Canadá),
o Estádio do Milênio em Cardiff (Inglaterra,
e o edifício mais alto do mundo, o Taipei
101 (Taiwan).
O apoio mundial a essa campanha
foi garantido por um continente de eminentes embaixadores,
com destaque para o arcebispo sul-africano Desmond
Tutu, Prêmio Nobel da Paz, e a atriz de cinema,
vencedora do Oscar, Cate Blanchett. No Brasil, os
atores Camila Pitanga e Victor Fasano e a apresentadora
de TV, Cynthia Howllet aderiram ao movimento. E
o ator Marcos Palmeira gravou gentilmente a locução
do filme promocional, criado pela agência
DM9DDB.
Na obra de arte que criou para
o movimento Hora do Planeta, Shepard Fairey - o
artista que ficou conhecido pelos retratos desenhados
de Barack Obama durante a recente campanha eleitoral
para presidente dos EUA – comparou o ato de desligar
o interruptor a dar um voto pelo combate às
mudanças climáticas.
O diretor executivo da Hora do
Planeta, Andy Ridley, disse que a campanha de 2009
é uma oportunidade para que as pessoas de
todo o mundo votem nessa importante questão
global.“Por sua própria natureza, a Hora
do Planeta constitui a essência da ação
de organização de base. É uma
oportunidade para que indivíduos de todos
os cantos do mundo se unam em uma única voz
e façam um apelo para que se aja contra as
mudanças climáticas”, disse Ridley.
O ano de 2009 é decisivo
para uma ação de combate às
mudanças climáticas, pois as lideranças
mundiais têm encontro marcado na Conferência
das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas que se realiza em Copenhague (Dinamarca),
em dezembro, para a assinatura de um novo acordo,
em substituição ao Protocolo de Quioto.