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ESPECIALISTAS TEMEM QUE CRESCIMENTO DE ENERGIA PREVISTO NO PAC DEPENDA DO CARVÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2009

4 de Fevereiro de 2009 - Gilberto Costa - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O anúncio de mais investimentos e de antecipação das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi bem recebido entre empresários e especialistas na área de infra-estrutura. O governo federal promete gastar mais R$ 142,1 bilhões no PAC até o próximo ano. Hoje (4), durante o balanço dos dois anos do PAC, o governo informou que R$ 20,2 bilhões serão destinados ao setor energético.

Além de dar mais dinheiro, o governo quer antecipar o cronograma de obras. Esse é o caso da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). O leilão de concessão da usina deve ser realizado até setembro, um mês antes do previsto. Belo Monte terá capacidade de gerar sozinha 11 mil megawatts (metade do volume leiloado nos últimos dois anos com o PAC).

Para o consultor de meio ambiente Cláudio Langoni,, o anúncio de mais investimentos do PAC é positivo, pois haverá recursos para atendimento das condicionantes dos licenciamentos ambientais. Langoni ressaltou, no entanto, que o crescimento da oferta de energia para os próximos anos (afora Belo Monte) está baseado na energia de fontes térmicas a carvão, o que aumenta a emissão dos gases que favorecem o aquecimento global e pressiona o desmatamento.

A queixa dos grandes consumidores é que a energia de fonte térmica tem alto custo e encarece a manufatura e as atividades em indústrias petroquímicas, de química de base, de cimento, de celulose e siderúrgicas. “A energia muito cara pode inviabilizar a produção”, alertou o presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Ricardo Lima.

Com energia a custo elevado, disse Lima, “o produto nacional deixa de ser competitivo com o produto importado”. Ricardo Lima ainda espera que o governo desonere tributos. Segundo ele, a redução de encargos setoriais pode tornar o custo da energia 10% mais baixo.

Já o consultor da área de energia João Carlos Mello explicou que opta-se por térmicas a carvão por causa da falta de reservatórios licenciáveis para produção de energia hidrelétrica e também porque a construção de uma usina térmica é mais rápida do que a de uma hidrelétrica.

Para ele, essa opção era válida quando havia uma expectativa de crescimento econômico mais rápido. Agora, diante do cenário de retenção da economia, é possível “planejar de forma cautelosa”, inclusive considerando a possibilidade de uso da energia de usinas nucleares.

O planejamento a longo prazo do governo, além do horizonte do PAC, é que a dependência do carvão diminua. Segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia, em consulta pública no site do Ministério de Minas e Energia, a participação de usinas térmicas na matriz energética vai cair de 10,2% (em 2008) para 8,6% (em 2017).

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Inspeção veicular de São Paulo começa com 4,7% de adesão

2 de Fevereiro de 2009 - Vinicius Konchinski - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - Começaram hoje (2) as inspeções para o controle da poluição emitida por automóveis e motocicletas na capital paulista. Veículos com placa final 1, que haviam marcado a verificação para hoje, já tiveram o nível de poluentes emitidos checado em algum dos sete postos de fiscalização em funcionamento na cidade.

De acordo com a Secretaria Municipal de Verde e Meio Ambiente, só na primeira fase do programa de inspeção veicular, que vai até 30 de abril, 227 mil carros e motos com placa final 1 terão de passar pela verificação. Contudo, até o último dia 30, só 10.835 haviam agendado a fiscalização – 4,7% do esperado.

A secretaria informou, entretanto, que a adesão está dentro de suas expectativas, já que o programa de inspeção veicular é novo e foi estendido a carros e motos neste ano.

No total, 2,5 milhões de veículos, incluindo carros, motos e caminhões, terão de passar pela inspeção neste ano. A partir de março, começam a ser fiscalizados automóveis e motocicletas com placa final 2 e, a partir de junho, os caminhões.

A inspeção veicular é gratuita e obrigatória para todos os caminhões e para os carros e motos fabricados a partir de 2003. Os motoristas que não levarem seus veículos para a fiscalização estarão sujeitos a multa de R$ 550 e terão o licenciamento do carro, moto ou caminhão bloqueado.

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Governo define como financiará troca de geladeira velha por nova

4 de Fevereiro de 2009 - Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O governo já sabe como financiará a troca de 150 mil geladeiras velhas com gás CFC por ano, que destrói a camada de ozônio. A idéia é usar meio por cento do que é arrecadado com a contas de energia, cerca de R$ 250 milhões, para tirar de circulação as antigas, trocando-as por novas geladeiras, mais econômicas e menos poluentes. A informação foi dada hoje (4) pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Minc disse que o dinheiro pertence a um fundo energético, que já é cobrado na conta de luz, e é administrado pelas distribuidoras estaduais de energia. “Para a população de baixa renda, vamos usar o Fundo de Eficiência Energética. Ele não está sendo usado eficientemente. Estão sendo trocadas 20, 30 mil por ano [com recursos do fundo]. A idéia é passar para 150 mil”, afirmou Minc, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros no Palácio do Planalto.

No entanto, o governo ainda não definiu como subsidiará a troca de mais 850 mil geladeiras por ano, já que a meta do programa é substituir 10 milhões em 10 anos. Uma proposta em estudo é baratear o crédito para quem compra geladeira a prestação.

“Hoje em dia, uma pessoa que compra uma geladeira paga 6% ou mais por mês de crédito. Se esse crédito é barateado para 1%, o ganho para essa pessoa é grande. A conta de luz dela vai ser mais barata. Uma pessoa de baixa renda vai economizar até R$ 100 por ano na conta de luz”, disse o ministro.

Segundo Minc, os ministros ainda avaliam como será feito o subsídio para que o brasileiro não venda a geladeira velha para outro consumidor, mais pobre, além do financiamento do processo de reciclagem das antigas, que consiste em retirar o gás CFC com aparelhos específicos, sem destruir a camada de ozônio. Depois, o eletrodoméstico vira sucata de aço, usada pelas siderúrgicas.

Em entrevista à Agência Brasil, no dia 22 de janeiro, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, estimou que o programa resultará numa economia de energia equivalente ao que é produzida por uma turbina da Hidrelétrica de Itaipu. Em 2008, cada turbina gerou, em média, 5,26 gigawatts/hora, energia suficiente para abastecer uma cidade como Campinas, em São Paulo, durante seis meses.

A previsão do ministro Carlos Minc é que o programa esteja fechado dentro de um mês. Além de Minc, participaram da reunião com Lula os ministros da Fazenda, Desenvolvimento e Indústria, Desenvolvimento Social, Minas e Energia e Casa Civil, além de representantes do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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