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CONSÓRCIO É SOLUÇÃO NA GESTÃO DO LIXO EM PEQUENOS MUNICÍPIOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2009

11/02/2009 - Carlos Américo - Os prefeitos de pequenos municípios já contam com uma alternativa sustentável e economicamente viável para a destinação do lixo. O Ministério do Meio Ambiente, em oficina realizada nesta quarta-feira (11) no encontro dos prefeitos em Brasília, apresentou a experiência, os resultados e mostrou como são feitos os consórcios públicos para a construção de aterros.

Segundo o diretor de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério, se dois municípios com 50 mil habitantes se juntarem para realizar a gestão consorciada de seus resíduos sólidos, terão uma economia de até 400 mil reais no final do empreendimento.

As experiências com a construção e manutenção dos aterros revelam que quanto menor o número de habitantes e um município maior é o custo da gestão de resíduos sólidos, o que faz dos consórcios públicos uma das soluções viáveis nas pequenas cidades.

Silvano destacou, ainda, outros obstáculos que as prefeituras encontram na criação de aterros sanitários. A gestão, a ausência de desenvolvimento institucional, a desatualização de tecnologia e a insustentabilidade econômica e financeira estão entre os principais. "Para citar como exemplo o estado de Goiás, entre os anos de 1997 e 1998, 107 aterros sanitários foram custeados com recursos do governo federal. Todos eles viraram lixões por falta de gestão", disse.

No evento, especialista mostraram aos novos prefeitos experiências concretas de consórcios para resolver questões em comum entre vários municípios. Silvério disse que o consórcio público facilita a gestão e reduz o custo . "É mais fácil ter um engenheiro para um grupo de municípios do que um para cada pequena cidade", disse.
Silvério citou, ainda, as iniciativas do Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a Codevasf, para gestão de resíduos sólidos, na revitalização dos rios São Francisco e Parnaíba. São 340 empreendimentos, que representarão um investimento de R$ 82 milhões, divididos em 13 consórcios.

O governo federal ajuda no custeio dos aterros, em contrapartida os municípios farão a gestão. O projeto prevê a criação de aterros sanitários de forma compartilhada e sustentável, aplicando a coleta seletiva, eliminando os lixões, além do manejo dos resíduos da construção civil e parcerias com os catadores de lixo.

Já o consultor da Caixa Econômica Federal, Vicente Trevas, que também falou aos prefeitos, salientou que o consórcio facilita o desenvolvimento de projetos que são difíceis de fazer sozinho. Participaram também da oficina Ernani Ciríaco, da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, apresentando o consórcio realizado por 36 municípios piauienses para saneamento básico, e o prefeito de São Leopoldo, Ari Vanazi, mostrou a sua experiência, junto com outros 32 municípios, para revitalizar a Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul, que resultará no Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos.

Consórcio público - Paula Rovanelli, da subchefia de Assuntos Federativos da Presidência da República, explicou alguns passos para a realização dos consórcios públicos. O primeiro passo para se fazer um consórcio público é a assinatura de um protocolo de intenções, definindo todos os objetivos da parceria, a participação de cada município e quais materiais e especialistas serão disponibilizados para a execução dos projetos.

Em seguida, cada município deve aprovar, em sua Assembléia Legislativa, uma lei para ratificar o acordo, finalizando na definição da estrutura do consórcio, para começar os trabalhos. Ela também informou que os contratos podem ser firmados com diferentes esferas de governo - federal, estadual e municipal.

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Consórcios intermunicipais viram alternativa contra os lixões

09/02/2009 - Suelene Gusmão - O Ministério do Meio Ambiente vem apoiando estados e municípios na constituição de consórcios intermunicipais, como alternativa inovadora para evitar o aparecimento dos lixões. O tema será abordado nesta quarta-feira (11), a partir das 8h30, durante oficina a ser realizada no Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas que será aberta nesta terça-feira (10) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Na ocasião, o diretor de Departamento de Ambiente Urbano do MMA, Silvano Silvério, falará aos novos gestores municipais sobre as experiências do ministério no incentivo à consolidação destes consórcios.

O consórcio é uma forma de reunir esforços e otimizar recursos de cada município para ampliar ou melhorar os serviços públicos oferecidos à população. Ao se consorciarem, os municípios poderão compartilhar estruturas gerenciais, administrativas e de apoio técnico com maior qualificação, reduzindo, desta maneira, os custos para a prestação de serviços e manutenção de equipamentos, por exemplo.

Até o momento, foram firmados convênios de cooperação com os estados de Sergipe, Goiás, Rio de Janeiro, Maranhão, Alagoas, Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina, Pará, Rio Grande do Norte, Acre, Pernambuco, Ceará, Piauí e o município de Ariquemes, em Rondônia, que atenderá mais 14 municípios daquele estado.

O trabalho do Departamento de Ambiente Urbano do MMA é apoiar, de forma participativa, a elaboração de estudos de regionalização para a gestão integrada dos resíduos sólidos. Ou seja, viabilizar uma alternativa para a disposição compartilhada de resíduos, eliminação de lixões, implantação de unidades para triagem de resíduos sólidos recicláveis e reutilizáveis, compostagem de resíduos sólidos orgânicos e o manejo adequado dos resíduos da construção civil. Apóia também a elaboração de planos regionais de gestão associada e integrada desses resíduos.

Segundo Silvano Silvério, a formação de consórcios intermunicipais, com a participação do respectivo Estado, como forma de garantir a sustentabilidade das unidades a serem construídas é o pré-requisito para que os municípios recebam recursos para a viabilização dos empreendimentos. O diretor informa que, no momento, 13 consórcios estão em processo de formação, abrangendo mais de 160 municípios. "Esses passarão a contar com gestão inovadora de resíduos, beneficiando também catadoras e catadores que trabalham em condições precárias", disse.

A oficina sobre consórcios públicos, marcada para as 10h30, na Sala de Oficina 2, terá ainda como palestrantes a assessora especial da Subchefia de Assuntos Federativos (SAF) da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Paula Ravanelli Losada. A assessora discorrerá sobre a Nova Lei dos Consórcios Públicos; o especialista sênior em infra-estrutura do Ministério das Cidades, Ernani Ciríaco de Miranda, que falará sobre o Programa de Modernização do Setor Saneamento e a experiência do Consórcio Regional de Saneamento do sul do Piauí; e Ary Vanazzi, prefeito de São Leopoldo do Sul/RS, que vai contar sobre a experiência do Consórcio Público de Saneamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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