Panorama
 
 
 

ELETRONUCLEAR INICIA REALOCAÇÃO DE EMBALADOS DE
REJEITOS NUCLEARES PARA NOVOS DEPÓSITOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2009

12 de Fevereiro de 2009 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A Eletronuclear iniciou o remanejamento dos resíduos nucleares gerados pelas Usinas Angra 1 e 2 para os novos depósitos iniciais (2B e 3), cujas licenças de operação foram concedidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O assistente da Presidência da empresa, Leonam dos Santos, informou hoje (12) à Agência Brasil que será feita a realocação dos embalados de rejeitos dos depósitos anteriores (1 e 2A), que estavam muito cheios, para que haja mais espaço. “É uma ampliação de capacidade”, esclareceu. As Usinas Angra 1 e 2 fazem parte da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, localizada em Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense.

Leonam dos Santos explicou que os depósitos do Centro de Gerenciamento de Rejeitos (GCR) vão atender às necessidades de armazenamento dos rejeitos nucleares até 2020. “Com esses dois novos depósitos, teremos garantida a armazenagem segura dos embalados de rejeitos de baixa e média atividades gerados pelas usinas até 2020”.

A meta estabelecida, em setembro passado, pelo Conselho de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro é que o depósito definitivo de lixo radioativo esteja implementado até 2018. Esse repositório nacional abrigará não só os rejeitos nucleares gerados pelas usinas, mas também pelas áreas médicas e industriais. O local, contudo, ainda não foi definido pela Cnen.

Se, entretanto, por alguma razão de natureza política ou técnica, o depósito da Cnen não ficar pronto até a data fixada, Leonam dos Santos assegurou que a Eletronuclear construirá outro depósito inicial. Ressaltou, porém, que “não é política nossa fazer isso. Nós estamos considerando a entrada em operação do repositório nacional em 2018”.

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Greenpeace lança documento que propõe uso de energias renováveis

6 de Fevereiro de 2009 - Da Agência Brasil - Brasília - O Greenpeace lançou na tarde de hoje (6) um documento que propõe a utilização de energias renováveis no país, especialmente nos parques industriais. O texto foi anunciado durante o seminário realizado pela ONG em parceria com o Fórum Cearense de Mudanças Climáticas e Biodiversidade. O evento ocorreu na embarcação do Greenpeace, a Artic Sunrise, que chegou ao Porto de Mucuripe, em Fortaleza (CE), no final da tarde de ontem (5).

“A proposta principal é que o governo brasileiro crie um ambiente de incentivo às energias renováveis e limpas, o Brasil tem um amplo potencial natural, e o Greenpeace está aqui em Fortaleza conversando com o governador do estado, com o presidente do Banco do Nordeste justamente sobre a viabilidade de um amplo investimento público no apoio ao desenvolvimento de uma indústria de energias renováveis", afirmou Sérgio Leitão, diretor de campanhas do Greenpeace.

"Nós precisamos agora que o poder público incentive, por exemplo, a instalação de indústrias para fabricação dos equipamentos que são necessários para a instalação das usinas eólicas”, concluiu.

Uma das propostas da organização, no documento, é o uso de energia eólica. O estado do Ceará é o que tem maior potencial nesse tipo de energia renovável no Brasil. O Greenpeace estima que haja "duas Itaipus de ventos" em terras cearenses e nega que essa energia seja mais cara para o consumidor do que a hídrica. A organização também defende o uso da biomassa.

Segundo Leitão, o estado do Ceará tem investido na geração de energias renováveis, o que torna o parque industrial mais atrativo para os mercados europeu e norte-americano. Mas o diretor lamenta a falta de apoio do governo federal. “Falta vontade do presidente Lula, da ministra [da Casa Civil] Dilma [Roussef] e do ministro [de Minas e Energia, Edison] Lobão que se ocupam em esvaziar esse imenso potencial ecológico econômico que o Brasil tem para dar ao planeta”, afirmou.

A visita da embarcação Arctic Sunrise é parte da expedição “Salvar o Planeta. É Agora ou Agora” cujo objetivo é alertar sobre a gravidade das mudanças climáticas e pressionar o governo federal a adotar soluções para enfrentar o aquecimento global.

No Brasil, Fortaleza é a terceira cidade visitada, depois de Manaus (AM) e Belém (PA). A expedição ainda passará, até o final de março, por Recife, Salvador, Santos e pelo Rio de Janeiro.

Entre os participantes do seminário estavam o governador do Ceará, Francisco Pinheiro, o presidente do Banco do Nordeste, Roberto Smith, e representantes da Universidade Federal do Ceará e do governo do Estado.

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Greenpeace critica previsão do governo de aumento do uso de termelétricas no país

6 de Fevereiro de 2009 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A intenção do governo de diminuir a participação das hidrelétricas na matriz energética brasileira e aumentar a quantidade de energia gerada por termelétricas, prevista no Plano Decenal 2008/2017, apresentado hoje (5), não agradou a organização não-governamental Greenpeace, defensora do meio ambiente.

Para o coordenador de campanhas da entidade, Sérgio Leitão, isso mostra o desinteresse do governo com a geração de energias limpas. “O Brasil está indo na contramão do esforço que está sendo feito para diminuir a emissão de CO2, de apoiar a implementação de energias limpas e renováveis”, afirmou.

O Plano Decenal prevê que a participação das hidrelétricas na matriz energética brasileira vai cair dos atuais 85,9% para 75,9%. Por outro lado, o uso de termelétricas movidas a óleo combustível deve passar de 0,9% para 5,7% e a energia gerada por térmicas a carvão vai passar de 1,4% para 2,1%.

Durante a apresentação do Plano, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, justificou que as termelétricas são fundamentais para a segurança energética do país. “O ideal seria mantermos os mesmos percentuais de energia gerada a partir das hidrelétricas, mas todos sabem o quanto é difícil aproveitar melhor o potencial hidrelétrico do país”, disse.

O diretor do Greenpeace afirmou que há uma contradição entre o Plano Decenal e a posição do governo brasileiro ao apresentar, durante a Conferência das Partes sobre o Clima, na Polônia, um plano nacional de mudanças climáticas, no qual apostava na redução dos gases de efeito estufa.

“O governo tem vários representantes e não sabemos exatamente qual é a sua posição. Na prática, o que a gente vê é o Brasil sujando sua matriz energética, abraçando de novo energias sujas, antigas, e que são contrárias a qualquer esforço de uma redução das emissões de gases de efeito estufa”, afirmou.

Para Leitão, as energias renováveis são viáveis do ponto de vista ambiental, econômico e social. “O que precisa é que o governo tenha um compromisso sério com a energia de matriz limpa”, diz. Para ele, faltam políticas industriais do governo brasileiro para incentivar energias renováveis.

Leitão defende a expansão da matriz hídrica no país, por ser considerada limpa e barata. No entanto, ele alerta para a necessidade de um planejamento e da consulta às populações atingidas pela construção de novas hidrelétricas.

“Se esse setor for planejado a partir do interesse das empreiteiras, como foi na década de 70, nós vamos continuar assistindo a desastres ambientais como foi a Usina de Tucuruí (Pará) e Samuel (Rondônia)”, lembrou.

De acordo com o Plano Decenal, a previsão do governo é que a geração de energia nas termelétricas aumente de 1,9 mil megawatts para 10,4 mil megawatts até 2017. No caso das térmicas a carvão, a geração deve passar de 1,4 mil megawatts para 3,1 mil megawatts.

Em contrapartida, a geração de energia nas hidrelétricas deve passar de 84,3 mil megawatts em 2008 para 117,5 mil megawatts em 2017, e a geração de energia por meio de usinas movidas a biomassa e usinas eólicas deve passar de 1,2 mil megawatts para 6,2 mil megawatts.

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Ministério Público pede que ANP defina combustível menos poluente para 2012

12 de Fevereiro de 2009 - Vinicius Konchinski - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo enviou à Agência Nacional do Petróleo (ANP) uma recomendação para que a ela inicie imediatamente o processo para a definição do combustível menos poluente que deverá ser usado por veículos no país a partir de 2012. A informação consta de um comunicado enviado hoje (12) à imprensa pelo MPF.

De acordo com o MPF, uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) já determinou que, em 2012, os automóveis usem um tipo de combustível menos prejudicial ao meio ambiente e à saúde da população. A exigência faz parte da sexta fase do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), criado em 1986.

Para que as montadoras possam adaptar os motores dos veículos fabricados ao novo combustível, é preciso que a ANP defina as propriedades do novo diesel e da gasolina. O MPF recomendou que a Agência faça isso o mais rápido possível.

No comunicado à imprensa, o MPF ainda informou que a procuradora da República Ana Cristina Lins, autora da recomendação enviada à ANP, solicita que o processo que definirá o combustível seja público, para que todos os interessados possam tomar conhecimento dele.

Lins é a mesma procuradora que, no ano passado, intermediou um acordo fechado com a ANP, montadoras, Petrobras e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para o cumprimento da quinta fase do Proconve. Na época, montadoras alegavam que não poderiam produzir carros menos poluentes pela demora da ANP em definir o combustível que eles teriam que usar a partir de janeiro.

O acordo fechado com Lins, determinou que as exigências do Proconve fossem cumpridas gradativamente para que todos os envolvidos pudessem se adaptar.

Nesta tarde, a Agência Brasil procurou a ANP para que a Agência comentasse a ação do MPF. Até a publicação desta reportagem, o órgão não havia se pronunciado. Sobre o acordo do ano passado, o MPF informou que ele vem sendo cumprido por todos os seus signatários.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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