O Instituto
Ambiental do Paraná (IAP) e a Policia Ambiental
– Força Verde já realizaram 122 abordagens
para coibir a pesca predatória no Litoral
paranaense, durante esta temporada de verão.
A primeira fase do trabalho envolve a orientação
e notificação dos pescadores amadores
e profissionais - encontrados em alto mar e nas
baías: de Guaratuba, Paranaguá, Antonina
e Guaraqueçaba.
Apenas na última Operação,
realizada nesta terça-feira (04) na região
Sul da costa Litorânea – que abrange os municípios
de Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná
- foram abordadas 16 embarcações e
seis redes que estavam sendo utilizadas para o arrasto
de camarão foram aprendidas. A pesca estava
sendo realizada a menos de uma milha da costa, o
que é proibido pela legislação.
Nas fiscalizações são verificadas
as licenças de pesca e a licença da
embarcação.
“Das 122 abordagens que realizamos
notificamos somente 10% dos casos, pois o objetivo
não é apreender e multar os pescadores,
e sim de conscientizá-los. Preservando o
ecossistema marinho, eles estarão garantindo
a sustentabilidade da atividade pesqueira”, declarou
o secretário Rasca Rodrigues.
O presidente do IAP, Vitor Hugo
Burko, disse que neste período os órgãos
ambientais intensificam a fiscalização
para garantir a proteção dos ecossistemas
aquáticos – utilizando barcos, automóveis
e até mesmo aeronaves.
“O estuário lagunar está
tendo atenção especial do IAP e da
polícia ambiental por se tratar do berço
de reprodução das espécies
marinhas”, afirmou Burko.
O coronel Sérgio Filardo,
comandante da Polícia Ambiental Força
Verde, lembrou que as blitzes de fiscalização
garantiram, na última temporada, uma redução
em 90 % das atividades ilegais cometidas por pescadores
amadores e profissionais.
Operação aérea
e aquática - Além da fiscalização
aquática, a Força Verde tem feito
monitoramentos da Costa com o apoio de helicópteros.
De acordo como tenente Álvaro Gruntowski,
responsável pelas fiscalizações,
as aeronaves tornam o trabalho 100% eficaz.
“É muito mais abrangente e permite a identificação
de todos os pescadores que estão atuando
dentro da milha proibida. Quando utilizamos apenas
os barcos, muitos conseguem fugir, o que não
ocorre com o apoio de helicópteros”, destacou
o tenente.
Segundo ele, apenas em uma das
operações de fiscalização
aérea-aquática foram identificados
nove barcos de pesca praticando o arrasto do camarão.
Os barcos são fotografados e os proprietários
localizados. Neste caso, três deles foram
identificados como moradores da Ilha de Superagui,
um de Guaratuba e dois de Matinhos. Os policiais
fazem todo o registro fotográfico da operação,
utilizado para comprovar o crime ambiental.
“Em duas semanas localizamos e
autuamos seis destas embarcações,
pois é necessário esperar o retorno
dos pescadores para que a notificação
seja feita no continente”, mencionou.
O tenente Álvaro lembrou
que o trabalho de fiscalização no
Litoral é diferenciado dos municípios
do interior do estado, onde a pesca é fiscalizada
nos rios. “A legislação para a pesca
em rios é uma só, pois o período
de defeso proíbe a pesca de todas as espécies.
Já na região litorânea, são
portarias e resoluções específicas
para cada tipo de peixe, região e período
de reprodução. É impossível
para o pescador ter conhecimento de cada uma delas,
por isso fazemos um trabalho de orientação
antes de autuar”, destacou o tenente da Força
Verde, Álvaro Gruntowski.
O QUE DIZ A LEI - A legislação
ambiental proíbe a pesca de algumas espécies
para proteger a fauna marinha nos períodos
em que acontece a reprodução dos animais.
Além disso, o IAP aconselha os veranistas
a ficarem atentos a legislação que
determina tamanho mínimo para captura de
algumas espécies.
O camarão sete-barbas,
por exemplo, está no seu período de
defeso (reprodução), para pesca na
Baía, mas é permitido somente a uma
milha da costa. Já os caranguejos, do dia
1 de janeiro a 14 de março está liberada
a captura e comercialização, sob as
seguintes condições: apenas os animais
machos e com mais de sete centímetros de
carapaça (corpo) podem ser capturados e vendidos
para consumo - isto porque o caranguejo demora de
7 a 8 anos para atingir a idade adulta.
Medidas mínimas permitidas
para captura das espécies de peixes:
Anchova – 45 centímetros,
Badejo – 30 centímetros, Cavala- 40 centímetros,
Espada – 70 centímetros, Garoupa – 35 centímetros,
Pescada – 30 centímetros, Pescada Amarela
– 40 centímetros, Robalo Peva – 40 á
50 centímetros, Robalo Flecha – 60 á
70 centímetros, Mero – proibida a captura.
O policial da Força Verde
que participa das equipes de fiscalização
em parceria com o IAP, Jesse Barbosa Pedro, lembra
que o descumprimento de qualquer uma das normas
pode levar a multas que vão a partir de R$700,00
e mais R$20,00 por quilo apreendido. “Além
disso, os materiais usados para a pesca são
confiscados", completou.
Através dos telefones 3213-4786
do Escritório Regional do IAP no Litoral
e disque Força Verde é 0800-6430304
você pode obter maiores informações
ou denunciar a pesca ilegal. Então fique
atento e ajude a garantir a manutenção
das espécies marinhas para as próximas
gerações.
+ Mais
Semeadura de dois mil palmitos
será neste sábado em Morretes
A Secretaria de Meio Ambiente
e Recursos Hídricos em parceria com o Programa
Rotary Club de Curitiba – Parque Barigui, irá
semear neste sábado (7), às 10h30,
no município de Morretes – região
litorânea do estado – duas toneladas de palmito-jussara.
Uma atitude que está colaborando com a recomposição
da espécie originaria da mata atlântica
paranaense que corre risco de extinção.
A Secretaria está doando
duas toneladas de sementes e cedendo dois helicópteros
para garantir a eficácia da iniciativa do
Rotary. Para aqueles que quiseram participar semeando
as sementes em terra o encontro será Coreto
Central de Morretes às 10h00. Saindo do Coreto,
os voluntários em terra começaram
no Porto de Cima às 10h30- horário
simultâneo a semeadura aérea.
E o trabalho não para por
aí. A empresa Serra Verde Express irá
distribuir a partir desse final de semana, até
o fim do verão, um certificado atestando
que as pessoas que andarem de trem durante esse
período participaram do programa “Preserve
o Planeta Terra”, pois junto do certificado, haverá
mais doze sementes para que os turistas possam lança-las
na serra do mar, aumentando assim, a chance de uma
nova vida brotar.
“As expectativas para essa semeadura
são as melhores possíveis, a motivação
é contagiante, além de que esperamos
atingir a nossa principal meta: a conscientização
da população sobre a importância
da manutenção da floresta atlântica
para o Paraná”, explicou governador do Rotary,
Nilton Migliozzi, que convida o maio número
de pessoas para essa semeadura.
Rotary também promove campanha
de combate ao esgoto irregular
Outra iniciativa inédita
do Rotary Barigui vem ao encontro das ações
do governo do estado em prol da conservação
do litoral. A campanha ‘Esgoto e Praia Não
Combinam – Vamos Manter Nosso Litoral Limpo Ligando
na Rede’ será multiplicada por meio de outdoors
em todo o Paraná para chamar a atenção
e conscientizar as pessoas sobre a importância
da ligação correta na rede de esgoto.
Os parceiros desse programa, além
da Secretaria do Meio Ambiente são: Universidade
Federal do Paraná (UFPR), Polícia
Militar, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia do Estado do Paraná (CREA - PR),
Associação dos Engenheiros Agrônomos
do Paraná (AEPR – Curitiba), Associação
Brasileira de Devesa Civil, Telelistas, Associação
dos Geógrafos Brasileiros (AGB) e Serra Verde
Express.