O Instituto
Ambiental do Paraná (IAP) informa que a Ilha
do Mel deverá atingir a sua capacidade máxima
de 5 mil visitantes, já neste domingo (22).
A previsão é que o fluxo de pessoas
que pretendem passar o Carnaval na ilha aumente,
a partir das 8h deste sábado (21), tendo
horários de pico entre 8h e 15h.
“O procedimento de fechamento
da ilha é adotado para o conforto dos veranistas
e a preservação do local, que é
considerado Patrimônio da União e Sítio
do Patrimônio Mundial Natural da Unesco”,
explica o secretário do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos, Rasca Rodrigues. Em respeito à
capacidade máxima da ilha, o terminal de
embarque fecha e a travessia só é
liberada depois que pessoas retornem ao continente.
Para evitar o risco de não
conseguir entrar na Ilha do Mel, o IAP orienta os
turistas a ligarem para o Terminal de Embarque de
Pontal do Sul (41-3455-1144) ou acessarem o site
www.vivaoverao.pr.gov.br. O link ‘Confira o número
de visitantes na Ilha do Mel’ é atualizado
a cada três horas e informa a quantidade de
vagas disponíveis. “O site será atualizado
do próprio terminal”, explicou o presidente
do IAP, Vitor Hugo Burko. Ele alerta para a importância
da programação prévia. Além
da página na internet, placas localizadas
na rodovia Alexandra-Matinhos e no trevo de Praia
de Leste também informam o número
de vagas.
“Quando o número de visitantes
fica muito próximo ao de 5 mil pessoas, o
visitante corre o risco de não ter o embarque
permitido. Portanto, para evitar transtornos e prejuízos,
sugerimos que estas informações sejam
consultadas antes de programar a viagem à
ilha”, recomendou Burko.
RIGOR - O controle para evitar
a travessia clandestina com barcos de pequeno porte
e não autorizados pela capitania dos portos,
será feito durante toda a noite e terá
o reforço do Batalhão e Polícia
Ambiental - Força Verde, nos terminais de
embarque de Pontal do Sul e Paranaguá.
“Neste Carnaval, vai haver controle
de acesso a noite inteira, nos terminais de embarque,
e aproximadamente 35 técnicos da Secretaria
do Meio Ambiente vão orientar os visitantes
sobre a preservação da natureza”,
contou o coordenador do IAP na Ilha do Mel, Reginato
Bueno.
Segundo o capitão e comandante
da Força Verde no Litoral, César Lestechen
Medeiros, o trabalho vai receber reforço,sábado
e domingo (21 e 22), de cães da Companhia
de Polícia de Choque para impedir o transporte
e o tráfico de entorpecentes na Ilha. “A
Ilha do Mel vai receber reforço de aproximadamente
40 policiais da Força Verde”, disse Lestechen.
No ano passado, durante os quatro
dias de Carnaval, a Ilha do Mel recebeu cerca de
20 mil visitantes, sendo que no segundo dia do feriado
o terminal de embarque foi fechado.
DICAS - A Ilha do Mel é
uma Estação Ecológica e por
este motivo é proibido a entrada de animais
domésticos, acender fogueiras e soltar fogos
de artifício.
Os horários de saída
das barcas com destino a ilha funcionam diariamente,
de 30 em 30 minutos, das 8 às 20h. Para chegar
à ilha, cada visitante paga R$ 21,00 no momento
do embarque, sendo R$ 3,00 corresponde às
de taxas de visitação e de administração
do terminal. Os demais R$ 18,00 são para
a travessia de barco, incluindo passagem de ida
e volta e R$ 1,00 de imposto municipal para Pontal
do Paraná. No momento do embarque, os visitantes
podem optar pelo desembarque em Brasília
ou Encantadas, distantes cinco quilômetros
uma da outra.
Depois do pagamento da taxa, os
visitantes devem preencher um cadastro, informando
RG, CPF, cidade de origem, local onde ficarão
hospedados, datas de entrada e saída. Mediante
a entrega do cadastro e o pagamento das taxas, receberão
a pulseira de controle, que só poderá
ser retirada no retorno ao continente. O sistema
armazena todas as informações do turista
em um banco de dados, sem a necessidade de preenchimento
do cadastro em futuras visitas. Às pessoas
que ainda não têm reservas asseguradas
na Ilha do Mel, o IAP pede que entrem com contato
com o Terminal de Embarque de Pontal do Sul pelo
fone 41 3455 1144 para informações,
inclusive sobre o número de vagas.
+ Mais
Conselho vai instalar sexto comitê
de bacia hidrográfica
O Conselho Estadual de Recursos
Hídricos garantiu a instalação
do sexto comitê de bacia hidrográfica
do Paraná: o Conselho de Bacias Hidrográficas
(CBH) Norte Pioneiro, que abrange as bacias do Rio
das Cinzas, Itararé e Paranapanema 1 e 2.
Na primeira reunião deste ano, realizada
na quarta-feira (18), o Conselho também empossou
seus novos membros para o exercício de 2009-2011.
Dos 52 conselheiros (26 titulares e 26 suplentes)
23 assumem pela primeira vez a função,
sendo 10 na titularidade e 13 na suplência
da entidade.,
De acordo com o secretário
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca
Rodrigues, que também preside o conselho,
a meta até 2010 é implantar 11 comitês
de bacias hidrográficas no estado. “O comitê
do Norte Pioneiro era o que faltava para o Paraná
integrar-se a São Paulo na gestão
das microbacias do Paranapanema”, disse. “Nosso
objetivo é de instalar todos os onze comitês
até o final de 2010”, completou.
O novo comitê envolverá
42 municípios da região ao longo dos
quatro rios, e tem como meta recuperar a qualidade
das águas do local. A formação
do novo comitê é composta por 35 integrantes
de forma interina até que seja aberto um
processo eleitoral. Destes, 40% são de ONGs,
38% usuários e 22% da sociedade civil.
Para o presidente interino do
comitê, Alfredo Costa, a criação
do sexto comitê ampliará os estudos
para identificar os problemas de cada rio. “A idéia
é aumentar os estudos na região, que
facilitarão no plano da bacia”, afirmou.
CONSELHEIROS - Entre os novos
conselheiros estão representantes do poder
público estadual, que participam de 50% do
quadro de conselheiros; dos municípios, que
são indicados pela Associação
de Municípios do Paraná; da sociedade
civil e de usuários de recursos hídricos,
isto é, empresas que trabalham diretamente
com água.
Um dos novos conselheiros titulares,
Tadeu Donizetti Rzniski, representante dos usuários
de bacias afirma que participar do conselho significa
enriquecer o debate em torno dos recursos hídricos.
“Na qualidade de representante dos usuário
dos recursos hídricos, como a Sanepar, acho
uma grande oportunidade participar da criação
de políticas públicas para a gestão
de águas”, comentou.
Já para Paulo Pizzi, diretor
da organização não-goveranamental
Mater Natura e que representa a sociedade civil
como titular, o envolvimento popular na tomada de
decisões é fundamental para o conselho.
“Acredito que a água é
um bem coletivo e, por isso é essencial que
todos participem das discussão sobre o tema.
Será uma grande responsabilidade representar
toda a sociedade civil”, ponderou.
João Lech Samek, também
é um dos novos conselheiros titulares da
entidade e traz toda à sua experiência
à frente da Superintendêrncia de Desenvolvimento
de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental,
(Suderhsa). “A Suderhsa como órgão
gestor, sempre foi braço direito do conselho
e espero continuar colaborando para enriquecimento
das discussões”, disse.
Outro recém-empossado na
entidade é o prefeito de Altamira do Paraná,
João Paulo de Castro Klipe, que representa
os municípios na condição de
suplente. “Quero levar para o conselho os mesmos
temas que debatemos aqui em Altamira. Os municípios
têm que participar dos debates e se responsabilizar
na preservação dos recursos hídricos
do estado”, alertou.
+ Mais
IAP emite R$ 25 mil em multas
por poluição sonora durante o Carnaval
Para garantir a tranqüilidade
dos veranistas que foram em busca de descanso no
Litoral, durante o feriado de Carnaval, seis equipes
do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) trabalharam
24 horas por dia, no monitoramento da poluição
sonora em Guaratuba, Pontal do Paraná, Matinhos,
Antonina, Paranaguá e Ilha do Mel. O valor
total de multas chegou a R$ 25 mil e quatro equipamentos
sonoros foram aprendidos.
Foram feitas 558 medições
para avaliar se o volume do som estava conforme
prevê a legislação, 153 denúncias
e reclamações sobre som alto foram
atendidas e 105 estabelecimentos comerciais eram
monitorados constantemente. Os técnicos abordaram
mais de 149 veículos e 30 mil kits do sossego
foram distribuídos. O kit continha lixeirinha
de praia para pequenos resíduos, lixo para
carro, boletim de balneabilidade e o Manual do Sossego.
O secretário do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, conta
que o manual ajudou a conscientizar veranistas e
moradores. “A publicação contém
informações e dicas para reconhecer
a poluição sonora, doenças
provocadas pela exposição ao som alto
e os limites especificados na legislação”,
explica o secretário.
Os níveis de emissão
de ruído permitidos pelo Conama (Conselho
Nacional do Meio Ambiente) após as 22h é
de 60 decibéis. Durante o dia, a restrição
é para acima de 70 decibéis. Em caso
de ultrapassar o limite os comerciantes ou proprietários
são notificados e, havendo reincidência,
multados pelo IAP. Os níveis de poluição
são medidos por um decibelímetro,
aparelho que capta as ondas sonoras.
BALANÇO - Em Pontal do
Paraná o número de medições
foi o maior: 380 vezes os técnicos utilizaram
o decibelímetro para monitorar o som. Durante
as quatro noites 25 veículos advertidos e
15 denúncias por som alto atendidas. Não
houve nenhuma infração ambiental.
O técnico do IAP e coordenador
da poluição sonora na Operação
Verão, Paulo Kursloop, explica que os comerciantes
já eram orientados desde 19 de dezembro e
que a reincidência agrava as multas emitidas.
“Assim como temos casos de reincidência, temos
casos de bares que foram multados em outras temporadas,
se adequaram e não foram denunciados nenhuma
vez nesta temporada. Demonstra o resultado do trabalho”,
avalia Paulo.
Em Guaratuba foram realizadas
48 medições sonoras, 53 denúncias
foram atendidas e o Manual do Sossego distribuído
diariamente no Ferry Boat. Na sexta-feira (20),
o bar “Ahbarzen”, localizado na Rua 29 de abril,
foi multado em R$ 5 mil e os equipamentos eletrônicos
foram apreendidos por reincidência e desrespeito
a legislação ambiental.
“Desde 2003 estamos atuando de
forma rigorosa para aliar o divertimento de uns,
com o descanso de outros e isso é possível.
Podemos dizer que o número de denúncias
em Guaratuba caiu 30% este ano, se comparado a temporada
anterior e atribuímos isso ao trabalho de
conscientização”, disse Célia
Cristina, coordenadora responsável pela fiscalização
em Guaratuba.
Já a equipe de Matinhos
atendeu 115 denuncias durante o carnaval - foi o
município onde mais houve denúncias,
realizou 130 medições e apreendeu
três equipamentos de som automotivo. As multas
foram de R$ 5 mil cada uma. O Manual do Sossego
foi distribuído no posto da Policia Rodoviária,
na Alexandra Matinhos.
“Tivemos muitas denúncias
relacionadas a veículos que vieram de outros
municípios e estavam incomodando moradores
e veranistas com o som alto. A primeira medida é
notificar e depois multar e apreender o equipamento,
não havendo cumprimento à orientação”,
explica José Franco de Morais, que coordenou
a poluição sonora em Matinhos.
Na Ilha do Mel dois proprietários
de estabelecimentos comerciais foram autuados devido
ao som alto, um deles na Praia de Brasília
e outro na Praia de Encantadas. O monitoramento
do som aconteceu, da mesma forma, 24 horas por dia
e foi realizado por duas equipes do IAP.
RISCOS A SAUDE - Entre os problemas
causados pelo som alto estão a perda da capacidade
auditiva, estresse, náuseas, dor de cabeça,
insônia, úlcera, distúrbios
visuais e até mesmo a redução
da libido. Acima de 70 decibéis, o ouvido
humano já começa a sentir os efeitos
nocivos.
O número de pessoas que
esteve no Litoral para passar o carnaval foi de
800 mil pessoas e a polícia se preparou e
equipou para atender a população.
O aumento do número de veranistas em relação
ao Carnaval do ano passado foi de 11%. Só
na Matinbanda, cerca de 150 mil pessoas acompanharam
os trios elétricos. Na Caiobanda e na Guaratubanda,
aproximadamente 300 mil pessoas participaram da
folia.