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MINISTROS DISCUTEM NA CIDADE DO CABO ESFORÇOS CONJUNTOS CONTRA AQUECIMENTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2009

22/02/2009 - Na reunião do Pnuma promovida semana passada em Nairobi (Quênia), com mais de 100 ministros do Meio Ambiente do mundo, várias propostas foram apresentadas que despertaram simpatias, inclusive a da Espiral Descendente de Carbono, formulada pelo ministro do Meio Ambiente do Brasil, Carlos Minc, e a secretária de Mudanças Climáticas do ministério, Suzana Kahn.

No entanto, havia um abismo entre as exigências prévias dos países em desenvolvimento (grupo 77 + China) e a posição dos países desenvolvidos (Anexo I da Convenção do Clima). Um verdadeiro Apartheid do Aquecimento Global. Os países ricos não admitem passar recursos, por exemplo, para a China, que em julho próximo deverá se tornar o maior emissor de gases-estufa do planeta, sem que esta nação assuma metas quantificáveis e substantivas de redução. Os países do G 77 acusavam os mais ricos de sequer cumprirem as metas do Protocolo de Kyoto e de não formatarem o fundo de financiamento para a redução das emissões.

Na sequência, porém, do encontro de Nairobi, um grupo de 20 ministros se reuniu na Cidade do Cabo (África com Sul) com os cientistas Nicholas Stern e Rajendra Pachauri, especialistas em mudanças climáticas. Distantes da platéia radicalizada de Nairóbi, esse grupo deu passos efetivos no sentido da Construção da Confiança. Nesse conjunto de países, estavam a China, Índia, Brasil, África do Sul, Reino Unido, Suécia, Noruega e Rússia, entre outros. Avançou-se em relação à fase de apontar os culpados para a de identificar esforços conjuntos viáveis.

Stern e Pachauri mostraram que uma parte significativa das medidas mitigadoras não apresenta custos adicionais, como, por exemplo, iluminação com LED, eficiência energética, lixo (aproveitamento do gás metano e reciclagem), sistema integrado de transporte público. Além de não afetar o desenvolvimento econômico, essas medidas trazem benefícios no que se refere à qualidade do ar, saúde e qualidade de vida urbana.

Em relação à situação desigual entre os países de cada bloco, entendeu-se que não há razão para a criação de novas subdivisões ou categorias de países, mas sim admitir que existe capacidade diferenciada que possa implicar em compromissos diferenciados. A Alemanha, por exemplo, assumirá uma meta maior de redução para cobrir a Polônia e outros países do Leste Europeu que não têm como reduzir suas emissões de gases-estufa na mesma proporção.

A situação está se agravando bastante. Segundo o IPCC, mesmo que todos os países tomem medidas drásticas desde agora, o aumento da concentração de CO2 na atmosfera continuará crescendo até 2015. Mesmo que todos os países desenvolvidos zerassem suas emissões hoje, isso não seria suficiente para impedir que a temperatura ultrapasse o aumento previsto de 2º. C.

"A contribuição dos países em desenvolvimento é indispensável, ainda que diferenciada e apoiada por transferências de tecnologias e recursos financeiros. Sem essa transferência, ocorrerá inevitavelmente a elevação do nível do mar e a quebra na produção agrícola, o que prejudicará mais ainda as nações mais pobres", afirma o ministro Carlos Minc.

Segundo Suzana Kahn, há um entendimento que é urgente: a definição de como medir e verificar as reduções das emissões efetivamente obtidas, sem o que não existirão bases para se estabelecer a confiança e o fundo de financiamento adequado para garantir as reduções das emissões de gases-estufa necessárias.

Foi consenso na reunião da África do Sul que dada a urgência das medidas e do acordo proposto, os chefes de governo devem se engajar diretamente na resolução dessa questão. Os ministros de Meio Ambiente deverão se encontrar outras vezes antes da Convenção do Clima de Copenhague, em dezembro próximo, em reuniões em Bonn, em Bangcoc e na Groelândia para dar o rumo certo à necessária negociação.

O tempo corre e alguns países insulares, como Papua Nova Guine (presente ao encontro na África do Sul), já vivem situações dramáticas. A casa de seu primeiro ministro, por exemplo, está com mar batendo em sua porta.

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Delegação visita parque ecológico no Quênia

19/02/2009 - A delegação brasileira que participa do Fórum Global de Ministros de Meio Ambiente em Nairogi visitou nesta quinta-feira (19) uma unidade de conservação no Quênia. O convite para conhecer o Nakuru National Park, a 140 quilômetros de Nairobi, partiu do órgão ambiental queniano Kenya Wildlife Service (KWS). A implementação do acordo de cooperação Quênia-Brasil - assinada em fevereiro de 2007 - na Área de Conservação da Vida Silvestre, foi assunto da conversa com os quenianos.

Na visita, o ministro conheceu também os modernos sistemas de segurança e acesso empregados no parque e pôde ver algumas espécies de animais - como zebras, búfalos, flamingos, babuínos e antílopes, por exemplo - em seu hábitat natural. Criado em 1968, o Parque Nacional de Nakuru abrange uma área de 188 km² no Quênia Central e conta com uma grande variedade de aves e mamíferos. É reconhecido como sítio Ramsar desde 11000. O parque engloba o Lago Nakuru, com 62 km² de extensão, e situa-se em pitoresca paisagem no entorno de bosques e pastos, ao lado da cidade de Nakuru. Foi oficialmente declarado santuário de pássaros em 1960.

As áreas prioritárias para a cooperação Quênia-Brasil são o manejo da vida silvestre, a gestão de parques nacionais e reservas nacionais, o ecoturismo e a aplicação da legislação ambiental. Entre as modalidades de cooperação previstas estão a troca de informações relevantes, capacitação e treinamento e a realização conjunta de seminários e reuniões com a participação de cientistas, peritos, técnicos. A expectativa é de que a parceria abra novos campos de intercâmbio entre Brasil, Quênia e a África Oriental, contribuindo para a formação dos técnicos brasileiros. O KWS possui duas academias ambientais onde são ministrados cursos de alto nível e com grande aplicação prática.

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Ministro participa de fórum global em Nairobi

17/02/2009 - Grace Perpetuo - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participa nesta quarta-feira (18), em Nairobi (Quênia), do Fórum Global de Ministros de Meio Ambiente. Realizado anualmente, o encontro ministerial de alto-nível está ligado ao Conselho de Administração do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), que ocorre na sede desse organismo até sexta-feira (20). Cerca de cem ministros de várias partes do mundo devem participar do fórum. Na pauta do encontro, temas como Economia e Crescimento Verdes; Mudanças Climáticas; Mercúrio; Crise de Alimentos; Jogos Olímpicos e o Meio Ambiente; e Gestão de Ecossistemas e Governança Ambiental.

Na quarta-feira, Minc fará parte de uma Sessão Plenária - para debater o tema Globalização e Meio Ambiente - e de uma Consulta Ministerial sobre Mudança do Clima. Paralelamente, o ministro participa de diversos encontros bilaterais: com o ministro do Meio Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha, Sigmar Gabriel; com o diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner; com a ministra da Ecologia da França, Chantal Jouanno; e com o secretário de Estado para o Meio Ambiente do Reino Unido, Hilary Benn.

Na quinta-feira (19), Minc fará seu último encontro bilateral durante o fórum - desta vez, com o ministro do Meio Ambiente da República Tcheca e vice-ministro da Comissão de Ministros da União Européia, Martin Bursik. Antes, o ministro fará uma visita à reserva Nakuru National Park.

Encerrada sua participação no Quênia, o ministro parte na sexta-feira (20) da Cidade do Cabo, na África do Sul, rumo à Estação Científica Troll, na Antártica, a convite do governo da Noruega. A secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Suzana Kahn, acompanha o ministro na visita de dois dias à base norueguesa.

O ministro participará, ainda nesta quarta-feira, do lançamento do estudo GEO Amazônia: Perspectivas do Meio Ambiente na Amazônia (Environment Outlook in the Amazonia - GEO Amazonia). O GEO Amazônia faz uma avaliação da situação do meio ambiente amazônico nos oito países que compõem a região: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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