Preservação
Ambiental - 16/02/2009 - Miriam Marmontel e Rafael
Rossato, do Grupo de Pesquisa em Mamíferos
Aquáticos do IDSM, tiram medidas do peixe-boi,
depois de tratá-lo com pomada
Foto: Maria Carolina Ramos - Ascom/Instituto Mamirauá
O criadouro conservacionista do Instituto de Desenvolvimento
Sustentável Mamirauá (IDSM) receberá
mais um filhote de peixe-boi (Trichechus inunguis).
O animal foi resgatado pelo Instituto Brasileiro
de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA) e será encaminhado provavelmente
ainda neste mês ao criadouro, localizado na
Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã
(AM).
O animal está sendo mantido
em uma das bases flutuantes da organização,
que fica no lago Tefé, para observação
e tratamento de alguns ferimentos, antes de sua
partida para o criadouro. De acordo com relatos
de profissionais que cuidam do filhote, ele foi
pego por um pescador depois de ter ficado preso
em sua rede malhadeira.
O filhote tem 1,64 metro e 64
quilos e os pesquisadores do IDSM estimam que tenha
quase dois anos de idade. O animal está magro
e passará por exames antes de partir para
a reserva. No criadouro do IDSM, o filhote fará
companhia a outro peixe-boi, apelidado de Piti Aranapu,
que está sob os cuidados do IDSM desde 2007.
A presença de Piti e, em
breve, do outro filhote, colabora para a educação
ambiental de adultos e crianças que moram
em comunidades próximas ao criadouro. Desde
a chegada de Piti à Reserva, o Grupo de Pesquisa
em Mamíferos Aquáticos, do IDSM e
patrocinado pelo Programa Petrobras Ambiental, vem
realizando várias ações voltadas
para a conservação da espécie.
Entre as atividades, está a parceria com
as escolas das comunidades, que incluem nas disciplinas
informações sobre o papel do peixe-boi
na natureza e aspectos relacionados à caça
e extinção da espécie. O criadouro
do IDSM é o primeiro do País que se
localiza em uma unidade de conservação.
A realização do trabalho voltado para
educação ambiental também é
inédita.
Assim como o filhote de peixe-boi
resgatado pelo Ibama neste mês, Piti ficou
preso em rede de pesca em junho de 2007. Episódios
de capturas de filhotes de peixes-bois em redes
são frequentes.
No passado, o peixe-boi amazônico
foi vítima de caça comercial intensa
que, associada a uma baixa taxa reprodutiva, levou
a espécie a ser considerada ameaçada
de extinção no País. Atualmente,
o animal é protegido por três instrumentos
da legislação brasileira. Entretanto,
ainda existe uma pressão de caça ao
longo de toda sua distribuição, principalmente
direcionada para subsistência.
Assessoria de Imprensa do Instituto Mamirauá
+ Mais
Museu Goeldi sedia reunião
sobre plano de manejo da Flona de Caxiuanã
Floresta Amazônica - 16/02/2009
- Termina hoje (16) na Estação Científica
Ferreira Penna (ECFPn) do Museu Paraense Emílio
Goeldi (MPEG/MCT), em Belém (PA), a visita
de integrantes do Ministério do Meio Ambiente
(MMA) e Instituto Chico Mendes de Conservação
e Biodiversidade (ICMBio).
O MMA é representado pela
secretária de Biodiversidade e Florestas,
Maria Brito, e pelo diretor de Conservação
da Biodiversidade, Bráulio Dias; e o ICMBio,
pelo seu presidente, Rômulo Mello, e pelo
diretor de Conservação da Biodiversidade,
Marcelo Marcelino.
O objetivo da visita é
conhecer os projetos institucionais desenvolvidos
na Flona dentre os quais estão o Programa
de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio); o Programa
de Ecologia, Avaliação e Monitoramento
de Florestas Tropicais (Team); o Experimento de
Grande Escala da Biosfera – Atmosfera na Amazônia
(LBA); e o Experimento de Seca na Floresta (Esecaflor).
Na oportunidade, o grupo faz uma discussão
inicial do Plano de Manejo para a Flona de Caxiuanã
a ser elaborado em ação conjunta do
ICMBio com o MPEG.
Experiência bem sucedida,
Caxiuanã servirá de modelo a uma estação
semelhante proposta para o Parque Nacional de Tumucumaque.
O MMA encaminhou solicitação de informações
ao Goeldi sobre a gestão da Estação
e sua infra-estrutura, entre outros itens.
Localizada na Floresta Nacional
de Caxiuanã, a 400 quilômetros de Belém
(PA), a Estação, que já tem
15 anos de atuação no campo da pesquisa
científica, é fruto de um convênio
de cooperação técnica entre
o Museu Goeldi e o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama).
A ECFPn foi criada com a finalidade
de apoiar programas de pesquisa de curto, médio
e longo prazos do Museu Goeldi e da comunidade científica
nacional e internacional.
Agência Museu Goeldi