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LUCRO ENERGÉTICO DA MANDIOCA É MAIOR DO QUE OS DO MILHO E DA CANA, AFIRMA PESQUISADOR

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2009

1 de Março de 2009 - Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Transformar cana, milho ou mandioca em biocombustível é um processo que consome energia. Quantificar a energia gasta para essa produção, e compará-la à energia obtida a partir do etanol, foi o propósito de um estudo realizado pelo técnico agro-florestal da Secretaria de Desenvolvimento Agro-Florestal do Acre, Diones Assis Salla. O pesquisador chegou à conclusão de que, entre os três produtos pesquisados, a mandioca é o que proporciona “maior lucro energético”.

“Meu objetivo foi medir o quanto se gasta de energia ao longo de todo o processo produtivo de etanol desses três produtos, desde o início do processo, ainda na terra, até a industrialização. Depois, nós comparamos esses números com a energia obtida a partir do biocombustível”, explica Diones.

Segundo a pesquisa, para cada caloria de energia investida com a mandioca há um retorno de 1,67 caloria de energia em etanol. “São 67% de lucratividade energética com a mandioca, contra 9% da cana e 19% do milho”, argumentou. “Portanto a mandioca é, entre os três produtos, o que causa menor impacto no agroecossistema de cultivo”, conclui. O estudo desconsiderou a utilização do bagaço da cana como fonte de energia.

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Usinas de cana podem ser adaptadas para produzir etanol a partir da mandioca

1 de Março de 2009 - Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A obtenção de biocombustível a partir da mandioca pode ser feita também pelas usinas de cana-de-açúcar, devido às similaridades entre os processos de fermentação e de destilação dos dois produtos. A informação é do vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (Abam), Antônio Donizetti Fadel.

“O processo de fermentação e destilação da mandioca é igual ao da cana. A diferença está na etapa de moagem e no processo de sacarificação, que transforma o amido em açúcar”, explica Fadel.

Segundo ele, há a possibilidade de se postergar a colheita da raiz pode tornar o produto mais atraente para os usineiros durante as entre-safras da cana.

“A mandioca permite uma maior liberdade para a definição da época de colheita, que pode chegar a até 30 meses após o plantio. A vantagem é que enquanto ela não é colhida continua crescendo. E, com ela, os lucros”, disse.

Fadel explica que com 12 meses a produtividade da mandioca é, em média, de 25 toneladas por hectare. “Mas, com 24 meses é possível chegarmos a 40 toneladas por hectare”, garante.

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Norte e Nordeste serão os mais beneficiados pelo etanol da mandioca, dizem especialistas

1 de Março de 2009 - Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília - As Regiões Norte e Nordeste reúnem condições para ser as mais beneficiadas pelo uso da mandioca na produção de biocombustíveis. Dificuldades como a de transportar o produto por longas distâncias e a possibilidade de o etanol ser produzido em mini, pequenas e médias usinas podem contribuir para o desenvolvimento econômico e social dessas localidades.

“Devido à grande concentração de água [cerca de 70%], a mandioca não pode ser transportada por longas distâncias”, explica. “Para transportar a raiz por percursos maiores, de até 600 quilômetros, é necessário secá-la ao sol, de forma a adquirir um aspecto de chips. Isso pode ser mais bem organizado a partir de minicooperativas ou associações, o que traz, também, benefícios sociais para as comunidades envolvidas”, argumenta o vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (Abam), Antônio Donizetti Fadel. “Nessas regiões, o social hoje pode resultar no econômico do futuro”, completa.

“A mandioca pode ser cultivada por mini, pequenos, médios e grandes produtores. Por isso é de grande utilidade para atender a demandas locais. Já a cana só é viável quando a produção é de grande porte”, avalia o técnico agro-florestal da Secretaria de Desenvolvimento Agro-Florestal do Acre, Diones Assis Salla. Ele explica que, devido à grande distância entre as comunidades da região Norte e as usinas de cana, o álcool nessas regiões costuma ser mais caro do que no restante do país.

Segundo o diretor do Centro de Raízes e Amidos Tropicais (Cerat), Cláudio Cabello, por a extração de etanol a partir da mandioca poder ser feita em usinas de pequeno porte, para uso local, o ideal para as comunidades mais afastadas é a adoção de pequenas unidades-piloto.

“A divulgação desse tipo de tecnologia faz parte das iniciativas do Cerat. Para tanto estamos instalando no câmpus de Lageado, da Universidade Estadual Paulista, em Botucatú, uma unidade que produzirá 5,3 metros cúbicos de etanol por dia”, informa Cláudio Cabello.

No passado, a produção de etanol a partir da cana tinha que ser de, no mínimo, 120 metros cúbicos de álcool, por dia, para valer a pena. Segundo Cláudo Cabello, com a necessidade cada vez maior de tornar as empresas competitivas no mercado, esse valor subiu para uma produção diária de 240 metros cúbicos.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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