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FAZENDEIRO ACUSADO DE MATA DOROTHY STANG É DENUNCIADO POR GRILAGEM DE TERRAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2009

10 de Março de 2009 - Da Agência Brasil - Brasília - O Ministério Público Federal (MPF) apresentou, no último dia 06, denúncia contra o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão por grilagem de terras e estelionato. Galvão é acusado de ser o mandante do assassinato da missionária americana Dorothy Stang.

Galvão foi acusado pelos crimes de invasão de terras públicas, utilização de documentos do Incra para proveito próprio e tentativa de estelionato de terras públicas. O fazendeiro ocupou a terra do Incra em 1999, segundo o procurador Rodrigo Timóteo. O fazendeiro utilizava um documento do Incra de 1977, que já tinha perdido os efeitos jurídicos, como prova de proprietário da área. Ele tentou utilizar o documento para obter a regularização fundiária no próprio Incra.

Galvão foi preso preventivamente por grilagem no dia 26 de dezembro de 2008. O fazendeiro tentou grilar as terras do lote 55, uma área de 3 mil hectares (30 quilômetros quadrados) em Anapu, no Pará. Galvão recebeu um habeas corpus do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) no dia 18 de fevereiro de 2009.

“Essa terra foi o motivo por trás do homicídio [de Dorothy Stang], pelo menos esse é o indício que tem o processo. Ao que tudo indica, em virtude dessa apropriação indevida da terra pelo Regivaldo é que gerou todo o conflito agrário na região” afirmou Timóteo.

Galvão vai responder ao processo perante a Justiça Federal em Altamira e pode ser condenado a penas que variam entre seis meses e 15 anos de prisão, segundo o MPF.

Há também uma acusação que tramita na Justiça Federal, em Altamira, que acusa Galvão e Vitalmiro Bastos de Moura (também suspeito no assassinato de Dorothy) de manter trabalhadores em situação análoga à de escravos.
A missionária Dorothy Stang foi morta com seis tiros em Anapu, a 300 quilômetros da capital paraense, em fevereiro de 2005. Ela participava da Comissão Pastoral da Terra e trabalhava em constante diálogo com lideranças camponesas, políticas e religiosas, na busca de soluções para conflitos relacionados à posse e à exploração da terra na região.

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Indígenas acusam Polícia Federal de agir com violência em ações nas suas comunidades

12 de Março de 2009 - Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Lideranças indígenas denunciaram hoje (12) várias ações “truculentas” da Polícia Federal contra comunidades em Pernambuco, no Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e na Bahia. As reclamações e relatos foram feitos durante a reunião da Comissão Nacional de Política Indigenista (Cnpi), ligada ao Ministério da Justiça.

Os líderes indígenas citaram o caso de uma ação da PF para garantir o cumprimento de uma ordem de reintegração de posse contra os índios Tupinambás, na Serra do Padeiro (BA). A índia Pierangela Cunha, da etnia Wapixana, que integra a bancada indígena na Cnpi, disse que em janeiro de 2008, para cumprir uma decisão judicial em favor de fazendeiros, a Polícia Federal utilizou gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os índios, além de incendiarem suas roças. “Queremos que esses casos onde houve violência excessiva sejam apurados”, afirmou.

A líder disse ser importante que nas ações policiais nas comunidades indígenas haja “um acompanhamento mais efetivo” por parte da direção da Polícia Federal para evitar os excessos dos agentes.

O delegado federal Carlos Santos explicou que o caso da Serra do Padeiro “houve uma resistência por parte dos índios tupinambás”. E garantiu que nas ações da PF “tudo é feito dentro de um processo moderado, com medidas de menor potencial lesivo”. Santos disse ainda que a Polícia Federal não tem interesse em conflitos e que só utiliza a força em “casos extremos”.

Pierangela Cunha defendeu a necessidade de se estabelecer diretrizes para ações da Polícia Federal em terras indígenas. “Deve haver um diálogo da Polícia Federal, com a Funai (Fundação Nacional do Índio) e com as lideranças indígenas para que não ocorram esses abusos”, disse.

O delegado Santos explicou que já existe um planejamento da PF e da Funai par um trabalho conjunto com as lideranças indígenas. Segundo ele, o interesse é de “aprimorar um trabalho de comunhão”.

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Adolescentes indígenas do Amazonas vão receber orientações sobre DST no idioma tukano

11 de Março de 2009 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - Até o fim deste mês, adolescentes indígenas de pelo menos 13 comunidades localizadas no extremo noroeste do Amazonas vão receber uma orientação especial a respeito de temas relacionados a doenças sexualmente transmissíveis (DST) e AIDS. Essas informações estarão em uma cartilha traduzida para o idioma materno desses povos: o tukano.

A publicação foi produzida pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (Oela) e Secretaria de Saúde do Estado do Amazonas (Susam), com financiamento do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef). A tradução do português para a língua indígena foi feita por índios da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn).

A cartilha sobre DST e aids na língua tukano foi lançada no último dia 6, durante a 1ª Oficina de Formação de Multiplicadores em Direitos Indígenas, DST/Aids e Valorização da Vida, realizada em São Gabriel da Cachoeira – município com maior população indígena do país.

A oficina, realizada pelas mesmas instituições envolvidas na produção da cartilha tukano, teve como objetivo treinar um grupo de 40 adolescentes indígenas com objetivo de torná-los multiplicadores das informações recebidas em suas aldeias. Ao longo desta semana, os jovens participantes retornam às comunidades de origem, onde vão dar início ao trabalho de divulgar as informações recebidas em São Gabriel.

De acordo com a representante da Foirn, Deuzimar Dessano, os participantes são alunos de escolas de ensino fundamental e médio que trabalham com a língua materna dos indígenas. Nessa região, devido à grande diversidade de povos indígenas, existem três línguas distintas: tukano, nhengatu e baniwa. Cada estudante ficou responsável pela multiplicação das informações por meio de oficinas e atividades interdisciplinares. Trinta cartilhas foram distribuídas para as aldeias. O material tem 16 páginas e é ilustrado.

“A oficina foi o primeiro passo para orientar esses jovens indígenas com relação às DSTs e a AIDS. Agora, eles vão levar os conhecimentos aprendidos para os outros colegas. Queremos contribuir para que eles tenham mais conhecimentos sobre esses assuntos e se previnam contra doenças sexualmente transmissíveis”, declarou Deuzimar, em entrevista à Agência Brasil.

Para a adolescente Patrícia Penado, 16 anos, a participação na oficina foi fundamental para o aprendizado sobre as possibilidades de prevenção. Ela é da etnia Baré e diz que, a partir de agora, terá a missão de levar esses conhecimentos para outros jovens.

“Na minha comunidade não se fala muito sobre doenças sexualmente transmissíveis e AIDS, por isso foi importante eu vir para cá, ver todas essas coisas, e voltar para casa com muitas coisas importantes para meu povo.”

De acordo com a Coordenação do Programa DST/Aids em São Gabriel da Cachoeira, 269 casos de DST foram identificados no município em 2008. Antes de 2004, foram notificados quatro casos de HIV; desde então, nenhum outro exame realizado no município apresentou resultado positivo para AIDS.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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