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IBAMA DO AMAZONAS APRESENTA RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2008

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2009

Manaus (12/03/2009) - A Superintendência do Ibama do Amazonas realizou hoje uma coletiva para a imprensa onde foi apresentado o Relatório de Atividades 2008. Durante 2008, em todo o Estado do Amazonas, o Ibama realizou ações de prevenção, monitoramento e controle das diversas atividades relacionadas ao uso dos recursos naturais no Estado, visando combater atividades ilegais que possam comprometer a sustentabilidade desses recursos e a conservação e preservação de ambientes naturais.

As ações da Divisão de Fiscalização e Controle ao longo do ano, desenvolvidas especialmente no âmbito do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal - PPCDAM, geraram a abertura de vários processos administrativos. Ao todo foram aplicados 1007 autos de infrações, referentes a ilícitos contra a flora, fauna, poluição ou degradação do meio ambiente, somando mais de R$ 521,4 milhões em multas.

O Estado do Amazonas tem 62 municípios, em 49 deles foi registrado algum tipo de sanção administrativa aplicada pelo Ibama. Manaus foi o município com maior número das sanções aplicadas, seguido de Lábrea, Tefé, Parintins e Novo Airão. A maior parte das sanções administrativas aplicadas em 2008 está relacionada à utilização ilegal de recursos florestais.

Dentre as ações desenvolvidas pelo setor de Recursos Pesqueiros, destacam-se os projetos de manejo, representados pelos Acordos de Pesca e Manejo de Pirarucu (Arapaima gigas) que vêm sendo promovidos, acompanhados e supervisionados pelo Ibama. Em 2008, foram liberadas cotas de captura de pirarucu em 8 municípios (Juruá, Jutaí, Tefé, Fonte Boa, Itacoatiara, Silves, Itapiranga e Nhamundá), totalizando 21.817 unidades autorizados para a captura.

Quanto às atividades relativas à fauna, foram registradas a entrada de 464 animais no Centro de Triagem de Animais Silvestres – Cetas/Manaus/AM, oriundos de entregas espontâneas, apreensões e resgates, estes dois últimos realizados pelo Ibama e por instituições parceiras como a Polícia Ambiental, Secretaria de Meio Ambiente do Município de Manaus, Exército e prefeituras do interior. No entanto, os dados de apreensões registrados pelo Cetas/Ibama/AM não retratam o universo de apreensões efetuadas pela equipe de fiscalização, que foi de 18.087 animais, pois muitos dos animais apreendidos são soltos no próprio local da apreensão, quando as condições para isto são favoráveis. Quelônios por exemplo, às vezes são apreendidos em embarcações nos rios onde foram capturados. Nesse caso, são soltos imediatamente. Dentre os animais que passaram pelo Cetas/Ibama/AM em 2008, há espécies que estão na lista de animais ameaçados de extinção, como por exemplo: sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), onça pintada (Panthera onca), onça parda (Puma concolor), peixe-boi (Trichechus inunguis), falcão peregrino (Falco peregrinus).

Entre os programas de Educação Ambiental desenvolvidos, destaca-se o projeto pioneiro de Reeducação de Infratores Ambientais, coordenado pelo Núcleo de Educação Ambiental; foram 6 cursos oferecidos para 100 apenados. Esse projeto, que conta com o apoio do tem o objetivo de promover a educação ambiental de infratores, para que não sejam reincidentes em crimes ambientais e para que possam ser multiplicadores das informações referentes ao meio ambiente. Ainda dentro das ações de Educação Ambiental e cidadã destacam-se os cursos de capacitação de Agentes Ambientais Voluntários, Coordenado pelo Núcleo de Agentes Ambientais Voluntários. De 2002 a 2008, o programa capacitou 1942 pessoas em 29 municípios do Amazonas. Esses programas têm apoio de outras instituições, como por exemplo, Ministério Público (estadual e federal), Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM, Secretaria de Meio Ambiente de Manaus e de municípios do interior, entre outras.

A Superintendência do Ibama do Amazonas – Supes/AM tem a atribuição de integrar e coordenar o planejamento, execução, monitoramento de ações, bem como gerenciar as atividades administrativas necessárias para a operacionalização dessas ações e projetos, as quais são desempenhadas por diversos setores da Supes e de unidades instaladas no interior do Estado. Nesse sentido, o levantamento, análise e integração de informações quantitativas e qualitativas são de fundamental importância para o gerenciamento das questões ambientais a curto, médio e longo prazo, no Estado e região.

Atualmente, no Amazonas, o Ibama conta com 147 servidores distribuídos na Superintendência em Manaus e em cinco unidades descentralizadas (Tabatinga, Tefé, Parintins, Humaitá, Lábrea), os quais têm sob sua jurisdição outros municípios, de acordo com suas proximidades geográficas, perfazendo ao todo os 1.549.586 km2 de área do Estado, que correspondem a 40,7% do espaço da região Norte e 18,4% do território brasileiro.

Durante muitos anos, o Ibama foi um dos únicos (em algumas localidades o único) órgãos responsáveis pelas ações de prevenção e controle ambiental no Amazonas e na Amazônia como um todo. Nos últimos anos essa realidade tem pouco a pouco sido mudada por meio do rapasse de algumas atribuições a outras organizações estaduais e municipais e também pela ampliação e fortalecimento de parcerias com outras instituições governamentais, entidades da sociedade civil organizada e imprensa. No entanto, considerando-se a extensão territorial do Amazonas e da Amazônia e dada a complexidade dos aspectos geográfico, ambiental, social, econômico e cultural que envolve, é essencial que esses processos sejam ampliados e fortalecidos.
Natália A. de Souza Lima

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Minc anuncia ações para guerra total ao desmatamento em 2009

Brasília (10/03/2009) - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, declarou que em 2009 haverá guerra total ao desmatamento e que para isso ações como de fiscalização e repressão serão associadas a medidas estruturantes, planejadas e de inteligência, para torná-las mais ágeis e com maior mobilidade. Entre as ações anunciadas pelo ministro estão a assinatura do pacto da pecuária, em parceira com a Associação Brasileira de Exportadores de Carne (Abiec), o anúncio da entrada de mais oito municípios na lista dos maiores desmatadores e a retirada de quatro deles, por tem cumprido já os requisitos necessários. “Vamos acelerar o lado econômico das alternativas, mas entrarem com ações contra o boi pirata, a madeira pirata e o crime ambiente”, disse.

Carlos Minc anunciou que nos próximos meses o MMA estará ajuizando mais de 60 ações contra crimes ambientais e que a partir de agora, tanto o MMA quanto o Ibama poderão convocar a Força Nacional para ajudar no combate ao desmatamento. Para uma platéia composta de secretários estaduais de Meio Ambiente e superintendentes regionais do Ibama, Minc enumerou as atividades que o MMA vem envolvendo para coibir o desmatamento. Também participam da reunião de planejamento o Exército Brasileiro e as polícias Federal e Rodoviária Federal.

Entre as ações relacionados pelo ministro, os acordos setoriais (soja, madeira, minérios, Fiesp e bancos privados); o acordo com o ministro Tarso Genro para que o Ibama possa convocar a Força Nacional; a ações de sustentabilidade, que iniciam com a chegada dos recursos do Fundo Amazônia, a implantação do Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE), o combate ao manejo pirata, as ações positivas envolvendo os municípios e os convênios com os estados e o cumpra-se das leis. “A guerra começa agora e será uma guerra total”, garantiu o ministro.

O ministro falou aos participantes na abertura da reunião de planejamento para o combate ao desmatamento na Amazônia 2009, ocorrida hoje (10), no Ibama sede. A reunião está prevista para durar três dias, durante os quais serão debatidas estratégias e definidas ações de controle e comando, e as diretrizes estipuladas no Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAM), coordenado pela Casa Civil e executado por 14 ministérios.

Entre as ações a serem definidas, o ajuste das estratégia de ação de fiscalização ambiental federal, a localização das bases operativas, o orçamento, as prioridades e as metas das operações para o combate ao desmatamento. Uma das novidades será a adoção de medidas de proteção social nas localidades sob fiscalização, visando amenizar as consequências para a população carente de eventuais perdas e postos de trabalho devido às sanções impostas com empresas que cometem crimes ambientais.
Suelene Gusmão
Ascom/MMA

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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