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LUCROS COM BIODIVERSIDADE DEVM SER DIVIDIDOS COM POPULAÇÕES TRADICIONAIS, DIZ MINC

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2009

Brasília (12/03/2009) – O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu na quarta-feira (11), durante a abertura da reunião do Grupo dos Países Megadiversos Afins, no Palácio do Itamaraty, a união das 17 nações em defesa da biodiversidade planetária e da criação, para 2010, do regime de Acesso e Repartição de Benefícios (ABS). O mecanismo, previsto pela Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas na Cúpula Mundial do Rio – Eco-92, garante às populações tradicionais e povos indígenas parte dos lucros obtidos com a exploração da biodiversidade e dos conhecimentos produzidos por elas.

Minc pediu o engajamento das nações do grupo. "Devemos ousar e falar alto em prol da vida - e que o mundo ouça o clamor daqueles que, em seus países, preservam a maior parte da biodiversidade do planeta, da vida em todas as suas formas", disse. A reunião integra os esforços do Brasil à frente do Grupo dos B-17 - que reúne as 1 nações mais ricas em biodiversidade do mundo -, rumo à implantação de um Regime Internacional de Acesso a Recursos Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos Benefícios dos Recursos Genéticos durante a 10ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção a ser realizada em outubro de 2010 em Nagóia, no Japão.

O ministro enumerou os três grandes objetivos dos países megadiversos com relação à biodiversidade: a conservação da diversidade biológica; o uso sustentável dos componentes da biodiversidade; e a justa e equitativa distribuição dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos. "Esse último será, de ato, o objeto principal do entendimento entre nossos países - porque concentramos talvez o maior banco genético do planeta", lembrou o ministro, antes de mencionar a crescente biopirataria que afeta os B-17 já há muitas décadas.

Segundo o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá conversar com o presidente norte-americano Barack Obama para que os EUA entrem na Convenção da Biodiversidade. "Os países ricos não falam abertamente contra a ABS, mas o empenho deles para tal não é muito convincente: não se garantem os recursos, as equipes nem os cronogramas para que, em 2010, nós realmente tenhamos no mundo inteiro, de forma vinculante, esse sistema ABS", disse Minc. "O sistema então garantiria recursos para manter as florestas, os bancos genéticos e a biodiversidade - e para remunerar as populações que, por séculos, guardaram esses ensinamentos e impediram a extinção desses princípios ativos", ressaltou Minc.

O Brasil foi eleito presidente dos B-17 durante a 9ª Conferência das Partes (COP-9) da CDB realizada em Bonn, na Alemanha em maio de 2008. O mandato dura dois anos. Atualmente, fazem parte do grupo de megadiversos os seguintes países: além do Brasil, África do Sul, Bolívia, China, Colômbia, Congo, Costa Rica, Equador, Filipinas, Índia, Indonésia, Madagascar, Malásia, México, Peru, Quênia e Venezuela. Essas nações reúnem mais de 70% de toda a biodiversidade do planeta e cerca de 45% da população mundial.

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Ministro derruba barracos na Floresta da Tijuca e anuncia convênio com Prefeitura do Rio para revitalizar o parque

Brasília (09/03/2009) – Com a participação do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, foi realizada no sábado (7) operação de demolição de construções irregulares onde viviam 21 famílias dentro do Parque Nacional da Tijuca, junto a prédio abandonado do antigo Restaurante Silvestre, fechado há 20 anos. Na ocasião, Minc anunciou a assinatura ainda este mês de convênio com a Prefeitura para reforçar a administração do parque.

Para simbolizar o início de parceria com o governo municipal para não só administrar o parque – onde fica o Corcovado –, mas para contribuir para incentivar o ecoturismo e reforçar a preservação da Floresta da Tijuca, evitando favelização no local, Minc, Paes e os secretários municipais de Meio Ambiente e Habitação, Carlos Alberto Muniz e Jorge Bittar, plantaram mudas de espécies de Mata Atlântica, como ipê e pau-ferro, em clareira aberta na floresta pelos invasores.

O processo de demolição dos casebres – realizado com tratores e com equipes da Defesa Civil e da Comlurb, entre outras – foi planejado após blitz ecológica promovida na região, há cerca de um ano, com a participação de Minc, então secretário estadual do Ambiente, e do chefe do Parque Nacional da Tijuca, Ricardo Calmon, que também esteve presente na demolição.

De lá para cá, iniciou-se processo de negociação para a retirada das famílias invasoras. À época da blitz, foi constatado o estado de degradação social em que viviam as famílias, que, sem condições sanitárias, chegavam a fazer necessidades fisiológicas em sacos plásticos, jogando-os depois em áreas da floresta.

"Estamos impedindo a favelização de uma importante unidade de conservação. Era inadmissível haver um cortiço em plena Floresta da Tijuca", afirmou Minc. "Numa parceria inédita em prol do meio ambiente, os governos federal, estadual e de municípios como o Rio estão intensificando ações como essa de recuperação de áreas de conservação, buscando alternativas de habitações populares".

Para que as famílias invasoras aceitassem sair dos casebres na Floresta da Tijuca de forma pacífica, o secretário Bittar negociou a concessão de um - aluguel social - , com cada uma recebendo R$ 250 por mês para morar provisoriamente em outro local, enquanto a prefeitura constrói casas alternativas para sua moradia.

A moradora Maria da Conceição disse que preferia continuar no local, mas reconheceu estar satisfeita com a casa que alugou no Morro dos Prazeres, na região central, não muito longe dali, com "sala, cozinha e banheiro".

"Estamos mostrando que sem truculência e com diálogo podemos recuperar as áreas degradadas da cidade e do Estado do Rio de Janeiro", disse o ministro do Meio Ambiente.

No total, segundo o chefe do parque, cerca de 80 famílias ainda moram de forma irregular nos limites do parque. A área demolida era de maior risco. Representava 20% das famílias invasoras. “As demolições vão continuar. Acho que é um processo contínuo, negociado e conversado com a população que vai resultar na desocupação completa do parque”, informou Ricardo Calmon.

CONVÊNIO – No caso da política de preservação e de melhor uso do Parque Nacional da Tijuca, até o final de março deverá ser assinado convênio de cogestão do governo federal com a prefeitura, para reforçar a administração dessa importante unidade de conservação da União.

Em apoio às visitações e ao ecoturismo, planeja-se a reforma do antigo Restaurante Silvestre, que ser tornaria um restaurante panorâmico com centro cultural e ambiental, para servir de parada a turistas que estejam visitando, de trenzinho, o Corcovado. Uma antiga estação de parada do trenzinho, a poucos metros do prédio, seria reativada, servindo inclusive de conexão para quem queira seguir de bondinho até o Bairro de Santa Teresa, na região central da cidade.

Um pouco mais acima do prédio do restaurante, no início da Estrada das Paineiras, serão reaproveitadas as instalações do antigo Hotel das Paineiras, que já serviu, entre outros usos, ainda nos anos 60 do século 20, como concentração da seleção brasileira de futebol.

Em breve, segundo Minc, o IAB (Instituto dos Arquitetos do Brasil) promoverá concurso para a escolha de projeto de reforma e revitalização do prédio do hotel, para a instalação de restaurante panorâmico e centro de pesquisas botânicas e de educação ambiental, entre outros usos.

 
 

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