12 de
Março de 2009 - Vladimir Platonow - Repórter
da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O príncipe
Charles, da Inglaterra, disse hoje (12) que o mundo
tem um prazo máximo de 100 meses, pouco mais
de oito anos, para mudar a lógica econômica
e começar a agir contra o aquecimento global.
Charles discursou no Palácio do Itamaraty,
no Rio de Janeiro, para empresários, autoridades
políticas e convidados da comunidade britânica
no Brasil.
“Estamos em um momento decisivo
na história mundial. As melhores projeções
nos dizem que temos menos de 100 meses para mudar
nosso comportamento ante o risco de uma mudança
climática catastrófica”, alertou.
Segundo ele, é preciso
encontrar meio de, simultaneamente, procurar benefícios
econômicos e proteger a natureza, o que está
ligado diretamente à segurança da
própria atividade econômica: “Este
será o desafio central do século 21”.
Ele enfatizou a responsabilidade
do Brasil, como quinto país mais populoso
do mundo, de ajudar a solucionar a questão
climática mundial. Como sugestão,
propôs a criação de um título
comercializado por países detentores de florestas
tropicais, em troca da garantia de sua preservação.
Charles disse que o mundo está
em uma corrida na qual todos participam, a fim de
restaurar a harmonia das forças da natureza,
prejudicadas pelas mudanças climáticas.
“Qualquer dificuldade que o mundo
encare hoje não vai ser nada, comparada com
os efeitos que o aquecimento global vai ter na economia
mundial. Vai resultar na movimentação
de pessoas escapando de enchentes ou secas, produção
incerta de alimentos e falta de água e crescimento
de instabilidade social e conflitos. Vai afetar
o bem-estar de cada homem, mulher e criança
no nosso planeta”, afirmou.
Na parte da tarde, Charles e sua
mulher, a duquesa Camilla, visitam um projeto social
no Complexo da Maré. Depois, seguem para
o Jardim Botânico, onde se encontram com o
ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e membros
da comunidade britânica no Brasil.
+ Mais
Minc quer simplificar licenciamento
de aqüicultura para pequenos empreendedores
11 de Março de 2009 - Paula
Laboissière - Repórter da Agência
Brasil - Antonio Cruz/Abr - Brasília - O
ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, abre o encontro
do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que
discute o asfaltamento da BR-163, que, segundo o
ministério, tem causado desmatamento
Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos
Minc, afirmou hoje (11) que quer simplificar o licenciamento
ambiental de aqüicultura para pequenos empreendedores.
Durante reunião do Conselho
Nacional do Meio Ambiente (Conama), ele afirmou
que a medida levará ao aumento da produção
de peixes, o que resultará na maior oferta
de emprego e de “peixe mais barato e saudável”.
O licenciamento ambiental dos
empreendimentos de aqüicultura poderá
ter as normas uniformizadas para eliminar divergências
de critérios entre os estados. As mudanças
estão sob análise do Conama.
De acordo com o ministro, o objetivo
do governo é que pelo menos 90% do aumento
da produção se dê por meio do
cultivo de peixes. “Você cria peixes em áreas
reservadas e não ameaça as espécies
que estão nos rios e nos mares.”
Questionado sobre a falta de incentivo
e de capacitação para o setor, Minc
lembrou que a idéia do governo é transformar
a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca
em ministério, o que fará com que
o órgão tenha "mais recursos
e mais poder”.
Os participantes da reunião
também discutiram o zoneamento econômico
e ecológico da BR-163, que liga os os estados
do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná,
de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e do Pará.