06/03/2009
- Salgueiro (PE) - O Projeto de Integração
do rio São Francisco com Bacias Hidrográficas
do Nordeste Setentrional está promovendo
ações que beneficiarão as 16
comunidades quilombolas em sua área de influência.
Elas serão contempladas com casas, telefonia
comunitária, inclusão digital, projetos
de desenvolvimento econômico, como fruticultura
e ovinocaprinocultura, e, principalmente, o acesso
à água, vetor de desenvolvimento mais
importante nas comunidades.
Os remanescentes de quilombos
beneficiados estão nos municípios
pernambucanos de Salgueiro (Santana, Conceição
das Crioulas e Contendas), Carnaubeira da Penha
(Comunidade de Massapé), Custódia
(Comunidades de Buenos Aires, Cachoeira da Onça
e São José), Mirandiba (Comunidades
de Araçá, Feijão, Juazeiro
Grande, Pedra Branca, Serra do Talhado e Queimadas)
e Cabrobó (Comunidades de Cruz do Riacho,
Fazenda Santana e Jatobá).
O objetivo
do Ministério da Integração
Nacional é substituir casas de taipa por
moradias de alvenaria e construir banheiros nas
casas que antes não dispunham desse benefício.
Já foram licitadas as obras para construção
dessas casas nas comunidades de Cabrobó,
Mirandiba, Carnaubeira da Penha e Custódia,
onde as obras, realizadas pela Fundação
Nacional de Saúde (Funasa), vinculada ao
Ministério da Saúde, já estão
em andamento.
As ações visam proporcionar
vida mais digna aos sertanejos, amenizando problemas
de saúde, a exemplo da doença de chagas,
transmitida pelo barbeiro, inseto encontrado com
grande frequência em construções
como as casas de taipa – feitas com uma estrutura
de madeira roliça revestida de barro.
Esse trabalho pertence ao Programa
Básico Ambiental de Desenvolvimento das Comunidades
Quilombolas, que vem se articulando com outras instâncias
do governo federal, como os Ministérios da
Saúde, das Comunicações e do
Desenvolvimento Agrário.
COMUNICAÇÃO E INCLUSÃO
DIGITAL - Parcerias com os Ministérios das
Comunicações e do Desenvolvimento
Agrário preveem, no Programa Básico
Ambiental de Desenvolvimento das Comunidades Quilombolas,
a instalação de postos de telefonia
comunitária nas localidades, que também
serão alvo da inclusão digital. Serão
instaladas salas dotadas de computadores ligados
à internet. Ainda serão colocados
à disposição dos jovens das
comunidades cursos de montagem e manutenção
de microcomputadores. Essas benfeitorias irão
profissionalizar e inserir jovens no mercado de
trabalho, tornando-os responsáveis pelas
atividades digitais nas comunidades.
Todas essas mudanças antecedem, de forma
estrutural e participativa, as ações
que serão implementadas em forma de Plano
de Desenvolvimento Local Sustentável nas
comunidades quilombolas. Esse plano, que envolve
a comunidade e o poder público, foi delineado
a partir dos caminhos apontados em reuniões
realizadas com as comunidades, ao longo dos últimos
três anos, estando em fase de aperfeiçoamento
constante pelo Ministério da Integração
Nacional.