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REGULARIZAÇÃO DE ASSENTAMENTOS VAI
DOBRAR ÁREAS DE PROTEÇÃO NO PARANÁ

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Março de 2009

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, e a superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Cláudia Sonda, assinaram nesta terça-feira (10) - durante reunião da Escola de Governo - termo de compromisso para a regularização ambiental dos assentamentos montados até o fim de 2003 no Estado. O IAP calcula que os 256 assentamentos paranaenses, criados até esta data, estarão regularizados até 2013.

“A medida garantirá a recomposição de 60 mil hectares em áreas de Reserva Legal nos assentamentos. Para se ter uma dimensão, o Paraná possui hoje 85 mil hectares em as áreas de proteção integral”, comparou a superintendente do Incra, Cláudia Sonda, que é funcionária de carreira do IAP. Segundo Cláudia, a ação irá dobrar as áreas protegidas no estado. “Vamos duplicar essas áreas no foco da reforma agrária e garantir a conservação da biodiversidade”, reforçou.

CONFLITOS NO CAMPO - Durante a assinatura do convênio, o governador Roberto Requião manifestou-se contra os conflitos de terra que já geraram a morte de 15 mil trabalhadores rurais no campo. “Outro dia alguns assentados desviados das direções do seu movimento executaram quatro guardas de uma propriedade e vimos manifestações generalizadas na imprensa e pela voz irada do presidente do Supremo Tribunal Federal”, recordou.

“Agora, eu não vi o presidente do STF levantar a voz para por um fim na mortandade no campo”, mencionou o governador Requião. Ele esclareceu, que discorda dos atos praticados por integrantes do MST. “O MST foi um dos mais importantes movimentos sociais do país depois da abolição da escravatura, mas infelizmente comete erros e, nesses casos, erros gravíssimos”, concluiu.

CONVÊNIO IAP/INCRA - A parceria entre o Incra e os órgãos ambientais estaduais começou em 2003 para garantir a recuperação dos passivos ambientais, nos assentamentos. Como parte do convênio, o Incra ficará responsável por apresentar um diagnóstico da situação ambiental de todos os projetos de assentamento criados até o fim de 2003, dentro do prazo de três meses.

Depois desse prazo, o órgão terá mais três meses para a elaboração de uma proposta de trabalho. Outra determinação do termo é o cadastro dos projetos de assentamento ao SISLEG e a solicitação de uma Licença de Instalação e Operação (LIO).

“Começamos o trabalho com o objetivo de tornar os assentamentos ambientalmente corretos perante a Lei e também para garantir o acesso ao crédito. Isso porque, sem o licenciamento ambiental, os agricultores não conseguem obter financiamentos”, destaca Cláudia Sonda.

O secretário Rasca Rodrigues afirma que no ano de 2004 foram promovidas capacitações técnicas para viabilizar a recuperação ambiental das áreas.

Como parte do convênio, o IAP oferecerá suporte técnico aos servidores do Incra responsáveis pelos trabalhos ambientais. O presidente do Instituto, Vítor Hugo Burko, acredita que o acordo será benéfico para todos os envolvidos.

“As questões ambientais, sociais e econômicas são o tripé da sustentabilidade. Nenhum destes elementos pode ser separado ou todas as demais áreas serão prejudicadas. Quando se discute estas questões em harmonia, damos um grande avanço e começamos a caminhar para o desenvolvimento da justiça social e equilíbrio ecológico”, salientou.

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Conselho de Meio Ambiente aprova retirada de BHC do PR

Uma moção de apoio ao Projeto de Lei n° 52/2008 - aprovado pela Assembleia Legislativa e que prevê um período de autodenúncia de seis meses para os agricultores, que ainda mantêm armazenados em suas propriedades o agrotóxico BHC (Hexabenzeno de Cloro) - foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente.

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, que também é presidente do Conselho – convocou os integrantes na última terça feira (10) para a primeira reunião do ano onde a retirada e o recolhimento do BHC foi a pauta das discussões. O Conselho é composto por 30 representantes de órgãos governamentais e sociedade civil organizada. (http://www.cema.pr.gov.br/)

O BHC é um agrotóxico altamente perigoso e que teve o comércio, transporte e manipulação proibidos, desde 1985 no Brasil. Estudos da Secretaria de Agricultura e da Suderhsa (Superintendência de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental) estimam que o estoque de BHC em território paranaense pode superar duas mil toneladas. “Isso porque muitos agricultores enterraram ou esconderam o produto após a sua proibição”. Disse Rasca. Segundo ele, uma das câmaras técnicas do Conselho já vem estudando a melhor forma de remover todo o estoque do agrotóxico Hexabenzeno de Cloro (BHC) no Paraná.

“O assunto é extremamente grave e muito mais complexo do que se pode imaginar. Temos um imenso passivo de BHC estocado em propriedades rurais no Paraná, mas a retirada envolve interesses comerciais e valores altos que vêm sendo propostos por empresas especializadas em fazer o recolhimento. Por isso, reunimos o Conselho para buscar uma solução o mais breve possível”, reforçou.

TRAMITAÇÃO – O Projeto de Lei que prevê um período de ‘anistia’ para os agricultores - de autoria dos deputados estaduais Luiz Eduardo Cheida (PMDB) e Rosane Ferreira (PV) - foi apresentado ao Conselho, que deliberou sobre as dificuldades encontradas para a remoção do inseticida.

Entre os principais obstáculos, está a existência de apenas três empresas licenciadas para incinerar o produto e que estão nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Além disso, o custo para o transporte é de cerca de R$ 7,50 o quilo do BHC, sendo que os agricultores mantêm muitas vezes entre 40 a 150 quilos do produto armazenado. Outra exigência cara, na maioria das vezes, é a forma de condicionamento do produto para o transporte, que deve ser embalado em material específico.

FIM DOS PASSIVOS - O presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, disse que a remoção do BHC do Estado é uma questão de honra para todos os órgãos ambientais, devido às dificuldades encontradas. “Queremos acabar com os passivos ambientais do Paraná”, enfatiza Burko.

O Projeto de Lei prevê que a retirada seja feita por meio de parceria entre fabricantes, agricultores e governo – que na época de plantio incentivava o uso do BHC. De acordo com o secretário-executivo do Conselho, Paulo Roberto Castella, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) será incluído na ação, pelo fato de já atuar com o Governo em programa semelhante. “E também por de tratar de um agrotóxico altamente perigoso. O manuseio das embalagens deve ser feito somente por técnicos capacitados”, disse Castella.

Na primeira etapa do projeto serão removidos cerca de 150 toneladas de BHC da região norte do Estado com investimentos de aproximadamente R$ 1,1 milhão. O início das atividades aguarda-se a assinatura do governador Roberto Requião, bem como a publicação do Projeto de Lei.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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