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CIENTISTAS DO INPA PROCURA COGUMELOS LUMINOSOS NA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2009

17/03/2009 - Durante uma expedição científica na rodovia BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO), o biólogo Ricardo Braga-Neto, do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), percebeu que havia algo diferente em um pequeno cogumelo na mata, o fungo brilhava no escuro. Uma fraca luz verde, parecida com o brilho natural dos vaga-lumes, destacava o fungo na floresta.

A espécie já é conhecida, mas até então ninguém havia percebido nela o fenômeno da bioluminescência – mecanismo que permite a seres vivos emitirem luz. Com a ajuda do pesquisador Dennis Desjardin, Braga-Neto descobriu que Mycena lacrimans é a primeira espécie de fungo encontrada na Amazônia que tem o cogumelo bioluminescente, entre as 64 já classificadas no mundo.

Convencido de que a floresta pode guardar muitas outras surpresas, o pesquisador procura o auxílio de outros cientistas para aprofundar as pesquisas sobre fungos na Amazônia.

"Os fungos fazem parte de um reino tão importante quanto os animais e plantas, mas ainda são pouco estudados. Como eles são responsáveis pela reciclagem de nutrientes nos ecossistemas terrestres, são especialmente importantes na Amazônia, onde o solo é geralmente muito pobre", explica Braga-Neto.

Luz misteriosa

Os cientistas já têm algumas informações sobre o mecanismo que gera a luz emitida pelos fungos, mas ainda não se sabe para que ela serve. "Alguns estudos mostram que isso atrai insetos. Outra hipótese é que essa luz seja usada para afastar bichos que comem fungos. Mas há também a idéia de que a luz serve para atrair predadores dos bichos que comem fungos", conta.

Apesar de ser semelhante à luz emitida pelos vaga-lumes, o pesquisador adverte que o mecanismo é bem diferente. A luz dos fungos é contínua, emitida inclusive durante o dia, e está ligada ao processo da decomposição da lignina, substância presente na madeira.

Ver o cogumelo exibindo sua bioluminescência não é a tarefa mais fácil. "Uma boa estratégia para tentar achá-los é visitar a floresta em noite de lua nova, mas como geralmente se caminha na mata com lanternas acesas, é necessário ficar parado com a lanterna desligada por vários minutos olhando para chão, até que os olhos se acostumem com a escuridão e a luz dos fungos comece a ser reconhecida", instrui o biólogo no blog www.uleinpa.blogspot.com de pesquisadores ligados ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT).
Com informações do portal Globo Amazônia

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Dados de desmatamento coletados pelo Degrad vão para a internet

18/03/2009 - Sistema inovador criado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), de São José dos Campos (SP), para identificar áreas em processo de desmatamento na Amazônia, o Mapeamento da Degradação Florestal na Amazônia Brasileira (Degrad) ganhou página própria na internet.

Na homepage do Inpe, a partir do link Amazônia, o internauta pode acessar o Degrad, assim como os sistemas do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes) e do Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).

O levantamento preliminar do Degrad, cujos dados estão disponíveis na página, registrou 14.915 km² de áreas degradadas em 2007 e 24.932 km², em 2008. O novo sistema foi desenvolvido para mapear anualmente, e em detalhe, as áreas em processo de desmatamento e que não são computadas pelo Prodes, sistema que identifica apenas o "corte raso", ou seja, as áreas onde a cobertura florestal nativa foi totalmente retirada.

Por registrar as derrubadas parciais da floresta, causadas por queimadas ou extração seletiva de madeira, o Degrad pode dar importante subsídio aos órgãos de fiscalização e assim impedir o corte raso.

Os sistemas

Baseado em imagens de satélites, o monitoramento do desmatamento na Amazônia feito pelo Inpe é reconhecido internacionalmente por sua excelência e pioneirismo. Hoje, estão em operação três sistemas, que atuam de forma independente, porém complementares.

Com 20 anos de história, o Prodes é considerado o maior programa de acompanhamento de florestas do mundo, por cobrir 4 milhões de km² todos os anos. Seu resultado revela a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia brasileira e tem orientado a formulação de políticas públicas para a região.

Desde 2004, o Inpe também opera o sistema Deter. Menos detalhado do que o Prodes - por utilizar sensores que cobrem a Amazônia com maior freqüência, porém com imagens de menor resolução espacial - o Deter é mais abrangente e inclui tanto o corte raso quanto as ocorrências de degradação florestal. Em 2008, o aumento da degradação indicado pelo Deter motivou a criação do Degrad.

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CTNBio debate comercialização de arroz geneticamente modificado

18/03/2009 - A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio/MCT) realizou hoje (18) uma audiência pública para discutir o pedido de liberação comercial de arroz geneticamente modificado tolerante a glufosinato de amônio. O objetivo foi reunir informações e sugestões que possam contribuir para a análise do processo na Comissão.

"Essa audiência é fundamental porque vai dar as pesquisas feitas com essa variedade de arroz. Além disso, a sociedade terá conhecimento dos argumentos a favor e contra", explica o presidente da CTNBio, Walter Colli. Este produto estava na pauta da 120º Reunião Ordinária, ocorrida no mês passado.

Walter Colli destacou que as opiniões e sugestões oferecidas pelos palestrantes são importantes e servirão de base no processo de uma possível liberação comercial. "Quem decide é o plenário da Comissão", ressaltou. Ele acrescentou que todas as palestras foram registradas e farão parte de um documento que será distribuído a todos os membros e ficará disponível no site da Comissão.

Dos 12 expositores convidados (representando a sociedade civil, empresas interessadas, Organizações Não Governamentais), 10 expuseram sua opinião. Ao final, houve um debate entre expositores e os presentes.

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ECT lança selo em homenagem ao Ano Polar Internacional

20/03/2009 - A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) lança na segunda-feira (23), às 10 horas, em Porto Alegre, um selo comemorativo ao encerramento do Ano Polar Internacional, que também marca a importância da proteção e preservação das geleiras da Antártica.

Em abril, o Congresso Nacional também apresenta o selo, em sessão solene que comemora os 50 anos do Tratado da Antártica. Embora sejam homenagens localizadas a circulação do selo é nacional.

De acordo com o professor do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Jefferson Cardia Simões, responsável pela assessoria técnica na produção do selo, o evento visa a conscientização sobre a questão do impacto das mudanças climáticas no gelo do planeta e as consequências do seu derretimento para os organimos vivos vegetal e animal.

Simões explica que a gravura chama a atenção para os problemas decorrentes daquele local. "O selo é um modelo se-tenant com duas partes. De um lado, apresenta a questão do derretimento de gelo no norte da Penísula Antártica e do outro a questão do impacto na fauna, representando o Ártico", diz.

O professor informa ainda que ao considerar a liderança nacional da instituição na ciência glaciológica e também a expedição batizada de Deserto de Cristal, de exploração ao interior do Continente Antártico entre dezembro e janeiro últimos, a ECT decidiu lançar o selo em Porto Alegre. "Trata-se, portanto, de uma homenagem dos Correios à nossa liderança e à primeira expedição brasileira ao interior da Antártica, ações relacionadas ao tema do selo (investigação e preservação das geleiras)", destacou.

Mais informações sobre o Ano Polar Internacional podem ser obtidas nos sites www.ipy.org e http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/49566.html.

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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