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ESPECIALISTA EUROPEU AVALIA PROGRAMA DE ESPÉCIES EXÓTICAS DO PARANÁ

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Março de 2009

O presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, recebeu nesta sexta-feira (13) a visita do professor-doutor Carlos Fonseca, da Universidade de Aveiro, em Portugal. Ele também esteve no Parque Estadual de Vila Velha, onde conheceu as medidas adotadas pelo órgão ambiental - de forma pioneira - para erradicar as espécies exóticas de pinnus e javali, que estavam colocando em risco as espécies nativas da região dos Campos Gerais.

Na avaliação do professor, as medidas adotadas pelo IAP de captura dos javalis são as mais adequadas. “Tendo em vista a situação do parque, que é uma Unidade de Conservação, não há outro método a não ser a captura dos animais, visto que eles se proliferam rapidamente e não possuem predadores próprios. Acredito que com a captura existirá maior controle da espécie e poderemos estudar diretamente o problema, sem falar na necessidade de imunizarmos estes animais para evitarmos problemas de Zoonoses”, salientou.

O professor Carlos Fonseca é doutor em Biologia pela Universidade de Aveiro e já percorreu boa parte do continente europeu para realizar suas dissertações de mestrado e doutorado, sempre a respeito de javalis e espécies invasoras. Sua principal publicação é “Dinâmica Populacional e Gestão de Javali em Portugal e na Polônia”, de 2004.

Como exemplo de espécies exóticas estão o caramujo-africano, mexilhão-dourado, abelha-africanizada, tucunaré, javali, pinus, amarelinho, mamona, madressilva e braquiária, entre outras.

O presidente do IAP explica que o Programa paranaense tem quatro eixos principais: coordenação, integração, planejamento e capacitação técnica e formação de agentes. “A implementação de estratégias regionais e com a participação da comunidade é importante, especialmente para descentralizar a execução das atividades previstas e obter maior alcance no campo, com ações práticas”, destaca Vitor Hugo Burko

RISCO - No Parque de Vila Velha, Fonseca fez palestra a estudantes e técnicos e disse que o javali é considerado o mais problemático dos animais invasores. “No parque existe claramente uma situação evoluída dos javalis, isto é, temos um animal híbrido oriundo de um cruzamento entre javali e porco doméstico, o chamado Java-porco. Este animal provoca danos severos na biodiversidade, principalmente depredação do solo e vegetação”, explicou Fonseca.

A visita faz parte de uma parceria entre o IAP e a Universidade de Aveiro (uma das mais importantes instituições de ensino de Portugal), que tem por objetivo trocar informações e experiências na questão das espécies invasoras. “Estamos dando um primeiro passo para esta parceria. A possibilidade que o IAP está nos oferecendo é excelente, pois na Europa os javalis são considerados uma espécie nativa, diferentemente do Brasil. Sem dizer que o Paraná adotou de forma inédita uma política clara nesta questão e, por isto, acreditamos que todos têm a ganhar”, completou Fonseca.

Para Mauro Britto, biólogo do IAP, a troca de informações sobre os javalis demonstra a seriedade dos trabalhos do IAP para a resolução do problema. “O Governo do Paraná sempre se mostrou pioneiro no conhecimento das suas espécies invasoras e queremos continuar neste caminho, agora com um novo parceiro”, afirmou.

EXPERIÊNCIA – O Paraná foi o primeiro Estado brasileiro a regulamentar, em 2005, a retirada das espécies, com a Portaria 192 do IAP, que permite a extração das espécies exóticas de Unidades de Conservação – copiada e publicada em diversos países. Em 2007, outro avanço. O IAP publicou no mês de maio uma lista com 57 espécies de plantas e 26 de animais considerados exóticos aos ecossistemas paranaenses. A Portaria número 95, que reconhece oficialmente a lista, aponta os tipos de plantios comerciais de espécies exóticas que devem adotar medidas preventivas de controle para não se transformem em vegetação invasora.

A publicação “América Latina Invadida” – produzida pela Organização Não-Governamental “The Nature Conservancy”, que coordena o Programa de Espécies Invasoras para a América do Sul – destaca que a maioria dos impactos ambientais são difíceis de serem calculados em valores monetários. Algumas estimativas apontam que US$ 50 bilhões seriam gastos pelo Brasil a cada ano em função da presença de espécies exóticas em nossos ecossistemas. Apenas a Itaipu Binacional gasta cerca de R$ 1 milhão ao ano para evitar que o mexilhão-dourado danifique suas turbinas.

Governador entrega 46 licenças de ocupação para Boa Ventura de São Roque

O governador Roberto Requião anunciou nesta quinta-feira (19), em Boa Ventura de São Roque, município localizado 60 quilômetros de Guarapuava, que até o final do seu governo promoverá toda a regularização fundiária da região. Junto com o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, e o presidente do Instituto de Terras Cartografia e Geociências (ITCG), Theo Botelho Marés de Souza, o governador entregou licenças de ocupação para 46 famílias, que vivem há mais de cinco anos em uma área de 881 hectares, aguardando decisão judicial.

“Todo o pessoal do ITCG está trabalhando dia e noite na formulação e registro dos documentos para emitir definitivamente os títulos de posse da terra. O meu governo se encerrará com a situação fundiária de Boa Ventura de São Roque e Pitanga totalmente resolvida”, garantiu o governador Requião. “No Paraná não haverá conflito porque não haverá exploração, não haverá conflito porque as pessoas têm um título de terra e a possibilidade de trabalhar”, completou o governador.

A licença de ocupação é o primeiro passo para a emissão do título definitivo da propriedade e já permite que os agricultores consigam financiamentos e acesso a linhas de crédito. “A questão agrária tem que ser resolvida com trator, com mão-de-obra e dando terra a quem nela trabalha. Isso sim é pacificação no campo, não é violência e insensibilidade social”, afirmou Requião.

Com a conclusão dos trabalhos na Fazenda Sonda, o Instituto terá garantido a regularização fundiária de cinco mil hectares de terras em Boa Ventura do São Roque para famílias que há mais de quatro décadas aguardam a documentação. Em 2006, foram entregues os 400 primeiros títulos e em 2007 outros 170. Outras 130 famílias ainda aguardam pela posse das suas terras, localizadas na Fazenda Sonda, que também é chamada de 'Terra Santa' pela população.

PRIORIDADE - O secretário Rasca Rodrigues disse que a fixação do homem no campo tem sido uma das prioridades do Programa de Regularização Fundiária promovido pelo ITCG - autarquia da Secretaria do Meio Ambiente. “O trabalho envolve análises técnicas, levantamento ocupacional, medição georreferenciada dos lotes e elaboração de plantas. Só após todo este processo é que o ITCG pôde emitir o documento que garante às famílias a utilização do uso da terra”, explicou Rasca.

O processo para regularização fundiária tem como objetivo identificar áreas de terras públicas ou de posse e detalhar sua ocupação por meio do cadastramento das famílias que ocupam estes imóveis. O cadastramento é feito a partir de uma ação discriminatória, com a participação de técnicos do ITCG (advogados, topógrafos, geógrafos, historiadores) que por meio de entrevista com as famílias atualizam os dados (quanto tempo ocupa a área).

Há um mês a frente da presidência do ITCG, o advogado Theo Botelho Marés de Souza disse que assume o Instituto com a missão de fortalecer a política de regularização fundiária do Estado e levar qualidade de vida aos pequenos produtores. “É uma honra participar desta entrega em uma área onde o governo agiu com competência para reverter a situação a favor dos agricultores e verdadeiros donos da terra”, mencionou.

Requião lembrou que o trabalho fundiário na região começou em 1986 com o então Instituto de Terra, Cartografia e Florestas (ITCF), extinto posteriormente. “É um trabalho importantíssimo e por isso recriamos o ITCG. O que consagra e legitima a propriedade é o uso da terra para produção do sustento da família e para produzir a comida que vai à mesa de toda sociedade”, reforçou o governador.

Já um dos maiores responsáveis pela emissão de títulos de terra no Paraná, o diretor de terras do ITCG e que há mais de vinte anos atua na regularização fundiária, Albari Lejambre diz que é gratificante ver os resultados do trabalho.

“São famílias de baixa renda e ao mesmo tempo batalhadoras, que jamais poderiam pagar para ter a sua documentação de posse. Agora, poderão dar sustentabilidade à produção e à propriedade. Sem isso o agricultor fica em uma situação de desvantagem devido à barreira fundiária”, afirmou Albari.

O trabalho de regularização fundiária é realizado prioritariamente em municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Participaram ao lado do governador e do prefeito de Boa Ventura, José Forekevicz, o deputado estadual Alexandre Curi e o presidente do PMDB, João Arruda.

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IAP apresenta novo manual de fiscalização ambiental a agricultores

O Presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, participa nesta sexta-feira (20), em Maringá, da primeira de uma série de reubiões com agricultores, promovidas em parceria com Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).

Os encontros vão tratar de regras que definem áreas de preservação permanente, matas ciliares, várzeas, encostas e topos de morros, parte da reserva legal de 20 % do total da propriedade rural. Outros estão marcados para os próximos dias em Cascavel, Guarapuava, Irati, Cornélio Procópio, Umuarama, Pato Branco e Castro.

Burko vai participar de conferências sobre mudanças no Código Florestal. A Faep defende que seja mantida a permissão de atividades agropecuárias em áreas de preservação permanente exploradas há mais de dez anos, com a adoção de técnicas preservacionistas.
O IAP também irá apresentar e distribuir o novo Manual de Fiscalização Ambiental, e explicar a nova metodologia de autuação e multas em campo. “Com o novo Manual, a fiscalização fica mais transparente e segura, pois o infrator saberá quais medidas a equipe técnica do IAP adotará”, diz Burko.

O MANUAL — Lançado oficialmente no fim de 2008, a nova versão do Manual de Fiscalização padroniza procedimentos de autuação, para agilizar os processos administrativos e aos autos de infração e projetos de licenciamento na área de fiscalização.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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