13/03/2009
- Entre os atrativos do parque, grupos de amigos,
de estudantes e de trabalhadores podem optar pela
trilha do Pai Zé e subir até o pico.
Você tem vontade de caminhar
em uma trilha, mas não gostaria de ir sozinho?
Gosta de apreciar a natureza, mas não dispensa
a companhia dos amigos? Então, agende uma
visita “da sua turma” ao Parque Estadual do Jaraguá
e desfrute, por exemplo, dos três tipos diferentes
de trilhas que o local oferece.
A trilha do silêncio foi
desenvolvida especialmente para os portadores de
necessidades especiais. Já a trilha da bica,
de nível médio de dificuldade, é
para aqueles que estão se adaptando à
prática de ecoturismo. Finalmente, se aventure
pela trilha do Pai Zé, que leva ao Pico do
Jaraguá, o ponto mais alto da cidade de São
Paulo, com 1.135 metros de altitude, onde admirar
a cidade é obrigatório.
As visitas podem ser agendadas
pelo telefone 0 xx 11 3945-4532 e os visitantes
devem seguir algumas orientações,
como o tipo de traje a ser usado no dia do passeio,
como calça comprida de tecido leve, para
evitar picadas de insetos e arranhões em
galhos e espinhos, camiseta, boné, tênis
ou bota.
Criado em 1961 e tombado como
patrimônio da humanidade pela Organização
das Nações Unidas para a Educação,
a Ciência e a Cultura – UNESCO em 1994, o
Parque do Jaraguá possui 491,98 hectares,
e fica aberto diariamente das 7h00 às 17h00
e recebe aproximadamente 260 mil visitantes ao ano.
O Pico do Jaraguá faz parte
da história do povoamento da vila de São
Paulo. Em 1560, Mem de Sá e Brás Cubas
reuniram uma expedição, chefiada por
Luiz Martins, para buscar ouro. Chegando ao Jaraguá,
Martins colheu algumas amostras rochosas com vestígios
de ouro, que posteriormente entregou ao governador.
Em 1562, Brás Cubas escreveu ao rei de Portugal,
que fora descoberto ouro perto de São Paulo.
Já, em 1600 a região
do pico passou a ser intensamente explorada por
seu ouro e passou a ser chamada de Peru do Brasil.
A exploração foi tamanha que por volta
de 1670 já era notável a escassez,
o que motivou a mudança dos exploradores
para Minas Gerais.
A sede da Fazenda Jaraguá
foi construída em 1580 e sua posse foi transmitida
diversas vezes. Em 1940 o governo do Estado de São
Paulo adquiriu os 202 alqueires da fazenda. O que
restou da casa foi reconstruído e readaptado
sob supervisão do Conselho de Defesa do Patrimônio
Histórico, Artístico, Arqueológico
e Turístico do Estado de São Paulo
– Condephaat, para a instalação do
Albergue da Juventude.
O mesmo decreto, que tornou a
área domínio do patrimônio público,
determinou o plantio de espécies nativas
como Ipês, Guapuruvus, Paineiras e Corticeiras,
com a finalidade de recuperar a flora da região
do pico. Em 1962, foi concedida a primeira autorização
para instalação de antenas de rádio
transmissão, sendo a rádio Bandeirantes
a primeira, e nos anos subsequentes outros veículos
de comunicação obtiveram suas respectivas
autorizações. A mais recente concessão,
em outubro de 2001, foi cedida à Rádio
USP, da Universidade de São Paulo.
Texto: Valéria Duarte Fotografia: Pedro Calado/José
Jorge
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Museu Florestal celebra o dia
mundial da água com exposição
20/03/2009 - O Museu Florestal
Octávio Vecchi recebe a partir de domingo,
22.03, dia mundial da água, a exposição
“Da nascente à foz”, da artista plástica
Angella Conte, com curadoria de Andrés I.
M. Hernández. A exposição conta
com fotografias, vídeoinstalação,
objetos, projeções e até uma
intervenção no lago principal do Parque
Estadual Alberto Löefgren, o Horto Florestal,
mesmo local que abriga o museu.
De acordo com Angella, a exposição
é o resultado de uma pesquisa, feita pela
própria artista plástica, sobre a
água, as nascentes, as reservas, os usos
e a escassez. Uma das maneiras que a artista encontrou
de impactar os visitantes do parque foi distribuir
bacias de alumínio vazias flutuando sobre
o lago principal do Horto. “Embora tenha muita água
embaixo, se não usarmos bem a bacia ficará
vazia”, explica.
Outro atrativo da exposição
é a vídeoinstalação
que projeta as águas de um rio e ao longo
de seu comprimento, cerca de 10 lâmpadas azuis
pendem do teto, ficando a apenas 50 centímetros
do chão, iluminando espelhos circulares que
refletem a luz azul. Já o vídeo em
projeção apresenta o caminho de águas
fartas de um rio. Denominada “silêncio”, a
fotomontagem de raízes de uma árvore,
agarradas nas grades, dispostas sob ângulos
diferenciados, transmitem um sentimento de luta.
Angella descreve como a exposição,
que ficará no Museu Florestal, até
o dia 22.04, foi planejada. “Serão apresentados
trabalhos distintos que dialogam entre si através
do tema água, decorrentes de embates entre
o indivíduo e tudo aquilo que gira ao redor
dele”, devaneia.
A mostra é gratuita e aberta
ao público de terça à sexta-feira,
das 9h às 12h e das 13h30 às 16h30.
Aos domingos a exposição pode ser
visitada das 10h às 15h30. O Museu Florestal,
localizado à Rua do Horto, 931, no Horto
Florestal, não abre às segundas-feiras
e sábados.
Texto: Valéria Duarte/divulgação
Fotografia: Divulgação