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GRANDES CRIADORES TERÃO SEIS MESES
PARA TIRAR GADO DA FLONA BOM FUTURO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2009

Paulenir Constancio Um acordo com o Ministério do Meio Ambiente vai permitir que dois mil agricultores familiares que ocupam a Floresta Nacional de Bom Futuro, em Rondônia, permaneçam na área de preservação ambiental por um período superior a seis meses. Já os grandes criadores de gado serão notificados e terão no máximo 180 dias para retirar o gado da área. Levantamentos realizados indicam que 40 mil cabeças de gado são criadas irregularmente na área da Flona.

Quanto à exploração de madeira da floresta, que é crime ambiental, será reprimida com rigor pelas autoridades ambientais. Não vai sair mais madeira de lá, quem for flagrado tirando madeira será preso , assegurou o ministro Carlos Minc. Ele solicitou uma estimativa de quantos empregos podem ser gerados com a construção de casas populares com a madeira que o Ibama vai confiscar de quem cortar a floresta. Madeira só certificada ou de áreas de manejo , garantiu.

Os pequenos produtores terão sua situação tratada caso a caso, a partir de um cadastramento que será feito pelos órgãos ambientais. Em encontro ontem, no gabinete do ministro, lideranças dos municípios de Alto Paraíso, Porto Velho, Buritis e representantes dos pequenos produtores, acompanhados pela senadora Fátima Cleide (PT/RO), ficou acertado que o governo vai estudar a viabilidade de projetos de desenvolvimento sustentável enquanto os agricultores familiares permanecerem na Flona.

Inicialmente, a proposta apresentada pelos ocupantes da área de conservação era substituir as atividades agropecuárias por agrosilvopastoris, mas Minc lembrou que não é permitida a criação nem mesmo de pequenos animais domésticos em unidades de conservação. Segundo o ministro, podem ser estudadas alternativas como o pagamento por serviços ambientais, para que os pequenos agricultores trabalhem na recuperação da área degradada da floresta. O acordo agradou os líderes dos agricultores. A senadora petista pediu ao ministro urgência no projeto de desenvolvimento sustentável para os pequenos agricultores.

O que motivou a visita, segundo as próprias lideranças, foram informações desencontradas dando conta de que as autoridades ambientais desocupariam a Flona em seis meses, incluindo também os agricultores familiares. Minc foi informado por lideranças locais de que há rebanhos que chegam a mil reses. Esses serão os primeiros a serem retirados. Desde que o governo desencadeou a operação de desocupação está proibida a entrada de gado na Flona.

O ministro deixou claro para os participantes da audiência que a exploração de madeira não será tolerada de forma nenhuma. Representantes dos pequenos produtores concordaram que a exploração de madeira prejudica o meio ambiente e traz problemas sociais para a região. Minc foi enfático ao afirmar que não adianta achar que ninguém sairá prejudicado. Quem está ganhando dinheiro com madeira vai ser prejudicado sim . afirmou. Segundo ele, o manejo também pode ser incluído entre as medidas de sustentabilidade na região da Flona.

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Seminário discute gestão ambiental em terras indígenas

Lucia Leão O Ministério do Meio Ambiente e a Funai realizam, nos dias 31 de março e 1º de abril, o seminário Gestão Ambiental de Terras Indígenas, o primeiro de uma série de eventos previstos no processo de discussão e construção da Política Nacional de Gestão Ambiental de Terras Indígenas, anunciada como prioridade de governo pelo próprio presidente Lula no final do ano passado. Na abertura do evento, os ministros Carlos Minc e Tarso Genro, da Justiça, instalarão o grupo de trabalho interministerial e de composição paritária - seis representantes indígenas e seis do governo federal - que será responsável pela elaboração do projeto.

A Política terá como premissa a importância das terras indígenas na conservação da biodiversidade em território brasileiro, especialmente na Amazônia, como destaca o documento Biodiversidade Brasileira, publicado pela Secretaria de Biodiversidade e Floresta do MMA. Segundo Lylia Galetti, gerente do programa Carteira Indígena do MMA, só com a aprovação e implantação efetiva de uma política pactuada com toda a sociedade diminuirão as pressões sobre as terras e as comunidades indígenas poderão assumir a responsabilidade por sua conservação.

"Os esforços de comunidades indígenas para manter o manejo tradicional e comunitário dos recursos naturais, bem como o trabalho de proteção e fiscalização realizados pela Funai e do estímulo à gestão ambiental do MMA, ainda são insuficientes para fazer frente às fortes pressões sobre o entorno e o interior das terras indígenas", constata Galetti.

Entre os fatores que pressionam o entorno das terras indígenas Lylia Galetti enumera o avanço das fronteiras econômicas do País - agrícola, madeireira e mineral - e a construção das grandes obras de infra-estrutura, especialmente de transporte e energia, para atender às demandas do desenvolvimento. De dentro dos próprios territórios, segundo a técnica do MMA, também emanam pressões, como a diminuição das terras e o aumento das populações indígenas - o que acarreta a intensificação da exploração dos recursos naturais -; a substituição das formas tradicionais de uso de recursos naturais; a exploração predatória de recursos florestais e minerais existentes seja pelos próprios índios ou por terceiros e, por fim, a crescente necessidade econômica dos indígenas decorrente de novas demandas de consumo.

"Essas pressões já colocam em risco não só a sobrevivência física e cultural dos povos indígenas mas também a biodiversidade de suas terras. Para enfrentá-las é preciso superar a atuação desarticulada das instituições governamentais e da sociedade civil e definir uma política nacional de gestão ambiental em terras indígenas, com diretrizes claras, instrumentos eficientes e recursos suficientes para a implementação de um Plano Nacional que traduza em ações concretas essa política", afirma.

O seminário Gestão Ambiental de Terras Indígenas será aberto pelo ministro Carlos Minc, às 10h, no Instituto Israel Pinheiro e terá mais de uma centena de participantes, entre representantes do governo, da sociedade civil e das comunidades indígenas.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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