Panorama
 
 
 

MARCADO O PRIMEIRO LEILÃO EXCLUSIVO DE ENERGIA EÓLICA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2009

01 de Abril de 2009 O potencial de países como o Brasil para a geração de energia por meio de fazendas eólica é gigantesco e o custo (financeiro e ambiental) bem menor do que o de fontes sujas como a nuclear.
São Paulo (SP), Brasil — Iniciativa isolada não irá impulsionar investimentos no setor. O que o Brasil precisa é de uma Lei Nacional de Energia Renovável

A realização do primeiro leilão exclusivo para energia eólica do Brasil já tem data: 25 de novembro de 2009. O Ministério de Minas e Energia publicou ontem (31 de março) no Diário Oficial da União a portaria nº 147 que estabelece as regras do leilão. A portaria determina o prazo de cadastramento e habilitação técnica dos empreendimentos interessados em participar do leilão junto à Empresa de Planejamento Energético (EPE).

Entre as diretrizes incluídas na proposta, estão diversas recomendações feitas pelo Greenpeace no relatório "A Caminho da Sustentabilidade Energética". Entre elas, estabelecimento de um programa de aquisições de energia com prazos e quantidades definidas, remuneração adequada do investimento e acesso facilitado à rede elétrica para os geradores.

“Um avanço importante é que algumas das principais diretrizes do feed-in, mecanismo que garante conexão da energia gerada à rede de distribuição e comercialização da energia por contratos de longo prazo foram incorporadas às diretrizes do leilão". No entanto, fatores importantes que deverão impulsionar o mercado de energia eólica no Brasil ainda não foram determinados. “Quanto vai custar a energia, qual quantidade de potência será negociada e qual será a regularidade dos leilões?", questiona.

Para o Greenpeace, o Brasil deve aprovar uma Lei Nacional de Energia Renovável para viabilizar a participação de pelo menos 20% das fontes renováveis na matriz elétrica até 2020. "A adoção de metas nacionais para energias renováveis são um dos principais requisitos para a promoção e o desenvolvimento deste mercado no médio e longo prazo; por enquanto ainda não temos esta sinalização política no Brasil e os principais agentes do setor são unânimes em afirmar que um leilão isolado para a energia eólica não será capaz de fazê-lo" analisa Baitelo.

No mesmo dia do anúncio do leilão de energia eólica, o Congresso dos Estados Unidos começou a discutir um projeto de lei com uma série de medidas de mitigação de gases de efeito estufa e combate às mudanças climáticas. O projeto é o primeiro esforço legislativo norte-americano a reconhecer as metas de redução de gases de efeito estufa propostas pelo IPCC aos países desenvolvidos (entre 25 40% em relação aos índices de 11000 até 2020 e entre 80 e 95% até 2020) e pede uma participação de 25% de energias renováveis na matriz elétrica daquele país até 2025.

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A verdade, toda a verdade, nada mais do que a verdade

Toquio — O julgamento de nossos ativistas Junichi Sato e Toru Suzuki entra em nova fase esta semana na cidade de Aomori, no Japão.

Para reforçar a defesa dos dois ativistas Junichi Sato e Toru Suzuki, pedimos à Agência Japonesa de Pesca que divulgue todos os seus documentos sobre a venda de carne de baleia no país. Sato e Suzuki foram presos após denunciarem um grande esquema de contrabando de carne de baleia obtida durante a caça realizada no Santuário de Baleias Antártico.

Nosso pedido formal foi assinado também por Shokichi Kina, membro do Partido Democrático do Japão.

Apesar da atual crise econômica - a pior em um século no Japão - a Agência Japonesa de Pesca continua a subsidiar as expedições 'científicas' japonesas no Santuário de Baleias da Antártica em até US$ 5 milhões por ano. O programa é financiado com dinheiro público e a Agência Japonesa de Pesca se nega a informar aos cidadãos do país como esse dinheiro é gasto na atividade.

A verdade nua e crua é que o cidadão japonês vem pagando há décadas por uma atividade economicamente e ecologicamente insustentável no Santuário de Baleias na Antártica. A caça de baleias não é necessária para fins científicos nem para fins de alimentação, já que a maioria dos japoneses não consome esse tipo de produto.

Em janeiro deste ano, a Agência Japonesa de Pesca explicou assim sua decisão de esconder a venda de carne de baleia no país:

"Há o risco de não conseguirmos assegurar um programa justo de venda de carne de baleias se a informação relacionada às vendas consignadas e sua performance no mercado forem divulgadas ao público."

Mas não há desculpa legítima para manter tal informação longe do público, especialmente quando é esse público que financia o programa. Nós temos o direito à verdade, à toda a verdade, nada além da verdade!

Souvenirs ilegais

A informação inicial sobre o escândalo da carne de baleia foi trazida a nós por um informante da indústria baleeira japonesa. Depois de uma investigação de quatro meses, descobrimos que o escândalo da venda ilegal de carne de baleia no mercado japonês estava acontecendo há décadas e havia se tornado um grande segredo. Autoridades do governo não conseguiram impedir a prática e estão agora tentando legitimá-la afirmando que a carne era um 'souvenir' para a tripulação dos baleeiros que participaram da caça na Antártica.

A prisão e o julgamento de nossos dois ativistas mostra que o lobby baleeiro sabe que não tem defesa legítima para o que faz, e agora tenta prender seus críticos. O Japão está obrigado por leis internacionais a proteger esses que expuseram a corrupção. Mas quando cidadãos preocupados como Junichi e Toru são transformados em criminosos por exporem um crime, isso envia uma mensagem para qualquer um que queira expor irregularidades do governo, que eles podem ter que pagar com sua liberdade.

Desafios do clima em debate

Num concorrido evento a bordo do navio Arctic Sunrise, o Greenpeace e o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas realizaram hoje o seminário “De Poznan a Copenhagen: desafios para o Brasil no combate às mudanças climáticas”. Os participantes debateram a agenda brasileira preparatória para a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP15), que em dezembro vai reunir mais de 200 nações em Copenhagen (Dinamarca) para definir o acordo que sucederá o Protocolo de Kyoto em 2012.

Participaram do debate Carlos Minc, Ministro do Meio Ambiente, Paulo Adário, diretor da campanha de florestas do Greenpeace Brasil, Luiz Pinguelli Rosa, secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Sérgio Abranches, cientista político, Suzana Kahn, Secretária de Mudanças Climáticas (MMA) e Marcus Frank, diretor da McKinsey & Company no Brasil.

Estudos científicos afirmam que para evitar que o planeta entre em um processo irreversível de aquecimento global, as emissões de CO2 devem ser estabilizadas até 2015; e até 2050, o mundo deverá construir uma economia de carbono zero.

“O Brasil tem uma enorme responsabilidade nas negociações de clima, pois figura entre as dez maiores economias do mundo e tem a maior floreta tropical da Terra”, afirmou Paulo Adário, diretor da campanha de florestas do Greenpeace. “A posição de quarto maior emissor de gases do efeito estufa é inaceitável, e só será modificada quando o país zerar o desmatamento, além de conter a degradação florestal e a expansão indevida da agricultura e da pecuária sobre a floresta.”.

Durante o seminário, Marcus Frank apresentou estudo realizado pela McKinsey & Company que concluiu que investindo R$ 17 bilhões por ano, o Brasil pode não apenas zerar suas emissões provenientes do desmatamento na Amazônia, mas também assentar as bases de uma economia que beneficia a população da região de forma socialmente equilibrada e ecologicamente responsável.

O ministro Carlos Minc apresentou uma série de ações realizadas durante seus quase 10 meses à frente do Ministério do Meio Ambiente. Dentre elas, destacou projetos como a contratação de fiscais para a Amazônia e o incentivo às fontes renováveis de energia. “Sairá em breve a carta dos ventos brasileira. Teremos leilão todo ano, quebraremos os impostos existentes na geração de energia solar e eólica”, disse Minc. “O Brasil pode e deve ser protagonista no combate às mudanças climáticas. Temos que funcionar como ponte, como exemplo”.

No evento, também foram discutidos os aspectos socioeconômicos das mudanças climáticas. “Não é possível separar a discussão da mudança do clima do padrão de desenvolvimento dos países.”, afirmou Luiz Pinguelli Rosa, secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.

O seminário fez parte das atividades da expedição Salvar o Planeta. É agora ou Agora, que desde janeiro percorre o Brasil alertando a população e os governos sobre a urgência e gravidade do aquecimento global. O navio Arctic Sunrise, que está no Rio de Janeiro, segue amanhã para Santos, onde estará aberto à visitação pública nos dias 28 e 29 de março.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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