4 de Abril
de 2009 - Paula Laboissière - Repórter
da Agência Brasil - Elza Fiúza/Abr
- Luziânia (GO) - A ex-ministra Marina Silva
fala na conferência de jovens que discute
o envolvimento da escola na construção
de políticas públicas voltadas para
a perservação do meio ambiente
Brasília - Ao participar da 3ª Conferência
Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, a senadora
Marina Silva (PT-AC) afirmou hoje (4) que a bancada
conservadora do Congresso Nacional no que diz respeito
ao meio ambiente “tem os dias contados”. Ao se referir
aos cerca de 700 alunos com idade entre 11 e 14
anos reunidos em Luziânia (GO), ela acrescentou:
“Essa meninada vai fazer mudanças.”
Marina defendeu que a educação
funcione como base de todo processo de mudança.
Ela lembrou que, durante toda a sua trajetória,
o homem sempre se colocou como independente, “como
se as outras formas de existência fossem recursos
infinitos que estariam ao nosso dispor para todo
o sempre”.
Atualmente, a capacidade do planeta
de suportar a ação humana, segundo
a senadora, já está comprometida em
cerca de 30%. “Estamos no vermelho”, disse, ao avaliar
que o lugar considerado “privilegiado” para que
as pessoas possam refletir e tratar de temas ambientais
precisa ser a escola. “ É onde você
envolve os professores, os alunos e a comunidade.”
Marina admitiu, entretanto, que
a iniciativa de fortalecer o envolvimento das escolas
na elaboração de políticas
de meio ambiente não deve gerar respostas
“imediatistas”. Trata-se de crianças e adolescentes
que, de acordo com ela, levarão a noção
desses conceitos apenas no futuro, mas que podem
influenciar decisões políticas.
“Eles têm uma força
de pressão muito grande. Boa parte da atitude
inovadora dos pais e dos avós na questão
ambiental é influência direta dos filhos.
Hoje, grandes empresários que passam o bastão
para seus filhos não o passam para pessoas
com a mesma mentalidade que eles tiveram e que herdaram
de seus pais. Crianças são um público
promissor.”