Vitor
Abdala - Repórter da Agência Brasil
- Rio de Janeiro - O ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc, disse que o mundo está "longe"
de um acordo sobre o aquecimento global. Em entrevista
no Rio de Janeiro ontem (28) à noite, Minc
mostrou-se cético com relação
às negociações na próxima
conferência mundial sobre o clima, em Copenhague
(na Dinamarca), no final deste ano.
"Eu tenho participado desses
fóruns internacionais e infelizmente o mundo
ainda está longe de um acordo. Não
é evidente que, em dezembro, em Copenhague,
tudo se acerte. Há ainda um apartheid climático,
separando os países pobres dos países
ricos", afirmou.
Minc afirmou que a situação
do aquecimento global já é muito grave
e que, mesmo se todos fizerem o "dever de casa",
a temperatura do planeta aumentará 2 graus
centígrados até o fim do século.
Se algo não for feito, acrescentou o ministro,
a situação pode ser até pior.
Ele disse, no entanto, que o Brasil pode ter um
papel importante de "ponte" nessas negociações.
O ministro participou no Rio,
do evento Hora do Planeta, em que quatro dos principais
pontos turísticos do Rio de Janeiro tiveram
suas luzes apagadas por uma hora na noite deste
sábado. As luzes do Cristo Redentor, Pão
de Açúcar, Orla de Copacabana e Parque
do Flamengo (na região conhecida como Aterro)
foram apagadas às 20h30, como parte do evento
mundial, realizado pela organização
não-governamental WWF, que mobilizou quase
4 mil cidades em todo o mundo, sendo cerca de 100
no Brasil.
Na solenidade, no Jockey Club
do Rio de Janeiro, Minc disse esperar que a campanha
sensibilize as pessoas sobre o aquecimento global.
"Esse apagar de luzes significa um acender
de uma consciência. A idéia é
que todos nós podemos fazer alguma coisa.
Quando você regula o motor do seu carro, você
está emitindo menos poluição,
quando você faz reciclagem, de papel ou de
lata, você está diminuindo o gasto
de energia, porque está transformando lixo
em nova matéria-prima", afirmou o ministro.
Além do Rio, participaram
do evento capitais como São Paulo, Brasília,
Manaus, Belo Horizonte, Curitiba, Belém e
Porto Alegre.
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Meta é fazer macrozoneamento
ecológico da Amazônia Legal até
2009, diz Minc
Da Agência Brasil - Brasília
- O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, destacou
hoje (26) a importância do trabalho conjunto
entre ministérios e estados para cumprir
a meta de fazer o macrozoneamento ecológico
da Amazônia Legal até 2009.
“O zoneamento deve ser feito em parceria. Estamos
semanalmente recebendo relatórios de todos
os estados e recebendo cooperação
de outros ministérios, como os da Pesca e
o da Agricultura”, disse.
O ministro ressaltou a importância
de o Brasil ganhar a confiança internacional
na questão do meio ambiente: “Sempre fomos
considerados os 'patinhos feios' em fóruns
mundiais e agora estamos, pouco a pouco, sendo reconhecidos
como um país que mudou de posição.”
O ministro explicou que o Brasil
agora tem metas que deverão ser cumpridas.
“Temos certeza que só a pressão da
polícia e do Ibama [Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis]
não é o suficiente [para evitar a
destruição da Amazônia Legal].
Você pode proibir uma pessoa de desmatar em
uma região e ela simplesmente vai para uma
outra, a três quilômetros de distancia.
Vamos concluir esse macrozoneamento
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Programa habitacional prevê
construção de casas com sistema de
energia solar
Ivan Richard - Repórter
da Agência Brasil - Brasília - O ministro
do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou há
pouco que as casas que serão construídas
por meio do programa habitacional do governo federal
terão sistemas de captação
de energia solar e aproveitamento da água
da chuva. Com isso, as famílias economizarão
por ano entre R$ 300 e R$ 500.
“Lutamos muito por isso e está
no Plano Clima, que o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva assinou em dezembro. Isso vai gerar
economia para as famílias e deixar de emitir
oitocentas e trinta mil toneladas de carbono. Além
disso, não precisaremos construir uma usina
de quinhentos e vinte megawatts.”
Nos próximo dia 15, informou
o ministro, o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama) vai votar a simplificação
das regras para concessão de licença
ambiental num prazo de 30 dias.
No início deste mês,
a Agência Brasil adiantou a informação
de que o governo pretendia substituir a energia
elétrica pela solar para aquecimento da água
dos chuveiros das casas que fazem do novo programa
habitacional.