Panorama
 
 
 

MINC QUER CONHECIMENTOS TRADICIONAIS
COM TECNOLOGIA NAS TERRAS INDÍGENAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2009

Lucia Leão Aliar os conhecimentos tradicionais às mais avançadas tecnologias de manejo florestal para permitir que as populações indígenas vivam com saúde e dignidade dentro de suas terras ao mesmo tempo em que protegem sua biodiversidade. Esta é a meta do "diálogo intercultural" - como definiu o presidente da Funai Márcio Meira - que acontece até o final da tarde desta terça-feira no Instituto Israel Pinheiro, em Brasília, durante o Seminário "Gestão Ambiental em Terras Indígenas". Presente à abertura do evento, o ministro Carlos Minc falou sobre a importância de agregar esses saberes, mas destacou também a responsabilidade do poder público em proteger as áreas do entorno das terras indígenas.

"Os métodos modernos de gestão territorial e manejo florestal cabem também aos indígenas. Mas temos que fazer um trabalho integrado primeiro para preservar o entorno das terras indígenas, porque as fazendas estão chegando cada vez mais perto, estão 'costeando' o alambrado, muitas vezes assoreando e contaminando com os agrotóxicos os rios que correm dentro das reservas. Nossa intenção é criar unidades de conservação no entorno para formar uma espécie de colchão amortecedor desses impactos", destacou o ministro.

Para uma platéia de mais de cem pessoas, entre lideranças indígenas, técnicos do governo e representantes de organizações não-governamentais, Minc defendeu a criação de mais reservas indígenas e foi aplaudido ao saudar a "decisão histórica" do STF a favor da manutenção, em área contínua, da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Ele mencionou também o recente estudo, publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, que constata que o Brasil é o país do bloco amazônico - que inclui Peru, Venezuela, Colômbia, Bolívia, Equador e Guiana Francesa - que menos protege a floresta com reservas indígenas e unidades de conservação.

"Andarei com esse estudo debaixo do braço. Na hora de chegar no presidente Lula e na ministra Dilma, defendendo a criação de novas terras indígenas, a constituição de novas reservas extrativistas para nossos seringueiros e castanheiros, a criação de novos parques nacionais para a proteção da biodiversidade e também para a pesquisa para o ecoturismo, vou mostrar que estamos atrasados em relação aos nossos vizinhos", disse".

Apesar de o seminário não atrelar a gestão das terras indígenas à demarcação e desapropriação das terras das reservas, esse é um passivo que precisa ser resolvido. "Temos que tratar do futuro das terras e dos povos indígenas do Brasil", explicou Márcio Meira, acrescentando que a biodiversidade é muito mais protegida nas terras indígenas regularizadas.

O índio terena Joãozinho da Silva, administrador da Funai em Campo Grande, cita o exemplo da reserva de Limão Verde, no município de Aquidauana, que vinha sofrendo um processo severo de degradação até o início da década de 11000, quando começou a desapropriação e regularização. Hoje, a vegetação está praticamente toda reconstituída e a população indígena voltou a crescer com saúde. Em situação oposta está a reserva de Jaguapiru, em Dourados, onde terenas, guaranis e kaiowás vivem em situação degradante, cada vez mais pressionadas pelas fazendas de soja e pela expansão urbana.

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Brasil terá inventário atualizado de emissões

01/04/2009 Lucia Leão O ministro Carlos Minc anunciou nesta quarta-feira, durante a solenidade de lançamento do livro "Antártica - Bem Comum da Humanidade", que será disponibilizado no próximo mês de julho o novo Inventário Brasileiro de Emissões, que identifica e quantifica as emissões de gases de efeito estufa pelas diferentes fontes de emissão - veículos, usinas termoelétricas, indústrias, queimadas, gado etc. - e regiões do país. Com base de dados atualizadas, ele vai substituir o último inventário produzido pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, que usa informações de 1994.

"São informações fundamentais para embasar as nossas políticas públicas e a proposta que o Brasil levará para a Conferência do Clima de Copenhague, no final do ano. Estamos trabalhando com dados muito defasados, que podem gerar distorções", afirmou.

Minc ainda informou aos participantes da solenidade - estudiosos e cientistas que vão integrar o Instituto Antártico de Pesquisas Ambientais, que também foi instituído hoje - que o MMA e Ministério de Ciência e Tecnologia instalarão, no próximo dia 17, o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, que o ministro definiu como "um IPCC-Brasil".

Ele vai reunir mais de uma centena de cientistas para produzir, até 2012, um relatório que será referendado pelo governo brasileiro e adotado para orientar decisões e políticas públicas. Uma das primeiras aplicações do Painel será a revisão do Plano Nacional de Mudanças Climáticas.

Foi a partir da Antártica, onde foi visto o primeiro buraco na camada de ozônio de protege a terra, que o mundo tomou conhecimento dos riscos que a emissão descontrolada de gases de efeito estufa representavam para o planeta. Por isso o ministro defendeu o fortalecimento do Programa Antártico Brasileiro e elogiou o empenho de cientistas como Rubens Junqueira Vilela - o primeiro brasileiro a pisar no Continente Antártico, em 1961, e hoje participa do Instituto Antártico de Pesquisas Ambientais - e de Tânia Brito, autora, editora e programadora visual do livro que estava sendo lançado.

"É um livro lindo, que mostra a beleza e a leveza daquele continente branco, mas é um livro assustador, que mostra que formas de vida estão seriamente ameaçadas e geleiras derretendo num ritmo maior do que se pensava. Isso nos coloca uma série de responsabilidades. O Brasil vai "entrar de cabeça" na discussão do clima. Não seremos passivos, seremos protagonistas entre os países desenvolvidos e emergentes", garantiu.

Com uma tiragem limitada, o livro "Antártica - Bem Comum da Humanidade" será inicialmente distribuído entre estudiosos do assunto. Uma segunda tiragem, que já está sendo negociada com o Ministério da Educação, será destinada às bibliotecas das escolas públicas.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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