2 de Abril
de 2009 - Paula Laboissière - Repórter
da Agência Brasil - Brasília - O ministro
do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou hoje (2)
que os produtores de carne ilegal de Mato Grosso
não podem obrigá-lo a fazer um acordo
“mais frouxo” com a Associação Brasileira
das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
Ao comentar as críticas
feitas por parte do setor de que eles não
estariam sendo ouvidos pelo governo na negociação
para reverter os efeitos da crise financeira internacional,
Minc disse que alguns produtores que fornecem carne
à Abiec estão “dentro da linha” e
outros não. E são exatamente esses
últimos, segundo o ministro, que temem o
acordo.
“Com todo o respeito, disse a
eles para irem se queixar com o papa porque não
é o acordo que tem que ser mais frouxo, eles
é que têm que tomar medidas para se
adequar. Quero me comprometer com eles, mas eles
não podem me obrigar a fazer com a Abiec
um acordo mais frouxo só para continuarem
podendo vender boi pirata, sem condições
sanitárias, com abate ilegal e ainda jogar
as tripas do boi na beira do rio.”
Após participar de entrevista
a emissoras de rádio no programa Bom Dia,
Ministro, Minc garantiu que o “pacto” com a Abiec
deve ser assinado ainda no final deste mês.
Outra estratégia do governo,
segundo ele, é negociar com o Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
uma linha de financiamento específica que
ajude a reerguer frigoríficos quebrados por
conta da crise. O ministro destacou que os contratos
dos empréstimos terão “cláusulas
ambientais” e que a fiscalização de
abatedouros, por exemplo, será feita em conjunto
com a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa).
“O que gera má imagem para
o Brasil é gente fazendo abate ilegal, não
cumprindo as condições sanitárias
necessárias e criando gado em unidades de
preservação ambiental. Quando a gente
avança na questão sanitária,
na questão da legalidade e na questão
ambiental, isso só melhora as condições
da carne brasileira para conquistar novos mercados
e até um preço melhor, porque vai
ser uma carne legal.”
+ Mais
Ministro diz que não há
irregularidades na construção de refinaria
em Pernambuco
Sabrina Craide - Repórter
da Agência Brasil - Brasília - O ministro
de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje
(27) que, de acordo com informações
que recebeu da Petrobras, não há nenhuma
irregularidade na construção da refinaria
Abreu e Lima, em Pernambuco, que está entre
as obras investigadas pela Operação
Castelo de Areia, da Polícia Federal.
“Se há alguma acusação
é preciso que ela seja objetiva. Enquanto
não vier algo com mais objetividade tenho
que me valer das informações da Petrobras.”
Ele disse que confia no trabalho
do Tribunal de Contas da União (TCU) que
está investigando supostas irregularidades
na obra e destacou que a construtora Camargo Corrêa,
acusada de superfaturar a construção,
é um empresa de tradição do
Brasil.
“A Camargo Corrêa está
se defendendo. Ela que pode responder pelas acusações
que recebe”, disse o ministro.
Lobão participou da comemoração
dos 75 anos do Departamento Nacional de Produção
Mineral (DNPM).
+ Mais
Meta é fazer macrozoneamento
ecológico da Amazônia Legal até
2009, diz Minc
Da Agência Brasil - Brasília
- O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, destacou
hoje (26) a importância do trabalho conjunto
entre ministérios e estados para cumprir
a meta de fazer o macrozoneamento ecológico
da Amazônia Legal até 2009.
“O zoneamento deve ser feito em parceria. Estamos
semanalmente recebendo relatórios de todos
os estados e recebendo cooperação
de outros ministérios, como os da Pesca e
o da Agricultura”, disse.
O ministro ressaltou a importância
de o Brasil ganhar a confiança internacional
na questão do meio ambiente: “Sempre fomos
considerados os 'patinhos feios' em fóruns
mundiais e agora estamos, pouco a pouco, sendo reconhecidos
como um país que mudou de posição.”
O ministro explicou que o Brasil
agora tem metas que deverão ser cumpridas.
“Temos certeza que só a pressão da
polícia e do Ibama [Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis]
não é o suficiente [para evitar a
destruição da Amazônia Legal].
Você pode proibir uma pessoa de desmatar em
uma região e ela simplesmente vai para uma
outra, a três quilômetros de distancia.
Vamos concluir esse macrozoneamento e darmos condições
a 25 milhões de pessoas para trabalhar legalmente.”