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PROPOSTA DA NOVA LEI ROUANET PREVÊ FUNDOS SETORIAIS QUE PODERÃO BENEFICIAR POVOS INDÍGENAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2009

Da Agência Brasil - Brasília - A inclusão de fundos setoriais na nova proposta da Lei Rouanet poderá fomentar a cultura indígena, afirmou o gerente da Secretaria de Identidade e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Marcelo Manzatti. Durante a primeira reunião do ano do Grupo de Trabalho para Identificar Políticas Públicas para as Culturas Indígenas, em Brasília, representantes de povos indígenas tomaram conhecimento das mudanças na Lei de Incentivo a Cultura que poderão beneficiá-los caso sejam aprovadas.

O texto prevê a incorporação de fundos setoriais ao Fundo Nacional da Cultura. Serão criados fundos setoriais das Artes (teatro, circo, dança, artes visuais e música), do Livro e Leitura, da Cidadania, Identidade e Diversidade Cultural e da Memória e Patrimônio Cultural Brasileiro.

De acordo com Manzatti, os fundos de Memória e Patrimônio Cultural Brasileiro e de Identidade e Diversidade Cultural são os que deverão beneficiar os povos indígenas. “Eles podem apresentar [a proposta] diretamente para o governo e recebem o recurso diretamente.”

Para Manzatti, essa é uma maneira de os povos indígenas terem acesso a recursos públicos. “Agora eles vão poder, de fato ter acesso, se capacitar e se prepar para utilizar os recursos da Lei Rouanet”, afirmou.

Outro aspecto positivo destacado por ele é a oportunidade de representantes indígenas participarem da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC). Essa comissão terá a participação de representantes dos fundos setoriais.

A proposta da nova Lei de Fomento e Incentivo à Cultura foi apresentada pelo Ministério da Cultura no último dia 23. O texto está disponível por 45 dias para consulta pública no site da da Casa Civil.

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Reforma da Lei Rouanet vai beneficiar povos indígenas

1 de Abril de 2009 - Da Agência Brasil - Brasília - A inclusão de fundos setoriais na Lei Rouanet (de incentivo à cultura) vai fomentar a cultura indígena. Durante a primeira reunião do ano do grupo de trabalho destinado a identificar políticas públicas para a cultura indígena, em Brasília, representantes de povos indígenas tomaram conhecimento da lei e dos benefícios que ela poderá trazer caso as mudanças sejam aprovadas. O encontro foi realizado durante dois dias e terminou nessa terça-feira (31).

Entre as mudanças propostas, que beneficiarão os povos indígenas, está a incorporação ao Fundo Nacional de Cultura de fundos setoriais como das artes (teatro, circo, dança, artes visuais e música), do livro e leitura, da cidadania, identidade e diversidade cultural e da memória e patrimônio cultural brasileiro.

Para o gerente da Secretaria de Identidade e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (MinC), Marcelo Manzatti, essa é uma maneira de os povos indígenas terem mais recursos. “Agora, eles vão poder, de fato, ter acesso, se capacitar e se prepar para utilizar os recursos da Lei Rouanet”, afirma.

De acordo com Manzatti, os fundos de Memória e Patrimônio Cultural Brasileiro e de Identidade e Diversidade serão as duas vertentes que beneficiarão os índios. “Eles podem apresentar diretamente ao governo e receber o recurso diretamente”. Outro aspecto positivo destacado por Manzatti é a oportunidade de os indígenas participarem da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (Cnic). A comissão terá a participação de representantes dos fundos setoriais.

A proposta da nova Lei de Fomento e Incentivo à Cultura foi apresentada pelo MinC no último dia 23 e está disponível por 45 dias para consulta pública no site da da Casa Civil (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/consulta_publica/programa_fomento.htm)

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Grupo de trabalho indígena do Ministério da Cultura quer virar colegiado

Da Agência Brasil - Brasília - A criação de um colegiado setorial indígena é o principal tema discutido durante a primeira reunião do ano do Grupo de Trabalho para Identificar Políticas Públicas para as Culturas Indígenas, do Ministério da Cultura, que ocorre até amanhã (31) em Brasília. Segundo o secretário da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Américo Córdula, transformar o grupo de trabalho em colegiado vai auxiliar o Conselho Nacional de Cultura a criar o plano setorial indígena.

“É um grupo que vem a bastante tempo indicando o norte das nossas políticas dentro da secretaria. O grupo de trabalho se encerra agora e começa uma nova fase de diálogo entre as comunidades indígenas e o ministério.”

O Plano Nacional de Cultura é a lei que rege as políticas públicas de cultura durante dez anos e será votado este ano no Congresso Nacional. O objetivo de criar um colegiado é auxiliar o Conselho a contemplar o plano setorial indígena dentro do plano nacional.

Américo destaca que a participação dos representantes indígenas é essencial para a criação de políticas públicas que atendam às reais necessidade. “Pretendemos que essas políticas tenham o protagonismo dos povos indígenas. Essa participação das lideranças acaba refletindo nas nossas ações”, afirma.

O representante dos povos indígenas dentro Conselho Nacional de Política cultura, índio Romancil Kretã, da etnia Kaigang concorda com o secretário. “Não dá pra discutir uma política voltada nacionalmente sem consultar as regiões. Tem que se trazer representantes das regiões que é um sonho nosso, não só uma política de governo.

Durante os quatro anos de trabalho do grupo a valorização da cultura indígena sempre foi prioridade. “Eles têm problemas de visibilidade nos locais onde moram. É feito um trabalho de valorização da cultura indígena, do entendimento da especificidade e da diversidade que faz parte da cultura brasileira como o todo”, afirma o gerente da Secretaria de Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Marcelo Manzatti.

Em 2009, o Grupo de Trabalho para Identificar Políticas Públicas para as Culturas Indígenas deve inaugurar 150 pontos de Cultura Indígena, que fazem parte do programa Mais Cultura do governo federal e ainda realizar o Encontro dos Povos Guaranis da América do Sul, na cidade de Dourados, em Mato Grosso do Sul.

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Lideranças indígenas propõem maior representação política em instâncias de governo

Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - A criação de uma secretaria de governo e de um fundo para concentração de recursos financeiros voltados exclusivamente para os povos indígenas estão entre as principais propostas sugeridas pelas quase 50 lideranças indígenas, que estiveram reunidas nesta semana, em Manaus, para participar da oficina sobre Participação Indígena e Políticas Públicas Indigenistas no Brasil.

O evento foi promovido pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e teve a participação de representações indígenas de várias regiões do país.

De acordo com o moderador do encontro, Carlos Fernandes, que faz parte do conselho da Agência de Cooperação Técnica Alemã GTZ – um dos parceiros da Coiab, com a reunião os participantes tiveram a oportunidade de fazer uma reflexão sobre a participação dos movimentos indígenas nas diversas instâncias que contribuem para formulação de políticas públicas no país.

Eles conseguiram identificar os gargalos que impedem uma maior participação dos índios nesses setores. Os participantes se declararam insatisfeitos com a atuação da Fundação Nacional do Índio (Funai). Eles também pediram cursos de formação política e melhorias nos mecanismos para repasse de informações.

“Para essas lideranças, a Funai ainda não atende completamente os interesses dos povos indígenas, ou seja, a reestruturação do órgão não avançou no nível desejado. Eles decidiram lutar, nos próximos meses, pela unificação das linhas de financiamento de projetos indígenas, por meio da criação de um sistema gerencial único e da criação de um fundo que possa concentrar os recursos destinados aos projetos indígenas”, afirmou Fernandes.

Em entrevista à Agência Brasil, o vice-coordenador da Coiab, Marcos Apurinã, ressaltou que o evento foi considerado exitoso e que outros temas tratados esta semana em Manaus relacionam-se à demarcação de terras, à promoção da saúde indígena, por meio da autonomia dos distritos sanitários e à aprovação do Estatuto dos Povos Indígenas, cuja tramitação está parada há 14 anos no Congresso.

“Os recursos destinados aos povos indígenas circulam praticamente em todos os ministérios do governo federal e isso torna o acesso mais difícil e burocrático para nós. Temos deficiências para acessar esses recursos e, por isso, desejamos facilitar o processo. Um caminho possível é a criação do fundo”, disse.

Com relação ao tema educação, os indígenas ratificaram o desejo pela promoção da escolaridade própria para seus povos. A idéia é definir um sistema de educação específico para os índios, considerando as línguas maternas, culturas e tradições.

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Índios libertam três pessoas mantidas reféns em reserva no Paraná

Lúcia Norcio - Repórter da Agência Brasil - Curitiba - Foram libertados ontem (23), por volta das 22h, os dois funcionários da Companhia Paranaense de Energia (Copel) mantidos reféns desde a última quinta-feira (19) por índios da etnia Kaingang da Reserva Barão de Antonina, em São Jerônimo da Serra, no norte do Paraná.

José Almir Torres Quintanilha, e seu irmão, Valmiron Torres Quintanilha, foram feitos reféns quando faziam o trabalho de inspeção de rotina na aldeia. O antropólogo Alexandre Húngaro da Silva foi ao local no dia seguinte tentar uma negociação e também foi impedido de deixar a reserva. Ele também foi liberado pelos índios.

Segundo a assessoria de imprensa da Copel, os indígenas disseram que a ação era uma forma de garantir o prosseguimento das negociações com a estatal para o pagamento de indenização pelo uso de terras da reserva, na qual estão instaladas 14 torres de transmissão de energia. A companhia paga R$ 25 mil por mês pelo uso da reserva, e, segundo a assessoria, o pagamento não está atrasado.

Os reféns foram libertados após a ida até a aldeia de dois técnicos da Fundação Nacional do Índio (Funai). Eles levaram um documento garantindo a antecipação para a tarde de hoje, de uma reunião em Londrina para tratar do assunto, que estava agendada para amanhã (25). Participam do encontro representantes da Copel, do Ministério Público Federal e da Funai. O impasse teria começado porque essa reunião, anteriormente agendada para o último dia 18, foi cancelada. Os índios não foram informados sobre isso e compareceram ao local marcado.

Valmiron Torres Quintanilha disse hoje à Agência Brasil que foi bem tratado e que não sofreu nenhuma violência física. “Apenas ameaçavam a gente, mas entendo que eles lutavam pelo que acreditam ser o direito deles”. Ele contou que durante os cinco dias em que ficaram reféns foram obrigados a fazer várias ligações clandestinas dentro da aldeia. “Ficávamos com receio de acontecer alguma coisa com a gente porque era toda a comunidade decidindo, eles não ouviam mais o que o cacique dizia. Todas as propostas eram analisadas e as decisões tomadas após muita discussão entre eles”, lembrou Quintanilha.

Ele disse que já está pronto para voltar ao trabalho hoje, mas que seu irmão, José Almir Torres Quintanilha, está muito assustado e pretende voltar para o interior de Goiás com a família. “Lá é mais tranqüilo. Aqui estamos vivendo numa área de muita tensão. Mas, graças a Deus, rezamos muito e tudo acabou bem.”

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Ministérios vão criar política de gestão ambiental em terras indígenas

Roberta Lopes - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os ministérios do Meio Ambiente e da Justiça formaram hoje (31) um grupo de trabalho para formular uma política de gestão ambiental em terras indígenas. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que os métodos modernos de gestão ambiental e de manejo florestal podem ser agregados aos métodos tradicionais dos indígenas.

“Estamos treinando lideranças indígenas em universidades rurais, em áreas de manejo. Há algumas comunidades que têm a memória oral e que já fazem isso, elas deixam uma terra em pouso para voltar seis anos depois e ter alimento e caça. Outras, por força das circunstâncias, perderam esse saber tradicional e têm de recuperar”, afirmou Minc.

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, que estava representando o ministro da Justiça, disse que é preciso ser estimulado esse intercâmbio entre o conhecimento dos índios e o científico.

"Acho que é no diálogo intercultural que podemos ter mecanismos de gestão mais eficientes de proteção dos biomas, das florestas indígenas. Até porque são os indígenas que mais protegem os biomas. Por isso tem de haver essa relação entre o conhecimento tradicional e o científico”, disse Meira.

O grupo de trabalho interministerial terá seis representantes indígenas e seis do governo federal e será responsável pela elaboração da política de gestão ambiental.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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