Panorama
 
 
 

BANCOS PRIVADOS ASSUMEM COMPROMISSO
COM A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2009

07/04/2009 - Suelene Gusmão - Empresas e empreendimentos brasileiros que dependem de financiamento bancário para suas atividades econômicas, terão, a partir de agora, que comprovar que estão empenhadas em desenvolver políticas socioambientais. Isto significa respeito aos direitos humanos e trabalhistas, preservação da biodiversidade, valorização da diversidade das culturas locais, redução da pobreza e da desigualdade na distribuição de renda. A exigência está contida no Protocolo de Intenções assinado nesta terça-feira (7) entre o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Fábio Colletti Barbosa. Presente à cerimônia de assinatura, o representante do banco Itaú/Unibanco, Ricardo Terenci.

O documento, chamado de Protocolo de Intenções Socioambientais, é composto por mais 10 princípios e diretrizes dos já contidos no Protocolo Verde. A adesão dos bancos privados ao pacto socioambiental amplia para sete o número de pactos multissetoriais assinados no último ano entre o MMA e setores produtivos com a intenção de promover a proteção ao meio ambiente. Entre eles, o pacto com os bancos públicos que suspenderam a liberação de crédito para empreendimentos insustentáveis.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, considerou o fato de os bancos incorporarem, formalmente, o critério socioambiental em seus empréstimos como um "sinal dos tempos histórico". Ele explicou que há cerca de 20 anos quem lutava pelo meio ambiente, como ele, jamais poderia imaginar estar assinando um protocolo para defesa do meio ambiente com bancos, que tinham imagem de só pensarem no lucro. "É um sinal dos tempos que precisa ser comemorado", disse. De acordo com Minc é uma luta que ganhou a adesão de um dos setores mais poderosos de nossa economia.

O presidente da Febraban afirmou estar convicto de que meio ambiente e desenvolvimento não são excludentes. Segundo ele, a sociedade vem clamando por atitudes como a estabelecida no protocolo. Fábio Barbosa disse estar ciente da importância da participação dos bancos na conservação das recursos naturais, em função da grande rede de relacionamento que estas instituições mantêm com toda a sociedade. "Com este pacto, todos saem ganhando. Em nossas análises de crédito damos grande importância aos empreendimentos que poluem menos e emitem menos gás carbônico", disse. Barbosa explicou que os bancos não irão simplesmente descartar os clientes, mas ajudá-los a readaptar seus negócios transformando-se em iniciativas sustentáveis. Ele lembrou que outros bancos privados já vêm apoiando projetos socioambientais há algum tempo.

Entre as cláusulas do protocolo de responsabilidade socioambiental, o gerente do Departamento de Economia do MMA, Shigeo Shiki, destacou o oferecimento de linhas de financiamento e programas que fomentem o uso sustentável do meio ambiente; a consideração dos impactos e custos socioambientais na gestão de seus ativos e nas análises de risco de projetos e a questão da transparência, criando indicadores para a disponibilização de informações sobre o processo.

O primeiro acordo assinado entre o governo federal e a cadeia produtiva para proteção e conservação dos recursos naturais foi com o setor da soja para a não comercialização da mercadoria oriunda de áreas desflorestadas dentro do bioma amazônico. O segundo, pela madeira sustentável. Os empresários também se comprometeram a comercializar apenas produtos que, em seus processos de fabricação, garantam o cumprimento de direitos sociais e preservação dos recursos naturais. Outros pactos foram firmados com os setores da mineração e exportadores de carne.

Saiba Mais
O Protocolo Verde é uma carta de princípios para o desenvolvimento sustentável firmada por bancos oficiais em 1995 (Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia, BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco Central do Brasil) na qual se propõem a empreender políticas e práticas que estejam em harmonia com o objetivo de promover um desenvolvimento que não comprometa as necessidades das gerações futuras. Veja aqui documento.

Em junho de 2004, foi instituído pelo Ministério da Fazenda Grupo de Trabalho, denominado "Crédito ao desenvolvimento sustentável", com o objetivo de formular mecanismos normativos para a inclusão de critérios de desenvolvimento sustentável em fundos e sistemas de créditos do governo federal e de revisar a implementação do Protocolo Verde, elaborando proposição de estratégias para a sua reestruturação e efetivação, por meio de compromissos entre as agências oficiais. Veja aqui relatório do GT.

Em agosto de 2008 os bancos públicos assinaram um novo compromisso fortalecendo os princípios estabelecidos pelo Protocolo Verde em 1995. Veja aqui documento.
Protocolo de Intenções - Febraban (assinado em 7/4/2009)

Jovens entregam a autoridades carta de responsabilidade com o meio ambiente

07/04/2009 - Carlos Américo - Crianças e adolescentes que participaram da III Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente deram exemplo de comprometimento com o meio ambiente. Ontem, no encerramento do evento, no Teatro Nacional, em Brasília, os jovens apresentaram a "Carta de Responsabilidades para o Enfrentamento das Mudanças Ambientais Globais". São nove pontos contidos no documento onde eles assumem desde o compromisso de preservar os rios e florestas nacionais até disseminar os conhecimentos para estudantes e comunidades, familiares e governos locais.

A carta foi entregue em mãos aos ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Educação, Fernando Haddad, da senadora Marina Silva, da Coordenadora de Educação Ambiental do Ministério da Educação, Rachel Trajber, e da secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Samyra Crespo. Eles assumiram o compromisso de seguir à risca as responsabilidades da carta e de fazê-la chegar às mãos do presidente Lula.

Para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a conferência é um exemplo de que a juventude é consciente da importância de preservação do meio ambiente. E ressaltou a importância de se trabalhar a educação ambiental dentro e fora da escola. "Educação ambiental não é decoreba, é mudança de atitude e de valores. E é isso que vocês estão fazendo: dando o exemplo", disse.

Os organizadores da conferência fizeram uma parceria com os Correios para a criação de um selo especial do evento. Cada participante ganhou uma cartela para usar em cartas que serão enviadas pelos Correios aos governadores, prefeitos, diretores de escolas e para quem mais eles acharem que pode transmitir para um maior número de pessoas.

Para os jovens, os cinco dias reunidos para debater o meio ambiente foi uma experiência única e que levarão para a toda vida. O estudante acreano Matheus Silva, de 13 anos, acredita mais do que nunca que "a união faz a força" e que mais consciência é poder passar esse aprendizado para outras pessoas.

O encerramento reuniu cerca de mil pessoas de todos os estados do Brasil. Foram mais de 700 delegados infanto-juvenis, além de facilitadores dos Coletivos Jovens de Meio Ambiente, educadores e 70 representantes de 43 países como observadores internacionais.

Observadores internacionais - Durante os cinco dias da III Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, em Luziânia, 73 observadores internacionais de 40 países acompanharam os debates para levar a discussão para o âmbito internacional.

Eles vão aproveitar a experiência para incrementar a construção do regulamento da Conferência Internacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, prevista para acontecer em 2010. Além de debater as questões ambientais com os adolescentes de todo o Brasil, os observadores trocaram experiências sobre o trabalho de educação ambiental nos países. O observador do Qatar, Abdul Aziz Helal, espera que a troca de experiências sirva para implementar novas idéias em seus país.

Para o observador do Qatar, é muito importante começar o trabalho ambiental nas escolas, principalmente com os mais jovens, para que eles cresçam com esses valores. No seu país a educação ambiental não é curricular, mas as crianças podem se envolver com o assunto dentro da escola, com a participação de organizações não-governamentais chamadas de "amigas do meio ambiente", que dão suporte para as escolas, oferecendo atividades e recursos sobre o tema.

Já o representante da Inglaterra, João Felipe Scarpelini, exaltou o envolvimento dos jovens nos debates e os trabalhos das oficinas de , rádio, teatro e fanzine, "Acho emocionante ver crianças discutindo sobre as mudanças do clima. Elas não só pensam nos problemas, mas também apresentam soluções". Ele falou que na Inglaterra a educação ambiental é trabalhada como disciplinar escolar.

O representante inglês quer repassar a experiência brasileira das conferências locais para o evento mundial, previsto para o ano que vem. "Envolver os jovens dentro da escola para pensar em políticas públicas é inédito. Para mim é incrível a discussão de como recriar esse processo em outros países", ressaltou.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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