Panorama
 
 
 

CONAMA VAI DECIDIR SOBRE LICENCIAMENTO PARA HABITAÇÃO POPULAR E AQUICULTURA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2009

09/04/2009 - Suelene Gusmão - A simplificação do licenciamento ambiental para construção de habitações populares está entre os temas a serem debatidos pelo plenário do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) em reunião extraordinária convocada para os próximos dias 15 (quarta-feira) e 16 (quinta-feira). A proposta de Resolução reduz para 30 dias o prazo para a concessão do licenciamento, que atualmente pode tramitar pelo prazo de até um ano. Este licenciamento refere-se a áreas de até 100 hectares e a base do texto a ser transformado em Resolução foi redigida pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com as associações dos secretários estaduais e municipais de meio ambiente (Abema e Anamma).

O plenário do Conama deve também apreciar a proposta para o licenciamento ambiental para o setor da aquicultura. Construída há cerca de seis anos, a proposta de resolução estabelece critérios para a regulamentação do licenciamento do setor. A matéria estava na pauta da reunião anterior do Conselho, mas foi retirada em função de um pedido de vistas manifestado pela Fundação Ondazul.

Em outro assunto, o plenário vai deliberar sobre a proposta de recomendação do Conselho ao Poder Executivo para a redução para fins de recomposição da reserva legal - de 80 para 50% - dos imóveis situados na área de influência da BR-163. A proposta também estava na pauta da última reunião do Conama, não tendo sido votada devido a pedido de vista encabeçado pela Fundação Parnaíba, do Piauí, e subscrito pelo Ministério Público Federal (MFP).

Os imóveis rurais tratados na proposta estão situados em áreas produtivas, definidas no Zoneamento Ecológico-Econômico do Pará, mas avançaram sobre a reserva legal prevista pelo Código Florestal. Estes imóveis têm prazo para recuperar a degradação ambiental resultante, principalmente, das atividades agropecuária e madeireira. O tema já foi amplamente debatido pelos conselheiros do Conama e recebeu parecer favorável do Ministério do Meio Ambiente e das câmaras técnicas do Conselho.

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CNRH decide sobre potencialidades da bacia Tocantins/Araguaia

09/04/2009 - Suelene Gusmão - As potencialidades hídricas da bacia hidrográfica dos rios Tocantins e Araguaia serão debatidas na reunião extraordinária do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) marcada para amanhã (14), em Brasília. O tema vem despertando interesse devido à construção de termoelétricas na bacia, principalmente do rio Tocantins, e da possibilidade de construção de hidrovias no Araguaia. O debate estará focado na aprovação do Plano Estratégico de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica dos rios Tocantins e Araguaia, elaborado pela Agência Nacional de Águas.

O Plano tem entre seus objetivos a realização de um diagnóstico sobre as potencialidades hídricas e demandas de usos de recursos hídricos da bacia; a definição do plano de investimentos para as ações de recursos hídricos; e a identificação de conflitos entre ações e atividades desenvolvidas pelos setores usuários de água e as medidas necessárias à conservação ambiental, que possibilite a compatibilização e mediação de conflitos. Sua elaboração foi iniciada em 2005.

A área ocupada pela bacia abrange um território de cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados, correspondendo a aproximadamente 11% do território nacional. Ela cobre todo o estado do Tocantins e abrange parte do território dos estados de Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Pará e do Distrito Federal.

De acordo com informações da ANA, as usinas hidrelétricas já construídas para aproveitamento do potencial da bacia somam mais de 11 mil megawats instalados, o que corresponde a 15,7% da potência instalada no Brasil, conferindo à bacia o segundo lugar entre as bacias brasileiras. Na área em questão, estão localizados a Província Mineral de Carajás e muitos dos principais projetos brasileiros de irrigação, somando mais de 100 mil hectares.

Os conselheiros devem deliberar também sobre fundamentos e diretrizes para a educação, o desenvolvimento de capacidades, a mobilização social e a informação para a Gestão Integrada de Recursos Hídricos. E também sobre a criação de unidades de Gestão de Recursos Hídricos de rios de domínio da União.

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Painel Brasileiro sobre Mudança do Clima será lançado na sexta-feira

09/04/2009 - Paulenir Constancio - Os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, lançam nesta sexta (17), no Instituto Jardim Botânico, no Rio, às 16h, o Painel Brasil sobre Mudanças Climáticas (PBMC). A iniciativa, inspirada no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, terá até 2012 para produzir um relatório com a atualização completa das bases técnicas e científicas sobre a situação do Brasil frente às mudanças climáticas, os riscos, efeitos e impactos sobre o desenvolvimento do País.

Pesquisadores de instituições públicas e privadas brasileiras serão incentivados a organizar e ampliar a produção científica sobre os impactos das mudanças do clima no território nacional. Os dados utilizados atualmente podem, segundo Minc, levar a erros na implementação de políticas públicas, pois estão defasados. Estudiosos de várias partes do mundo têm alertado constantemente para o agravamento das alterações e a potencialização de seus impactos sobre os países tropicais.

Além de analisar a produção científica, técnica e socioeconômica sobre mudanças climáticas em todos os seus aspectos, o Painel terá a tarefa de colocar esse conhecimento, organizado em forma de relatórios, à disposição da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), dos governos e de todas as instituições e pessoas interessadas no assunto.

O lançamento será precedido de encontro entre autoridades científicas de várias áreas, que debaterão a estrutura e os subtemas integrantes do PBMC. A secretária de Mudanças Climáticas do MMA, Suzana Kahn, vai apresentar aos participantes uma proposta de estrutura do Painel, elaborada em parceria com o MCT. Será discutido o estabelecimento de parâmetros científicos e critérios para o processo de indicação e seleção de autores e colaboradores. A reunião servirá, ainda, para que sejam indicados os membros, coordenadores e coordenadores adjuntos dos órgãos que integram o Painel, seus grupos de trabalho e unidades técnicas associadas.

Foram convidados para a reunião preparatória representantes de áreas técnicas do governo, cientistas brasileiros que trabalham no IPCC e na Rede Clima. Participam especialistas renomados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa), USP, URJ e FMPC.

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Megaoperação fecha 13 serrarias e apreende R$ 6 milhões em madeira ilegal

08/04/2009 - Paulenir Constancio - Um município de 32 mil habitantes onde a atividade econômica principal era o crime ambiental. Foi esse o cenário que a Força Nacional, a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Militar Ambiental, o Ibama e a Funai encontraram na megaoperação realizada nesta quarta-feira (8), em Nova Esperança do Piriá, que fica a 200 metros da reserva do Alto do Rio Guamã, no norte do Pará. Treze serrarias instaladas no local arrasaram 80 mil dos 250 mil hectares que compõem a área indígena, aterraram o rio e mantiveram trabalhadores em situação semelhante ao trabalho escravo. Cerca de 200 fornos de carvão foram destruídos e foi apreendida madeira suficiente para encher 400 caminhões, avaliada em R$ 6 milhões.

A operação Caapora foi comandada pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e envolveu 140 homens e 30 viaturas. Os proprietários não estavam no local, mas computadores e anotações foram recolhidos e pelo menos 10 pessoas poderão ser indiciadas. O material apreendido poderá resultar, também, no indiciamento de quem encomendou a madeira. Segundo o ministro, "eles vão responder como receptadores de madeira ilegal".

Minc, que já acompanhou 18 operações do Ibama desde que assumiu a pasta do Meio Ambiente, considerou o quadro estarrecedor. "Uma cidadezinha inteira na ilegalidade. A área indígena está muito degradada", disse.

O Governo Federal, em parceria com o Municipal e o Estadual, vai precisar de 30 dias para concluir a operação. Até agora sete serrarias foram embargadas e seis tratores, dois caminhões, vários motores de serras, além de armas e munições foram apreendidos. Nos próximos dias, as demais serão fechadas. Segundo o ministro, nenhuma delas possui plano de manejo, pré-requisito para o licenciamento ambiental.

Parte da madeira apreendida, entre as quais espécies nobres como a maçaranduba, vai a leilão e a outra será doada para ser usada pelo município na construção de casas populares. O dinheiro arrecadado com o leilão será aplicado em projetos de preservação ambiental do próprio estado do Pará e do Governo Federal. Minc pediu à governadora Ana Júlia Carepa, do Estado do Pará - que responde por 45% do Amazônia -, a instalação de postos avançados da Secretaria Estadual de Meio Ambiente em Marabá e Itaituba, áreas identificadas como alvo preferencial dos desmatadores.

A operação contou com o apoio do prefeito de Nova Esperança, Antônio Nilson de Albuquerque. Ele vinha recebendo reclamações da população local, que saltou de 12 para 32 mil habitantes nos últimos quatro anos. As queixas dos trabalhadores incluíam falta de registro profissional, pagamentos por diária abaixo do valor de mercado e condições de trabalho semelhantes ao trabalho escravo.

O fechamento das serrarias ilegais atinge 1.700 trabalhadores, segundo estimativas da prefeitura. Eles serão beneficiados com cestas básicas em caráter emergencial. Segundo o ministro, a assistência é necessária, pois "eles não têm de onde tirar o sustento".

Nova Esperança será incluída agora na Operação Arco Verde, que prevê assistência técnica e financeira aos municípios campeões de desmatamento que se comprometam a recuperar áreas degradadas.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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