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CRISE REDUZ PELA METADE PREÇO DE CRÉDITO DE CARBONO NO MUNDO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2009

7 de Abril de 2009 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A crise financeira internacional afetou o mercado de carbono mundial, reduzindo à metade o preço do crédito do carbono negociado. O preço dos créditos de redução de emissão de carbono (CERs, na sigla em inglês) caiu no mundo inteiro e afetou também o Brasil, passando de 20 euros por tonelada, equivalente a um crédito de carbono, para 10 euros a tonelada.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Carbono (Abemc), Flávio Gazani, explicou hoje (7) à Agência Brasil que o preço do carbono está vinculado ao preço do petróleo no mercado externo. Como houve queda no preço do barril do petróleo, o mercado de carbono acompanhou essa retração.

Combustível fóssil, o petróleo é a maior fonte emissora de gás carbônico do mundo. “Então, se caiu o preço do petróleo, a tendência é que o crédito de carbono seja de alguma forma ligado a isso”, avaliou Gazani.

Outro fator que contribuiu para a retração do mercado de créditos de carbono foi a redução do ritmo de trabalho e produção das empresas. Menos produção resulta em menos emissões e, conseqüentemente, um número maior de alocações de crédito de carbono para colocar no mercado. “Essa projeção faz com que a demanda por crédito de carbono de projetos de MDL [Mecanismo de Desenvolvimento Limpo] caia e o preço, também”, disse Gazani.

O mercado de carbono não é um mercado financeiro. Os projetos não são negociados em Bolsa de Valores. “Eles são negociados bilateralmente na maior parte das vezes”, explicou Gazani.

Ele ressaltou que o Brasil foi o único país a realizar, em abril do ano passado, um leilão de créditos de carbono em Bolsa de Valores regulada. O resultado foi a venda integral do lote de 800 mil certificados, gerando para os cofres da prefeitura de São Paulo recursos no montante de R$ 34 milhões. Cada lote leiloado correspondia a uma tonelada de carbono não lançada na atmosfera.

O Brasil é o terceiro maior mercado gerador de projetos de MDL. Esses projetos foram estabelecidos no Protocolo de Quioto - concluído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1997 e em vigor desde 2005, com a ratificação da Rússia.

Os projetos de MDL permitem a compensação das emissões de gases causadores do efeito estufa na atmosfera. O mecanismo é considerado um incentivo para que empresas de países industrializados invistam em projetos de redução de emissões de países em desenvolvimento.

O Brasil só perde para a China, que detém cerca de 30% dos projetos de MDL, e para a Índia, com 27%. O Brasil aparece na terceira posição, com 10% dos projetos. No ano passado, o mercado global de carbono faturou US$ 118 bilhões.

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Greenpeace faz protesto contra programa nuclear brasileiro

7 de Abril de 2009 - Da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O grupo ambientalista Greenpeace fez hoje (7) um protesto no mar em frente às usinas nucleares Angra 1 e 2, em Angra dos Reis, no sul do estado do Rio de Janeiro, para questionar os investimentos do governo federal na retomada do programa nuclear brasileiro. Em uma balsa, eles colocaram quatro turbinas eólicas e estenderam uma faixa com os dizeres “Nuclear não. Renováveis já!”. A manifestação foi realizada uma semana depois de o grupo ter realizado um ato contra o aquecimento global na Ponte Rio-Niterói, também no Rio de Janeiro.

De acordo com a Eletronuclear, a manifestação não causou transtornos ao funcionamento das usinas, já que o grupo não entrou na área marítima em que é proibido o acesso de embarcações desconhecidas. A assessoria de imprensa da empresa informou que recebeu um comunicado do Greenpeace por fax, mas a manifestação já estava em andamento.

Em nota, a ONG informou que o protesto de hoje marcou o final da expedição Salvar o Planeta. É agora ou agora, que, desde o mês de janeiro passou por Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e Santos.

A bordo do navio do Greenpeace, os ambientalistas promoveram uma série de eventos públicos para alertar a sociedade sobre a gravidade do aquecimento global. Nas manifestações, a ONG coletou cerca de 30 mil assinaturas para pressionar o governo federal a assumir a liderança nas negociações internacionais sobre clima, especialmente na reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) marcada para dezembro, em Copenhague (Dinamarca).

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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