4 de Abril
de 2009 - Paula Laboissière - Repórter
da Agência Brasil - Elza Fiúza/Abr
- Luziânia (GO) - Os observadores internacionais
Fernando Saldanha, da Guiné Bissau, e Felisberto
Viegas, de São Tomé e Príncipe,
participam da conferência de jovens que discute
o envolvimento da escola na construção
de políticas públicas voltadas para
a preservação do meio ambiente.
Luziânia (GO) - Como um
dos 70 observadores internacionais na 3ª Conferência
Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, Felisberto
Viegas quer levar para seu país de origem,
São Tomé e Príncipe, na África,
experiências adquiridas em meio a alunos de
11 a 14 anos da rede fundamental de ensino brasileira.
“O Brasil funciona como um embrião
e é preciso dividir as experiências
boas.”
Para Viegas, discutir educação
significa discutir mudanças de comportamento,
enquanto discutir educação ambiental
é discutir o futuro.
“Para que os mais novos possam
instruir os mais velhos”, afirmou, após ressaltar
a necessidade global de colocar o discurso ambiental
em prática.
Fernando Saldanha, observador
de Guiné-Bissau, na África, garantiu
que, a partir dos documentos produzidos pelos estudantes
brasileiros, seu país irá preparar
uma delegação para a Conferência
Internacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente,
prevista para junho de 2010, em Brasília.
“Teremos conhecimentos que vamos duplicar em nossos
países.”
Na opinião de Saldanha,
a vantagem de trabalhar o tema em meio a cerca de
700 crianças e adolescentes brasileiros é
que a compreensão dos mais novos acontece
de forma mais fácil. “Eles vão crescer
e assumir responsabilidades sociais e políticas.”
+ Mais
Empresas brasileiras avançaram
na questão da sustentabilidade, diz especialista
7 de Abril de 2009 - Alana Gandra
- Repórter da Agência Brasil - Rio
de Janeiro - As empresas brasileiras têm uma
postura avançada em relação
à questão da sustentabilidade do planeta,
em comparação a de outros países
em desenvolvimento, disse hoje (7) à Agência
Brasil o presidente da Associação
Brasileira das Empresas do Mercado de Carbono (Abemc),
Flávio Gazani.
O projeto denominado Carbon Disclosure
Project (CDP), criado na Inglaterra, reúne
745 grandes investidores internacionais, como bancos
e fundos de pensão, que somam US$ 55 trilhões
em ativos. O CDP é a principal iniciativa
internacional do setor financeiro que atua como
interface entre os temas das mudanças climáticas
e da sustentabilidade das empresas.
Flávio Gazani revelou que
o CDP solicita às empresas que se inscrevam
no projeto e divulguem suas emissões, bem
como as ações que estão tomando
com o objetivo de reduzi-las. “E o Brasil é
o segundo país que teve a maior adesão.
Tem mais de 60 empresas inscritas. Fica atrás
somente da Inglaterra, que sedia o projeto e é
um país desenvolvido”.
Há necessidade, entretanto,
de que haja uma maior conscientização
por parte das empresas brasileiras quanto à
necessidade de redução das emissões
de gases poluentes, levando em conta o tamanho do
mercado nacional. “Há muito que se evoluir
em termos de conscientização em relação
à questão da sustentabilidade e, especificamente,
em relação às mudanças
climáticas”, indicou.
As companhias inscritas no CDP
assumem o compromisso de medir suas emissões
e divulgar as iniciativas de combate. “Os investidores
que participam do projeto começam a enxergar
essa questão como uma questão de risco,
um custo”. Se há riscos regulatórios
prementes, isso aumenta o risco do investimento
em capital que esses investidores estão fazendo,
observou. A transparência é, então,
o principal objetivo do CDP, além da atuação
sócio-ambiental responsável. Os dois
fatores tendem a ser levados em conta, inclusive
como gerenciamento de risco, disse Gazani.
Ele admitiu que se as empresas
inscritas no CDP tiverem a iniciativa de implementar
projetos de redução de emissões
de gases causadores do efeito estufa, o número
de projetos aumentará no país, do
mesmo modo que a participação do país
crescerá nesse mercado.
Levantamento realizado pela Abemc
mostra que o setor do agronegócio brasileiro
é o destaque nos projetos de MDL no país.
“Cerca de 45% dos projetos no Brasil são
do setor do agronegócio”. Gazani citou entre
eles os projetos de co-geração de
energia em usinas de açúcar e álcool
e de redução de metano em granjas
de suínos, bovinos e aves. Em contrapartida,
25% das emissões de gases de efeito estufa
no país também advêm desse setor,
que apresenta grandes oportunidades a serem aproveitadas.