4 de Abril
de 2009 - Paulo Virgiliio - Repórter da Agência
Brasil - Rio de Janeiro - Vinte e cinco pássaros
silvestres foram apreendidos e três pessoas
detidas hoje (4) durante operação
na feira livre de Honório Gurgel, na zona
norte da cidade. Foi a terceira operação
realizada pela pela Comissão de Defesa do
Meio Ambiente da Assembléia Legislativa (Alerj)
em dois meses. A primeira foi na Tijuca, também
na zona norte, e a segunda em Duque de Caxias, na
Baixada Fluminense. Nas duas primeiras ações,
cerca de 500 animais silvestres foram recapturados.
Também participaram da
Operação Gaiola Aberta fiscais do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), policiais do
Batalhão Florestal da Polícia Militar
e agentes da Delegacia de Proteção
ao Meio Ambiente.
O presidente da Comissão
de Defesa do Meio Ambiente, deputado André
do PV, afirmou que vai elaborar, em parceria com
o Ibama, um projeto de lei estadual com o objetivo
de tratar com mais rigor a questão do tráfico
de animais. André informou ter encaminhado
ao Ministério do Meio Ambiente proposta para
ser levada ao Congresso Nacional equiparando o tráfico
de animais silvestres ao de drogas
“Essa equiparação
tem que ser feita. É bom lembrar que quem
compra animais silvestres está cometendo
crime de receptação”, afirmou o deputado,
que anunciou a realização de audiência
pública sobre a questão.
A comissão pretende realizar
uma audiência pública sobre a questão
e também está preparando cartilhas
educativas para serem distribuídas em escolas
e feiras livres. “Queremos conscientizar a população
para não comprar animais silvestres. Encontramos
espécimes raras hoje como os pássaros
corrupião e chanchão”, disse o deputado.
As aves apreendidas hoje foram
levadas para o Centro de Triagem de Animais Silvres
do Ibama e as três pessoas detidas, conduzidas
para a Delegacia de Proteção ao Meio
Ambiente.
Por meio de um convênio
firmado entre a Comissão de Meio Ambiente
da Alerj e a Fundação Rio Zoo, parte
dos animais apreendidos em feiras-livres são
encaminhados ao zoológico da cidade, como
forma de desafogar os centros de triagem de animais
silvestres.
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Instituto Vital Brazil usará
cobras apreendidas em Minas na produção
de soro antiofídico
5 de Abril de 2009 - Paulo Virgiliio
- Repórter da Agência Brasil - Rio
de Janeiro - Sessenta serpentes apreendidas pelo
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) no estado de
Minas Gerais serão trazidas para o Instituto
Vital Brazil (IVB), em Niterói, na região
metropolitana do Rio de Janeiro.
O chefe do serpentário
do Vital Brazil, biólogo Cláudio Machado,
vai amanhã (6) a Juiz de Fora (MG) para buscar
as cobras. Na sede do instituto, em Niterói,
os animais serão tratados e usados nas pesquisas
e na produção de soros antiofídicos,
obtidos a partir de seu próprio veneno.
Entre as cobras apreendidas, há
exemplares de espécies perigosas, como cascavéis
e jararacas. Por mês, o Instituto Vital Brazil,
depositário oficial do Ibama, recebe e apreende
em torno de 50 serpentes, trazidas pelo Corpo de
Bombeiros, pela Polícia Ambiental e também
por populares. Atualmente, o serpentário
do IVB abriga cerca de 500 cobras.
Órgão da Secretaria
Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, o instituto
completará 90 anos em julho. O Vital Brazil
é um dos 18 laboratórios oficiais
brasileiros e um dos três fornecedores de
soros contra o veneno de animais peçonhentos
para o Ministério da Saúde, que distribui
os medicamentos para todo o Brasil.
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Operação do Ibama
apreende madeira ilegal que daria para encher 400
caminhões
8 de Abril de 2009 - Da Agência
Brasil - Brasília - Uma megaoperação
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu hoje
(8) grande quantidade de madeira ilegal que daria
para encher 400 caminhões e destruiu 200
fornos para a produção de carvão.
A ação ocorreu no município
de Nova Esperança do Piriá, no Pará.
As equipes do Ibama constataram
que as treze serrarias instaladas na região
comprometeram 80 mil dos 250 mil hectares que compõem
a área indígena, aterraram um rio
e mantiveram trabalhadores em situação
semelhante ao trabalho escravo.
Os proprietários da serrarias
não foram localizados, mas os computadores
e vários documentos com anotações
foram apreendidos. Pelo menos dez pessoas poderão
ser indiciadas e, de acordo com a análise
do material apreendido, poderão responder
por receptação de madeira ilegal.
Com 32 mil habitantes, o município
tinha o crime ambiental como principal atividade
econômica. A prefeitura estima que, com o
fechamento das serrarias ilegais, 1.700 trabalhadores
irão ficar sem empregos.
Uma parte da madeira apreendida
vai ser leiloada e a outra será doada ao
município para ser usada na construção
de casas populares. Segundo o Ministério
do Meio Ambiente (MMA), o dinheiro arrecadado com
o leilão será aplicado em projetos
de preservação ambiental.
A operação contou
ainda com o apoio da Força Nacional, Polícia
Rodoviária Federal (PRF), Polícia
Militar Ambiental, Fundação Nacional
do Índio (Funai).