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PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS É FUNDAMENTAL PARA O MMA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2009

06/04/2009 - Lucia Leão - Mais de 120 técnicos, ambientalistas, estudiosos e gestores públicos participaram nesta segunda-feira (6) da abertura do Seminário Nacional sobre Pagamento por Serviços Ambientais, que acontece até quarta-feira (8) no auditório do Edifício Marie Prendi, em Brasília. Ao saudar os participantes em nome do ministro Carlos Minc, a secretária-executiva Izabella Teixeira destacou a importância da discussão do tema no momento em que o Ministério do Meio Ambiente busca novos arranjos financeiros capazes de dar sustentabilidade a uma política ambiental planejada e de longo prazo, o que não é possível apenas com a execução orçamentária que deve ser zerada anualmente.

"A discussão do pagamento por serviços ambientais é parte de uma nova engenharia financeira que o ministério está buscando para podermos garantir um maior fluxo de recursos, com menos custos operacionais e mais dinheiro lá na ponta dos projetos. Um sistema que permita avançar com uma governança ambiental pública mais contemporânea e mais integrada com as demandas da sociedade", disse Izabella Teixeira.

Responsável pela iniciativa do seminário, a secretária de Biodiversidade e Floresta Maria Cecília Wey de Brito explicou que ele pretende identificar o estado da arte da discussão que, embora já esteja em pauta há mais de uma década, ainda não está suficientemente madura para aplicação no País.

"A sociedade deve reconhecer esses serviços e saber que quando se derruba uma área de floresta não é só uma paisagem que está se perdendo, mas também qualidade de solo e de água, terras que sumirão em erosões, polinizadores para as lavouras, isso sem falar na perda de capacidade de absorção de gases de efeito estufa", destacou Maria Cecília.

Os participantes do seminário Pagamento por Serviços Ambientais devem formular, ao final do encontro, na quarta-feira, sugestões para o aperfeiçoamento do Projeto de Lei que tramita na Câmara dos Deputados de criação da Política Nacional de Serviços Ambientais e o Programa Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais.

Um dos temas que promete levantar muita discussão é quem é ou não merecedor de pagamento: o proprietário de terras que degradou suas áreas de cobertura florestal, inclusive APPs e reservas legais, ou o que manteve a floresta intacta, mesmo às custas de prejuízos financeiros. Ambos, defendeu o palestrante Carlos Eduardo Frickmann Young, cientista econômico, doutor em políticas públicas e professor da UFRJ.

Mesmo criando-se uma situação que ele definiu como "dilema do filho pródigo" e correndo o risco de incentivar a ilegalidade ambiental, ele considera que será inevitável utilizar mecanismos de PSA para remunerar proprietários dispostos a recuperar áreas que eles próprios destruíram porque efetivamente a sociedade precisará dos serviços que serão prestados com a recomposição florestal.

Eduardo Humberto Ditt, diretor-executivo do Instituto de Pesquisas Ecológicas-IPÊ, que apresentou as experiências com pagamento por serviços ambientais que a entidade realiza, concorda. "São Paulo, por exemplo, só tem 8% de cobertura florestal original. Se restringirmos o pagamento por serviço ambiental para quem está legal não faremos nada no estado".

É justamente em São Paulo que estão dois projetos-piloto de recuperação florestal realizados pelo Ipê e a Arvorar Soluções Florestais, braço empresarial da ONG. O primeiro é um assentamento para reforma agrária no Pontal do Paranapanema, onde a Ipê ofereceu assistência técnica e insumos para o replantio da vegetação nativa combinada com culturas como o café sombreado. Já a Arvorar prospecta, por um lado, áreas de grande potencial de prestação de serviços ambientais e, por outro, empresas interessadas em investir o crédito de carbono.

A partir de experiências como essas e outras formas de compensação que já são praticadas - como o ICMS Ecológico e o Bolsa Floresta, entre outros - os participantes do seminário devem responder, até quarta-feira, basicamente, as quatro questões propostas pela Secretaria de Biodiversidade e Floresta e sintetizadas pelo diretor do Departamento de Conservação da Biodiversidade, Braulio Ferreira de Souza Dias: o que são serviços ambientais e a que título os provedores têm direito a pagamento; como monitorar a prestação desses serviços; como fazer os pagamentos; e por onde, neste imenso Brasil, começar.

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Jovens de todo o País se reúnem para debater problemas do meio ambiente

04/04/2009 - A secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiente do Ministério do Meio Ambiente, Samyra Crespo, disse ontem, na abertura da 3ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, em Luziânia-GO, que a educação ambiental é fundamental para a construção de uma cidadania ambiental. "Os jovens são a força transformadora do Brasil. Vocês não vão debater somente o futuro, mas o aqui e o agora", salientou.

A cerimônia de abertura reuniu cerca de mil pessoas de todos os estados do Brasil. Foram enviados 670 delegados, com idade entre 11 e 14 anos, além de facilitadores dos Coletivos Jovens de Meio Ambiente, educadores e representantes de 43 países como observadores internacionais.

No discurso de abertura, Samyra Crespo destacou também o papel dos ministérios do Meio Ambiente e Educação na formação de jovens conscientes da questão ambiental. "A Conferência vai mostrar que essa é uma parceria que está dando certo. Os jovens aqui presentes são a força transformadora deste país", afirmou.

Os observadores internacionais receberam da secretária uma cópia do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, aprovado pelo governo brasileiro em dezembro do ano passado. Ela apresentou o plano, destacando as metas estabelecidas para a redução do efeito estufa até 2017 e combate ao desmatamento na Amazônia.

A abertura contou ainda com as presenças do secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, André Lázaro, a representante da Rede de Juventude e Meio Ambiente, Ana Carla Franco, a coordenadora geral da Educação Ambiental do MEC, Rachel Trajber, a senadora Marina Silva, idealizadora da conferência e convidada de honra, e o representante da UNESCO no Brasil, Vincent Defourny

A conferência vai até 7 de abril (terça-feira) no Centro de Treinamento Educacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria - CT/CNTI, a 40 km de Brasília, no município de Luziânia/GO. Entre as atividades previstas para os cinco dias da conferência estão oficinas de teatração ambiental, vídeo, , comunidade virtual, rádio, fanzine, carta e trilha da vida. Todo o conteúdo produzido pelos jovens nas oficinas de vídeo e mídia digital estará disponível na comunidade virtual "Vamos Cuidar do Brasil", no Portal EducaRede (www.educarede.org.br) da Fundação Telefônica, pelo qual professores e alunos de todas as escolas poderão interagir e sugerir propostas para o enfrentamento da atual crise ambiental.

O encerramento será na Esplanada dos Ministérios, com a realização de uma caminhada até o Teatro Nacional. Os jovens pretendem entregar a "Carta das Responsabilidades para o Enfrentamento das Mudanças Ambientais Globais", resultado das discussões da conferência, ao presidente Lula. A idéia é que o governo e a sociedade sejam co-responsáveis pelas transformações urgentes. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participa do ato.

A Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente - Vamos Cuidar do Brasil é promovida pelos ministérios da Educação e do Meio Ambiente. A primeira edição realizada em 2003 envolveu 15.452 escolas e mobilizou mais de 5 milhões pessoas.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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