4 de Abril
de 2009 - Paula Laboissière - Repórter
da Agência Brasil - Elza Fiúza/Abr
- Luziânia (GO) - A professora da rede pública
de Salvador Angélica Moura participa da conferência
de jovens que discute o envolvimento da escola na
construção de políticas públicas
voltadas para a preservação do meio
ambiente
Luziânia (GO) - Incluir atividades relacionadas
à educação ambiental nas escolas
não é “nada complicado”, na opinião
da professora baiana Angélica Moura.
No entanto, afirma a professora,
é preciso cobrar do governo mais capacitação
dos profissionais que trabalham em sala de aula.
Angélica Moura veio de
Salvador (BA) para acompanhar 26 alunos com idade
entre 11 e 14 anos que participam da 3ª Conferência
Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, em
Luziânia.
Ela considera sem fundamento a
educação que não contextualiza
o espaço em que vivem os estudantes. “Não
pode haver separação”, disse Angélica,
defendendo a inclusão da educação
ambiental no currículo escolar de forma transversal
– presente em todas as disciplinas. “Não
achamos pertinente ter um professor só para
isso.”
A professora admitiu que muitos
colegas ainda se mostram “confusos” quanto à
melhor forma de promover aulas sobre meio ambiente.
“Eles acham que é um trabalho à parte”,
disse ela, ressaltando que crianças e adolescentes
sentem falta de iniciativas que promovam a conscientização
e o debate sobre o tema.
“O estudante sai mais fortalecido.
Estamos preparando um exército”, afirmou
Angélica, depois de admirar a multidão
de meninos e meninas presentes a um debate. A professora
defendeu que a escola seja exemplo de educação
ambiental, “para que o discurso aconteça
na prática”.
Já o professor José
Eli da Veiga destacou que as conseqüências
negativas geradas pelo que chamou de “busca pelo
conforto” chegaram a tal ponto que é preciso
parar e refletir sobre o meio ambiente. “É
absolutamente estratégico que o Brasil viva
esse processo com as crianças.”
Veiga ressaltou que grande parte
das regulamentações que existem atualmente
devem ser vistas como “avanços tremendos”.
No encontro, disse aos estudantes que, ainda que
se consigam grandes vitórias na preservação
ambiental, a maioria dos estragos já está
feita. “E as conquistas podem ainda ser anuladas,
se não reduzirmos o aquecimento global”,
advertiu.
+ Mais
Distritos indígenas e casas
de saúde do Amazonas vão receber novos
equipamentos
10 de Abril de 2009 - Amanda Mota
- Repórter da Agência Brasil - Manaus
- Aproximadamente R$ 1 milhão em veículos,
barcos e em equipamentos, como computadores, radiotransmissores
e fogões industriais, chegarão aos
Distritos Sanitários Especiais Indígenas
(Dseis) e Casas de Saúde Indígena
(Casais) do Amazonas a partir da próxima
semana. A ação faz parte do plano
de investimentos da Fundação Nacional
de Saúde (Funasa) para melhorar e otimizar
as atividades relacionadas à saúde
dos cerca de 120 mil indígenas que vivem
no estado. Entre os objetivos estão a ampliação
da frota de veículos e barcos para facilitar
o transporte de pacientes.
Em entrevista à Agência
Brasil, o coordenador regional da Funasa no Amazonas,
Pedro Paulo Coutinho informou que os equipamentos
já estão comprados. “A entrega desses
equipamentos vai dar mais mobilidade as equipes
que atuam nas aldeias. Dentro das nossas limitações,
continuamos investindo para garantir o fortalecimento
das ações em cada área.”
Os recursos para compra dos 37
veículos, barcos e outros materiais foram
liberados pelo governo federal. Ainda para este
ano, está prevista a compra de outros equipamentos.
Na avaliação do
chefe do Dsei Alto Rio Solimões, Plínio
Cruz, os investimentos feitos vão trazer
melhorias nas atividades realizadas e na logística
de atendimento. Segundo Cruz, a maioria dos deslocamentos
é em via fluvial.
“Os veículos vão
facilitar o acesso às aldeias via terrestre
e os barcos darão mais agilidade no trajeto
fluvial. Já os equipamentos ajudarão
no atendimento, na comunicação com
os pólos [ instalados em outras aldeias]
e nas demandas urgentes das aldeias.”