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DESERTIFICAÇÃO JÁ ATINGE MAIS DE 1200 MUNICÍPIOS NO PAÍS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2009

15/04/2009 - Comemora-se nesta quarta feira (15) o Dia Nacional da Conservação do Solo, data instituída pela Lei n° 7.786, de 13 de novembro de 1989, com o objetivo de alertar e conscientizar as pessoas sobre a utilização correta dos recursos naturais. Componente fundamental dos ecossistemas, o solo é um recurso natural básico e o seu uso indevido causa grandes prejuízos à sociedade.

Agricultura predatória, tecnologias inadequadas, uso intensivo de produtos químicos e queimadas são algumas das principais formas de agressão citadas pelos pesquisadores das ciências naturais. Eles apontam ainda o desmatamento, como a principal causa da desertificação, um dos muitos processos de degradação da terra.

A desertificação, que ocorre nas zonas áridas, semiáridas e sub-úmidas secas, é o processo de destruição do potencial produtivo. A mineração, as atividades agropecuárias e irrigação mal planejada também desencadeiam o problema, como mostram os estudos de muitas instituições.

No Brasil, as Áreas Susceptíveis a Desertificação (ASD) abrangem 1.201 municípios, uma superfície de 1.130.790,53 km², dos quais 710.437,30 km² (62,8%) são caracterizados como semiáridos e 420.258,80 km² (37,2%) sub-úmidos secos.

As ASD fazem parte dos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba Pernambuco, Alagoas, Sergipe e norte de Minas Gerais, abrangendo uma população de cerca de 32 milhões de habitantes e totalizam 1.338.076 km² (15,72% do território nacional). Elas atingem ainda os biomas cerrado e caatinga, que é exclusivamente brasileiro.

De acordo com Roberto Germano Costa, diretor do Instituto Nacional do Semi-árido (Insa/MCT), a retirada da cobertura vegetal da caatinga, que é o bioma mais vulnerável a essas mudanças climáticas, em alguns bolsões, como o de Seridó, na Paraíba, e o de Gilboés, no Piauí, faz com que as áreas de desertificação se ampliem. Além disso, a chamada mata branca vem sendo utilizada como matriz energética para setores da indústria como o de panificação e de cerâmica vermelha.

Germano explica que a Comissão Nacional de Combate a Desertificação, instaurada no final de 2008, em Fortaleza (CE) pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, gerou expectativa em relação a prevenção do fenômeno ambiental.

"A comissão, da qual o Insa é integrante, tem a finalidade de estabelecer subsídios para a política de combate a desertificação. A partir do momento que o Ministério do Meio Ambiente estiver com essa política formada e com os esforços focados no sentido de criar um Fundo Nacional de Combate a Desertificação, esperamos, com a capacidade instalada, termos em toda região, em todas as universidades federais, estaduais, nas empresas brasileiras de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e nas empresas estaduais de pesquisas, intensificadas as linhas de estudos nessa área", diz Germano

O diretor do Insa acredita que Fundo Nacional de Combate a Desertificação e a política de prevenção, que será estabelecida pelo Meio Ambiente, são algumas das ações que podem ser tomadas a curto prazo para conter o avanço do processo de desertificação das regiões já atingidas. Uma outra medida é a recomposição da cobertura vegetal em algumas das áreas .

Para Germano, é importante comemorar o Dia Nacional da Conservação do Solo, porque a sociedade está cada vez esta mais esclarecida sobre os reais riscos da não preservação do meio ambiente. "O solo é o nosso suporte. Temos mostrando claramente a necessidade de se preservar todos os nossos recursos naturais nesse momento, em que as mudanças climáticas e o processo de aquecimento global está na pauta de todas as instituições de pesquisa e ambientais e a sociedade sendo alertada e tomando consciência da importância de preservar o meio ambiente", enfatiza.

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MPEG lança livro sobre biodiversidade em Belém (PA)

14/04/2009 - O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e a Petrobras lançam hoje (14), o livro Biodiversidade na Província Petrolífera de Urucu, que compila os resultados dos esforços científicos empreendidos pelo projeto Dinâmica de Clareiras sob Impacto da Exploração Petroleira, que integra a Rede CTPetro Amazônia. O lançamento será às 17h30, no Campus de Pesquisa do MPEG, em Belém (PA).

Especialista da Coordenação de Zoologia do Museu Goeldi, Ana Prudente destaca a importância da obra que reúne os frutos das análises feitas naqueles dois anos na região do Rio Urucu, no município de Coari, a 600 km de Manaus (AM), onde a Petrobras mantém a Base Operacional Biólogo Pedro de Moura (BOGPM) ou Base Petrolífera de Urucu. "Além de compilar os resultados do projeto, o livro tem uma linguagem mais acessível para os não-especialistas", afirma Ana Prudente.

O livro aborda o meio físico, fauna e flora da Base Petrolífera do Urucu em português, inglês e espanhol. Segundo a publicação, a Petrobras atua na região desde a descoberta da Província Petrolífera de Urucu, em 1986, que hoje faz do Amazonas o segundo produtor terrestre de petróleo, com volume média de 56,5 barris por dia.

"O livro colocará um público mais amplo em contato com a extraordinária riqueza da biodiversidade amazônica. E, para aqueles diretamente envolvidos com a atuação da Petrobras na região, serve a um só tempo como subsídio para a elaboração de planos e programas de gestão ambiental essenciais às nossas operações", afirma Ricardo Castello Branco, gerente geral de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) de Gás, Energia e Desenvolvimento da Petrobras, na apresentação da obra.

CTPetro

Coordenada pelo pesquisador Luiz Antonio de Oliveira, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), a Rede CTPetro Amazônia busca intensificar a troca de informações entre as várias instituições de pesquisa e ensino superior que a integra no intuito de minimizar impactos e recuperar áreas da floresta utilizadas pelas atividades de prospecção e transporte de gás natural e petróleo.

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Exposição apresenta instrumentos musicais a partir de madeira manejada

13/04/2009 - Até o próximo dia 30 o Serviço Social do Comércio (Sesc), apresenta, em Manaus (AM), a exposição de instrumentos musicais (violão, contrabaixo, baixolão e cavaquinho), produzidos a partir de madeiras certificadas da Amazônia.

As peças, expostas desde segunda-feira (6), são parte dos resultados do projeto Artefatos com Madeiras Certificada da Amazônia – Empreendedorismo e comercialização, por meio do Programa Amazonas de Apoio à Pesquisa em Micro e Pequenas Empresas (Pappe), com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa da Amazônia (Fapeam) e da Financiadora de Projetos (Finep/MCT).

Ao todo, são cerca de 20 instrumentos, sendo a maioria acabados (pronto para utilização) e alguns que mostram o processo produtivo das peças, assim como as respectivas madeiras utilizadas. A identificação e aplicação de novas espécies de madeiras da região, como o Louro Preto, uma das espécies que demonstrou grande aplicabilidade na lutheria (fabricação de instrumentos musicais), foi a que mais chamou atenção do responsável pelo trabalho, o empresário e luthier Edson da Silva Ribeiro.

A identificação e os estudos sobre as características das cinco espécies trabalhadas no projeto tiveram a ajuda e parceria da pesquisadora da área de silvicultura do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) Claudete Catanhede do Nascimento. A partir dos resultados obtidos, ela e o luthier lançam no último dia da exposição um catálogo que descreve as espécies pesquisadas e a aplicabilidade para a construção de cada parte de diversos instrumentos.

"Nosso maior desafio é mostrar à sociedade que existem outras espécies tão boas quanto as tradicionais para a fabricação de instrumentos. Com isso pretendemos abrir o leque de possibilidades fazendo com que algumas espécies deixem de sofrer pressão por serem as únicas conhecidas e utilizadas pelas fabricas", garante a pesquisadora.

Claudete acredita que a inserção de novas espécies regionais para a lutheria pode ser considerada o ganho mais significativo do projeto. "Todos os resultados estarão disponíveis no catálogo que contem o nome das madeiras, especificações, características e o passo a passo para a produção de instrumentos musicais, sendo que todas as informações podem ser utilizadas por outras empresas. Este é um dos primeiros trabalhos práticos de transferência de tecnologias da madeira dos laboratórios para as empresas", explica.

Ganhos

Edson faz questão de esclarecer também que a intenção do projeto não é substituir as espécies tradicionais, mas disponibilizar novas alternativas para o mercado. O louro preto, uma das espécies sugeridas, quando bem trabalhada apresenta características físico mecânicas excelentes, proporcionando uma tratabilidade na oficina o que agrega produtividade à linha e valor ao produto final.

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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