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LICENCIAMENTO DE TERMOELÉTRICAS VAI EXIGIR DIMINUIÇÃO DO IMPACTO DE EMISSÕES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2009

13/04/2009 - Paulenir Constancio - O Ministério do Meio Ambiente decidiu, nesta segunda-feira (13), apertar as regras para o licenciamento de usinas termoelétricas que utilizam carvão e óleo para a geração de energia. Responsáveis pela emissão de cerca de 14 milhões de toneladas de CO2, que contribuem para o aquecimento global, elas terão que incorporar o custo ambiental, que inclui o plantio de milhares de árvores, para obter a licença de operação. A medida será aplicada à concessão de novas licenças e à renovação do licenciamento das que já estão funcionando e que tem validade de seis anos.

O anúncio foi feito hoje pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, como parte das medidas necessárias para o cumprimento das metas do Plano Nacional sobre Mudança do Clima. Ele lembrou que o MMA não está criando nenhum custo novo para as usinas. Esse custo sempre existiu, mas acabava sendo pago por toda a sociedade , disse.

A mitigação, que constitui uma medida para diminuir os impactos ambientais, não fazia parte das exigências das autoridades ambientais porque essas normas se restringiam aos gases poluentes e o CO2 não polui, só que contribui para o aquecimento do planeta. A partir da portaria do Ibama, prevista para ser publicada no Diário Oficial desta terça-feira (14), as medidas de mitigação passam a ser adotadas de forma complementar, ou seja, aquelas usinas que já trabalham com o mecanismo de desenvolvimento limpo, comprando créditos de carbono, adotam as novas regras até atingirem sua conta de emissões . As que não adotam o MDL, podem optar pelo novo sistema.

Estimativas preliminares dão conta de que numa usina com capacidade para 100 MW/h, que opere durante 25% do ano, terá que plantar até 600 mil árvores. Essas medidas terão que corresponder a, no mínimo, um terço das emissões, a parcela restante pode ser paga com o investimento em energia limpa, como a geração eólica, que começa a entrar na lista de prioridades do ministério. Além do reflorestamento, que contribui com o chamado sequestro de carbono (fotossíntese), as usinas terão que manter a floresta obedecendo a um plano de manejo, que prevê o cuidado por até 10 anos.

O Operador Nacional do Sistema, responsável pela distribuição de energia no País, prevê a utilização de termoelétricas como fornecedoras complementares, atuando na maior parte das vezes nos períodos de seca, quando a oferta da eletricidade gerada pelas hidrelétricas, bem menos poluentes, diminui. Até 2017, está prevista a entrada em operação de 82 termoelétricas, elevando as emissões para 39 milhões de toneladas. Até lá, estima-se que o setor possa ser responsável pelos plantio de 3 milhões de árvores, o que significa que boa parte do carbono lançado na atmosfera estará sendo utilizado, não representando perigo para o meio ambiente.

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Operação simula vazamento de óleo diesel em cidade do DF

15/04/2009 - Paulenir Constancio - Uma operação de treinamento para emergências vai parar nesta quinta-feira por três horas a Cidade Estrutural, em Brasília. O Ministério do Meio Ambiente coordena, às 13h30, a simulação de um vazamento de 8 mil litros de óleo diesel no duto da Transpetro, que passa no local. A ação, que mobilizará forças da Polícia Militar, a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, o Detran e do Ibama, é necessária para preparar os órgãos de segurança e a população, num local de risco ambiental, onde são exigidos cuidados especiais para a proteção do meio ambiente e dos 30 mil moradores da cidade. A Coordenação de Emergências Ambientais do Departamento de Qualidade Ambiental/SMCQ fará parte da equipe de Comando Central do simulado e da comissão que vai avaliar os resultados da operação.

O MMA coordena a Comissão Nacional do Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta a Emergências Ambientais com Produtos Perigosos - P2R2. O plano foi elaborado para prevenir a contaminação ambiental e preparar possíveis ações de resposta imediata a emergências químicas. Além dos simulados e cursos de capacitação para os órgãos públicos, sociedade civil e empresas privadas realizados periodicamente.

Os técnicos ambientais alertam para o perigo não só dos desastres, mas também para os cuidados com o socorro aos desastres ambientais. A primeira ação é a mais importante. Um acidente com produtos perigosos tem um efeito imediato e efeitos de médio e longo prazos, que dependem da eficiência na operação inicial, que pode minimizar ou agravar o problema.

A simulação programada pela Transpetro será de uma escavação, no Km-959 do oleoduto ao lado do conjunto J. Durante sondagem e manutenção do isolamento do duto será simulado um toque da concha da retroescavadeira causando rompimento parcial do oleoduto com vazamento de diesel, atingindo até as casas próximas.

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MMA começa a monitorar desmatamento em todos os biomas do País

16/04/2009 - Lucia Leão - A partir de agora o Brasil saberá o que acontece com o que resta da vegetação nativa em todo o seu território. O monitoramento por satélite da cobertura florestal, que era restrito, em nível oficial, à Amazônia, foi estendido à Caatinga, ao Cerrado, à Mata Atlântica, ao Pampa e ao Pantanal. Uma solenidade presidida hoje (16/04) pelo ministro Carlos Minc no Centro Nacional de Apoio ao Manejo Florestal-Cenaflor, marcou o início da execução técnica do projeto, que acompanhará e divulgará anualmente os índices de desmatamento de todos os biomas.

Além de orientar políticas públicas e tomadas de decisão para combate ao desmatamento e para conservação da biodiversidade, essas informações permitirão calcular o volume de gases de efeito estufa decorrentes do desmatamento e alteração do uso do solo no País e produzir o relatório periódico de emissões previsto na Convenção Sobre Clima da ONU.

"Ter monitoramento e ter série são pré-requisitos para estabelecermos metas de emissão. A Caatinga, o Cerrado, o Pantanal, o Pampa e a Mata Atlântica exigem o mesmo cuidado que a Amazônia", afirmou o Ministro.

Acompanhado pelo pelo diretor de Conservação de Biodiversidade, Bráulio Dias, que representou a secretária de Biodiversidade e Floresta, Maria Cecília Wey de Brito, o chefe do Centro de Sensoriamento Remoto do Ibama, Humberto Mesquita Jr, e o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel da Rocha, Minc visitou o Centro de Monitoramento, onde técnicos já monitoram as imagens do bioma Cerrado captadas por satélite.

O ponto de partida do monitoramento são os mapas de áreas florestais remanescentes nos biomas extra-amazônicos produzidos pelo Probio (Projeto de Utilização e Conservação da Diversidade Biológica Brasileira) com base em imagens captadas pelo satélite Landsat em 2002. Eles mostram que a Mata Atlântica é o bioma com a vegetação nativa mais devastada. Da área total de 1.059.027,85 Km2 restavam, há seis anos, apenas 285.640 km2 (27%) com a cobertura vegetal nativa em diferentes graus de conservação.

O segundo bioma mais antropizado é o Pampa, que perdeu quase a metade da cobertura original da sua área de 178.243 km2. O Cerrado havia perdido, até 2002, 39% de cobertura original e a Caatinga 36%. O bioma nordestino é, atualmente, um dos mais pressionados especialmente pelo uso da lenha e do carvão, que respondem por cerca de 40% da energia consumida na região. O Pantanal é o bioma extra-amazônico mais preservado, com 87% de sua cobertura nativa intacta.

O Programa de Monitoramento é de responsabilidade da Secretaria de Biodiversidade e Floresta do MMA, com financiamento do Pnuma e da Agência Brasileira de Cooperação e execução técnica do Centro de Monitoramento Ambiental do Ibama. As áreas de vegetação remanescente já começaram a ser monitoradas com o Landsat e o satélite sino-brasileiro Cbers. Na Mata Atlântica, mais susceptível à cobertura de nuvens, será utilizado também o satélite japonês Alos, que capta imagens mais precisas.

Os primeiros resultados do monitoramento serão sobre o desmatamento do Cerrado no período 2002/2008 e deverão estar disponíveis em setembro. O segundo produto previsto é o monitoramento do desmatamento da Caatinga, que deve ser divulgado em novembro. Até março de 2010 estarão prontos os mapas das alterações antrópicas no período 2002/2010 nas áreas remanescentes dos demais biomas.

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MMA alerta populações ribeirinhas para enchentes no Amazonas

15/04/2009 - O ano de 1953 marcou a história de Manaus como o período da pior enchente da capital. Na ocasião, o nível do rio Negro atingiu a marca de 29,68 metros. Hoje (15/04) a marca está em 28,16m, sendo que o período de cheias na região costuma ser em junho (86% delas): o que sinaliza para a possibilidade de a cidade enfrentar a sua maior enchente. O alerta foi dado nesta quarta-feira pelo Ministério do Meio Ambiente, Agência Nacional de Águas (ANA), Secretaria Nacional de Defesa Civil, Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Nos dois últimos dias, o nível do rio Negro subiu seis centímetros por dia, passando de 28,04m para 28,16m. A cota de alerta de inundação é de 29m, e a previsão do Inmet é de mais chuvas na região até pelo menos o próximo dia 21. O primeiro alerta para a situação de Manaus foi dado em 31 de março, com 70% de probabilidade de acerto, segundo a CPRM.

"Estamos tangenciando a pior enchente de Manaus. Os governos devem se preparar e informar a sociedade", afirmou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

O diretor-presidente da ANA, José Machado, destacou que a ANA, junto com parceiros, tem monitorado os níveis dos rios e as chuvas na área, de forma a munir os órgãos federais, estaduais e municipais com as informações necessárias e em tempo para se articularem. "Estamos alertando com 60 dias de antecedência do período de cheias, seguindo o princípio da precaução", reforçou Minc.

Para o diretor da Agência Benedito Braga, as instituições estão trabalhando harmonicamente. Ele levantou ainda dois atenuantes para o quadro: o rio a montante de Tabatinga está se estabilizando, e o nível do Madeira está na média, fora da situação de alerta.

A Defesa Civil informou já ter enviado 312 toneladas de alimentos, 450 mil itens do kit de desinfecção, além de lençóis, colchões e mosquiteiros. Segundo o secretário nacional de Defesa Civil, Roberto Guimarães, a instituição está preparada para abrigar, alimentar e medicar todas as pessoas que possam ser afetadas pelas cheias.
Fonte: Denise Caputo/ANA

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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