Brasília
(22/04/2009) – A Área de Proteção
Ambiental (APA) da Baleia Franca, em Santa Catarina,
realiza no próximo sábado (25), em
Florianópolis, mais uma oficina de capacitação
sobre encalhes e emergências com animais marinhos.
A oficina é gratuita e aberta a todos os
interessados. No sábado passado (18), foi
realizada uma primeira oficina em Criciúma.
Ações como essa são promovidas
corriqueiramente pela chefia da APA nos municípios
do entorno da unidade.
O objetivo principal da oficina
é envolver moradores, pescadores, ONGs, empresas
e prefeituras no resgate dos animais marinhos, que
no inverno aparecem em grande número nas
praias do litoral sul de SC.
“Além das informações
detalhadas sobre o atendimento a encalhes de baleias,
golfinhos e lobos-marinhos, neste ano incluímos
a capacitação sobre aves marinhas,
como pingüins e outras, e ainda as tartarugas
marinhas”, afirma a veterinária e analista
ambiental da APA da Baleia Franca, Patrícia
P. Serafini.
Este trabalho vem sendo desenvolvido
com apoio de centros especializados como o Centro
de Pesquisa para a Conservação de
Aves Silvestres (Cemave), Centro de Mamíferos
Aquáticos (CMA) e Centro Brasileiro de Proteção
e Pesquisa das Tartarugas Marinhas (TAMAR).
Ao longo de 2008 foram realizadas
três oficinas para 57 representantes de organizações
comunitárias. Dessa maneira, a APA contou
com grande participação da sociedade
no ano passado no resgate dos quase 500 animais
marinhos encontrados na região.
O material didático usado
na capacitação traz textos sobre as
espécies prováveis de encalhe na região,
tipos de doenças e quais os procedimentos
corretos para auxiliar o animal e preservar a saúde
humana.
A capacitação é
importante para evitar erros comuns como a alimentação
inadequada dos animais, devolução
à água causando hipotemia, limpeza
das penas de pingüins com produtos impróprios,
entre outras ações perigosas para
a saúde dos animais e das próprias
pessoas. O documento sugere que, ao encontrar animais
marinhos, se acione os órgãos competentes
como a APA e a Polícia Ambiental.
A partir das oficinas, o Protocolo
de Atendimento a Animais Marinhos no Interior da
APA está sendo elaborado coletivamente, com
a contribuição dos participantes das
palestras.
A APA da Baleia Franca e entidades
parceiras como a Polícia Ambiental, ONG R3
Animal, Projeto Baleia Franca, UNESC e Alaram realizaram
em 2008 pronto atendimento aos animais marinhos
ou estudo de carcaças nos nove municípios
que fazem parte dos 130 km da unidade de conservação.
Os animais receberam os primeiros socorros na sede
da APA, em Imbituba e, depois, foram levados para
reabilitação no Centro de Triagem
de Animais Selvagens (Cetas), em Florianópolis.
Segundo Patrícia P. Serafini,
o número de pingüins encontrados nas
praias da APA em 2008 foi muito maior do que em
anos anteriores, e a taxa de sobrevivência
dos animais vivos resgatados ficou acima de 95%.
“Entretanto, muitos dados úteis para pesquisas
foram perdidos com a contagem apenas de parte dos
animais encontrados já mortos. Nesse sentido,
o apoio da comunidade para trazer informações
é decisivo”, afirma a analista ambiental
da APA da Baleia Franca.
Ascom ICMBio
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Logo do Parque da Chapada Diamantina
é escolhida por voto popular
Márcia Néri - Brasília
(22/04/2009) – O Parque Nacional (Parna) da Chapada
Diamantina (PNCD), na Bahia, acaba de ganhar a sua
logomarca. A logo servirá para fortalecer
a identidade visual da unidade e será estampada
nas placas de orientação das trilhas
e na sinalização dos limites do Parna,
nos uniformes dos servidores e em todo material
de divulgação.
A logomarca foi escolhida por
meio de concurso. Inicialmente, foram apresentadas
202 propostas. Dessas, três foram selecionadas
por uma comissão julgadora formada por gestores
do parque. A proposta vencedora foi eleita em votação
pública que contou com a participação
de mais de 1,2 mil moradores dos municípios
do entorno do parque – Andaraí, Ibicoara,
Lençóis, Mucugê e Palmeiras,
além dos distritos de Caeté-Açu,
Campos São João, Colônia, Guiné,
Igatu, e Rumo.
O autor da logomarca vencedora
é Pedro Serravalle de Sá, um universitário
de Salvador (BA) que tomou conhecimento do concurso
por meio de uma professora do curso de Design da
Universidade do Estado da Bahia (Uneb).
A equipe gestora do PNCD levou
em consideração alguns critérios,
como criatividade, originalidade e comunicação.
“Não fizemos objeções em relação
à técnica, nem limitamos o uso de
recursos gráficos. Ficamos felizes com o
resultado, pois a logo eleita pelo povo criará
uma identidade visual importante para divulgar a
unidade”, disse Luanne Lima, analista do parque.
Veja, abaixo, a logomarca do Parque
Nacional da Chapada Diamantina que ganhou o concurso.