22 de
Abril de 2009 - Yara Aquino - Repórter da
Agência Brasil - Brasília - O ministro
de Minas e Energia, Edison Lobão, deu detalhes
hoje (22) sobre o programa do governo para estimular
a troca de geladeiras antigas que emitem gás
CFC (clorofluorcarbono) por outras novas, menos
poluentes e mais econômicas. Segundo ele,
será fabricado um modelo específico
de geladeira para atender ao programa.
Embora o ministro afirme que o
valor ainda não está definido, ele
disse que o preço da geladeira deve ficar
em torno de R$ 500. A previsão é de
que sejam trocadas geladeira com em média
10 anos de uso.
“Estamos estudando para reduzir
ao máximo o valor da geladeira, torná-la
absolutamente acessível ao bolso da parcela
mais pobre do povo brasileiro”, disse Lobão,
ao sair de reunião sobre o Programa de Aceleração
de Crescimento (PAC) com o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
Segundo Lobão, no primeiro
ano devem ser trocadas 1 milhão de geladeiras,
no segundo ano 2 milhões e a quantidade avançará
até atingir a meta de 10 milhões.
Ele não descarta, no entanto, a possibilidade
de que a quantidade seja maior logo no início,
o que dependerá da capacidade de produção
da indústria e da logística.
Lobão explicou que o governo
estuda duas possibilidades para a data de lançamento
do programa. Uma é dentro de 15 dias e a
outra possibilidade é esperar o final de
vigência da redução do Imposto
sobre Produto Industrializado (IPI) do eletrodoméstico,
que termina no prazo de três meses.
Para assegurar um preço
baixo para as geladeiras os fabricantes terão
redução de impostos, de acordo com
Lobão. A fabricação de um modelo
especial em grande quantidade também será
determinante para reduzir o custo, na avaliação
do ministro.
Lobão disse ainda que será
montada uma logística especial para atender
o programa. Os revendedores recolherão as
geladeiras antigas, que serão vendidas a
uma empresa especializada. Essa empresa vai recolher
o gás poluente e vendê-lo a uma usina.
O mesmo ocorrerá com a geladeira que, segundo
ele, será vendida a empresas que trabalham
no ramo do aço.
Ainda há pendências
a serem acertadas com o Ministério da Fazenda,
informou Lobão. Isso porque o governo gastará
em torno de R$ 100 milhões por ano com a
logística do programa, como, por exemplo,
para pagar pelo recolhimento das geladeiras.
+ Mais
É preciso desenvolver consciência
planetária, diz professora no Dia Mundial
da Terra
22 de Abril de 2009 - Da Agência
Brasil - Brasília - Na data em que se comemora
o Dia Mundial da Terra, a professora do Departamento
de Teorias e Fundamentos da Universidade de Brasília
(UnB) Leila Chalub ressalta que é necessário
desenvolver uma “consciência planetária”
para que todos tenham participação
efetiva na manutenção da vida. Em
entrevista à Rádio Nacional, ela afirma
que a data é uma boa oportunidade para refletir
como as nossas ações podem interferir
no destino do planeta. Há 39 anos o dia 22
de abril é dedicado à preservação
do meio ambiente.
“As pequenas ações
cotidianas, como cuidar do lixo e economizar água,
podem ajudar a preservar o meio ambiente. Por isso,
é importante que todos percebam que ter cuidado
com o seu local é ter cuidado com o planeta”,
acrescenta.
A idéia de se comemorar
o Dia da Terra surgiu em 1970, quando o senador
norte-americano Gaylord Nelson organizou o primeiro
protesto em caráter nacional contra a poluição
do planeta. O movimento ganhou, ano após
ano, outros países como adeptos, incluindo
o Brasil, que se uniu oficialmente à causa
em 11000.
Segundo Leila Chalub, nunca foi
tão perceptível a fragilidade da vida
do planeta. Atualmente, além da poluição,
as mudanças climáticas, o aquecimento
global e o uso da água e de todos os recursos
naturais fazem parte da lista de preocupações
com a preservação da Terra.