22/04/2009
- O ministro Carlos Minc participa, em Siracusa,
Itália, do encontro de ministros de meio
ambiente do G8+5, que começa nesta quarta-feira
(22) e vai até sexta-feira (24).
O evento reúne o grupo
dos oito países mais ricos e influentes do
mundo, do qual fazem parte os Estados Unidos, o
Japão, a Alemanha, o Canadá, a França,
a Itália, o Reino Unido e a Rússia.
Os outros cinco países (Brasil, China, Índia,
México e África do Sul) do grupo outreach,
convidados pelo G8, completam o G8+5. O governo
italiano, na presidência temporária
do G8, convidou também a Dinamarca, a Coréia
do Sul, o Egito, a Austrália e a República
Tcheca, que preside a União Européia,
de forma também transitória.
O principal objetivo do encontro
de Siracusa é promover uma discussão
política sobre os grandes desafios relacionados
a dois temas ambientais: biodiversidade e mudanças
climáticas. A reunião é preparatória
para a 15ª Conferência das Partes da
Convenção do Clima, a ser realizada
em Copenhague, Dinamarca, em dezembro, de onde deverá
sair um novo regime para a questão do clima.
Na agenda, discussões sobre tecnologias de
baixo carbono, equidade no tratamento da mudança
do clima, biodiversidade e saúde infantil
e meio ambiente.
Os 15 ministros de meio ambiente
esperados para o encontro debaterão questões
que vão desde o reconhecimento da importância
econômica da biodiversidade e dos serviços
ecossistêmicos para o bem-estar humano até
diferentes formas de investimentos a serem canalizados
para novos tipos de tecnologias pouco intensas em
carbono.
A secretária de Mudanças
Climáticas do Ministério do Meio Ambiente,
Suzana Kahn, que também participa da rodada
de negociações, vai defender um esforço
conjunto e equitativo por parte de países
desenvolvidos e em desenvolvimento para o combate
às mudanças climáticas.
Na prática, o G-8 é
um fórum informal destinado a discutir alternativas
para enfrentar problemas como a crise da globalização,
a abertura de mercados, problemas ambientais e ajuda
financeira para economias em crise.
O grupo atua na esfera de influência
de organizações mundiais como o FMI,
a OMC e a própria ONU.
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Concurso escolherá projeto
para revitalização do Parque da Tijuca
22/04/2009 - O ministro Carlos
Minc lançou, na sexta-feira (17) concurso
para a escolha do projeto arquitetônico e
urbanístico destinado à revitalização
do Parque Nacional da Tijuca, no Rio. Em parceria
com o Instituto de Arquitetos do Brasil, o concurso
é o ponta-pé inicial de uma campanha
para o engajamento das comunidades que moram no
entorno da Unidade de Conservação.
Ele ressaltou o esforço conjunto do MMA e
da prefeitura da cidade para dar início ao
processo de reforma do Hotel Paineiras e do restaurante
panorâmico, com a remoção de
uma favela que havia dentro do parque.
Segundo Minc, a unidade de conservação,
onde fica o Cristo Redentor, já é
a mais visitada do País, superando o parque
do Iguaçu, que até o final do ano
passado liderava em número de visitantes,
de acordo com o último levantamento do Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade,
responsável pela administração
das UCs.
O ministro informou que tem se
esforçado para mobilizar a sociedade carioca,
mantendo contatos inclusive com a iniciativa privada,
para fazer parcerias para a revitalização.
Ele já conversou com representantes da empresa
administradora do bondinho de Santa Teresa, que
no final do século passado abandonou algumas
paradas por falta de infra-estrutura turística.
A empresa se dispôs a retomar o roteiro se
forem criadas condições. Além
da ampliação das opções
para os turistas, Minc espera que o local seja um
ponto de visitação também para
a população do Rio.
O projeto de revitalização
prevê a construção de um centro
de visitantes, um centro de pesquisas e a reconstrução
do hotel, com 39 quartos, além da recuperação
do restaurante. Segundo Minc, as comunidades locais
serão beneficiadas, ainda, com a criação
de empregos. O projeto prevê o aporte de recursos
do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para capacitar
pessoas que moram próximo ao hotel e ao restaurante.
"As pessoas que desejarem trabalhar terão
emprego no novo centro, que mesmo que não
tenha capacidade para empregar todo mundo, terá
muitas vagas".
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ONGs querem proteção
das águas contemplada em convenção
sobre clima
23/04/2009 - Lúcia Leão
- O secretário de Recursos Hídricos
e Desenvolvimento Urbano Vicente Andreu recebeu
hoje a presidente da Fundação France
Liberté Danielle Mitterrand. De passagem
pelo Brasil, onde visitou projetos desenvolvidos
pela ONG em Minas Gerais e no Acre, a ex-primeira
dama da França apresentou ao secretário
a proposta de um Protocolo Mundial das Águas
a ser incluída na Conferência Mundial
sobre Mudanças Climáticas, que será
discutida no âmbito das Nações
Unidas em Copenhague, no próximo mês
de dezembro.
A proposta foi formulada em fevereiro,
em Bruxelas, durante um fórum de ONGs onde
Danielle Miterrand dividiu o protagonismo com o
ex-governante soviético Mikail Gorbachev.
Hoje os dois correm o mundo em busca de apoio dos
governos para incluí-la entre os compromissos
que serão firmados em Copenhague.
Não pode haver um protocolo
pós-Kyoto que não contemple a questão
da água, já que há uma profunda
interação entre as mudanças
climáticas e a oferta de água , defendeu
Danielle Miterrand, no que teve o apoio de Vicente
Andreu. Ele destacou que o Brasil já dá
esse tratamento ao tema na medida em que discute
simultaneamente os seus planos nacionais de Recursos
Hídricos e de Mudanças Climáticas
e informou que vai promover um profundo debate do
documento das ONGs no âmbito técnico
do Ministério do Meio Ambiente e submeterá
suas conclusões às esferas de decisão.