Brasília
(20/04/2009) – O ministro do Meio Ambiente, Carlos
Minc, esteve na sede do Ibama na última quinta-feira
(16) para anunciar o início do monitoramento
por sensoriamento remoto nos biomas brasileiros,
com a contratação de 25 técnicos,
sendo 22 em geoprocessamento e três em tecnologia
da informação, que já estão
realizando o trabalho. Minc apontou que o ritmo
da devastação fora da Amazônia
é mais acentuado, principalmente no Cerrado
e na Caatinga.
“O Brasil não é
um samba de uma nota só, o verde da bandeira
não é apenas da Amazônia, é
do Pantanal, da Caatinga, do Cerrado, da Mata Atlântica,
do Pampa”, ponderou o ministro, e afirmou que “é
inadmissível não monitorar os outros
biomas, que muitas vezes são mais agredidos
do que a Amazônia.”
O monitoramento é feito
comparando imagens atuais dos satélites CBERS,
Landsat e ALOS com um estudo do Programa de Conservação
e Utilização Sustentável da
Diversidade Biológica Brasileira-Probio,
que levantou os remanescentes da cobertura dos biomas
entre os anos de 2002 e 2006.
Uma “máscara” com as áreas
antropizadas apontadas pelo Probio é sobreposta
a imagens de satélite atuais, a partir daí
são evidenciadas as áreas destruídas
entre o período em que foi feito o levantamento
dos remanescentes e 2008. A previsão é
que em um ano os remanescentes dos cinco biomas
estejam atualizados. Os dados referentes ao Cerrado
devem ter uma prévia no mês de setembro,
e os da Caatinga em novembro.
Minc afirmou que a partir desses
dados será possível incluir metas
de redução dos desmatamentos nos biomas
na revisão do Plano de Mudanças Climáticas
em abril de 2010.
No caso específico do Cerrado,
a análise de algumas imagens mais recentes
apontam para a destruição de cerca
de 10% das áreas remanescentes do bioma mapeadas
no Probio em 2002, um ritmo três vezes mais
acelerado de devastação do que o da
Amazônia, que em 40 anos perdeu cerca de 20%
da cobertura florestal.
Para o chefe do Centro de Sensoriamento
Remoto do Ibama, Humberto Mesquita Júnior,
“o trabalho permitirá montar estratégias
nos próximos anos, levando em consideração
a dinâmica do desmatamento em cada um dos
biomas, tornando a fiscalização mais
eficiente nesses cenários, pois hoje trabalhamos
apenas atendendo denúncias ou em situações
ou áreas específicas.”
Ascom/Ibama
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Técnicos do Ibama participam
de simulação de derramamento de oleo
diesel em Brasília
Brasília (20/04/2009) -
Servidores da Coordenação Geral de
Emergências Ambientais do Ibama (CGEMA) participaram
na última semana de uma simulação
de derramamento de óleo diesel originado
em duto. A atividade ocorreu na comunidade da Estrutural
em Brasília, no poliduto OSBRA da empresa
Transpetro.
Para simular o rompimento de duto
causado por uma escavadeira, que estaria realizando
trabalhos no local e o vazamento de 8.000 litros
de óleo, foram colocados na água anilina
e pipocas. Participaram do exercício várias
instituições, entre elas a Defesa
Civil, o Corpo de Bombeiros e o Instituto Brasília
Ambiental.
O principal objetivo de simulações
como essa é preparar as instituições
para o acontecimento de um acidente real, mostrando
com antecedência as falhas que podem ocorrer
e precisam ser corrigidas. Em resposta a emergência,
é utilizado o Sistema de Comando de Incidentes
(SCI) pelos órgãos participantes.
Rebeca Silva
Ascom/Ibama
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Madeira da Amazônia é
apreendida no Ceará
Fortaleza (22/04/2009)- Em conjunto
com a Polícia Rodoviária Federal,
uma equipe de fiscalização do Ibama
interceptou ontem um caminhão que transportava
madeira serrada proveniente da amazônia em
desacordo com a autorização apresentada.
A abordagem aconteceu na altura do Km 330 da BR
304, no município de Aracati. Durante a vistoria,
foi constatado que o veículo transportava
52m³ de madeira serrada, em desacordo com a
Guia Florestal do Estado do Pará (GF3), que
autorizava o transporte de apenas 32 m³.
A carga tinha origem em Santarém/PA
e seguiria até Recife/PE. O caminhão
e toda a madeira transportada ilegalmente foram
apreendidos. Foi lavrado auto de infração
no valor de R$ 15.500 e além do processo
administrativo o autuado pelo transporte ilegal
sofrerá ação penal.
Mariangela Bampi
Ascom/Ibama/CE