26 Apr
2009 Siracusa, Sicília A Rede WWF recebeu
bem o acerto dos ministros de meio ambiente das
nações mais industrializadas e de
alguns dos países em desenvolvimento para
diminuir a perda de espécies em todo o mundo.
No entanto, a organização continua
preocupada com o fracasso na obtenção
de avanços nas conversações
sobre mudanças climáticas.
Os membros do Grupo dos Oito -
G8, ao concluírem seu encontro na Sicília,
assinaram uma carta para estender o tratado sobre
perda de biodiversidade, mas fracassaram ao não
obter progresso em algumas das questões chaves,
entre elas as metas de redução de
emissões.
“Estamos muito contentes pelo
fato de esses países reconhecerem a importância
da biodiversidade para a prosperidade humana e a
necessidade de protegê-la mais fortemente”,
declarou Kim Carstensen, líder da Iniciativa
Climática da Rede WWF.
“Eles precisam admitir a necessidade
de chegar a um acordo contendo um ambicioso pacote
contra as mudanças climáticas. Sem
isso, não conseguiremos proteger a biodiversidade.
Nós não vimos grande avanço
nos compromissos assumidos para uma atuação
contra as mudanças climáticas.”
A cúpula reuniu os membros
do G-8: Grã-Bretanha, Canadá, França,
Alemanha, Itália, Japão, Rússia
e Estados Unidos. A reunião contou também
com a presença de economias emergentes, como
China, Índia, Brasil e México.
A rede ambientalista mundial WWF
tinha a esperança de que a reunião
seria aproveitada como uma oportunidade não
apenas de diminuir a distância entre as nações
ricas e pobres mas, ainda, para influenciar as lideranças
a criarem pacotes econômicos e de tecnologia
verde que fossem mais ambiciosos.
"Os ministros do Meio Ambiente
concordam em que os pacotes de recuperação
econômica devem ser mais verdes. Isso é
positivo e nós estamos ansiosos para vê-los
fazer avançar essa agenda em nível
de chefes de Estado”, afirmou Carstensen.
As próximas conversações
da ONU sobre clima -- que fazem parte de uma série
de eventos que culminam em dezembro, em Copenhague,
com um novo acordo para substituir o Protocolo de
Quioto das Nações Unidas – estão
programadas para ocorrer de 1 a 12 de junho em Bonn,
na Alemanha.
O WWF destaca que os países
industrializados, se quiserem chegar a um acordo
na cúpula de Copenhague, precisam se comprometer
com metas intermediárias de redução
de emissões que sejam ambiciosas.
Eles também precisam colocar
na mesa os recursos suficientes financiar o desenvolvimento
de baixo carbono e as medidas essenciais de adaptação
nos países em desenvolvimento.
Os líderes dos países
ricos do G-8 irão se encontrar novamente
na reunião principal do Grupo em julho.
O acordo de Copenhague deve se
estender muito além de 2012, quando termina
o compromisso da primeira fase do Protocolo de Quioto,
que reúne 37 nações adiantadas
comprometidas em cortar as emissões de carbono.
O Protocolo de Quioto ficou atrelado à recusa
dos Estados Unidos, que na administração
do ex-presidente George W. Bush negou-se a assinar
o documento.