27/04/2009
O mosaico de Unidades de Conservação
Grande Sertão Veredas-Peruaçu foi
oficialmente reconhecido hoje (27) pelo Ministério
do Meio Ambiente. Portaria assinada pela ministra
interina, Izabella Teixeira, institui o modelo de
gestão que vai integrar dois parques nacionais,
três estaduais, três áreas de
proteção e uma reserva estadual, além
de uma reserva particular do patrimônio natural.
As unidades de conservação
mantêm sua autonomia de gestão e será
criado um conselho, que contará também
com representantes de várias entidades da
sociedade civil, para ser consultado sobre as decisões
que afetem o mosaico. O modelo é previsto
pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação
e tem como finalidade principal integrar UCs próximas
e promover a criação de corredores
ecológico, importantes para a preservação
da biodiversidade.
A idéia básica é
que em vez de parques-ilhas, o sistema de mosaico
possa englobar diversas áreas para o trabalho
conjunto. O processo, em andamento em várias
regiões onde unidades de conservação
guardam proximidade geográfica, já
foi adotado em várias regiões. O modelo,
financiado pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente,
requer a integração entre governos
estadual, federal e municipal, muitas vezes em mais
de um estado. As negociações para
o Grande Sertão começaram há
mais de dois anos.
O Parque Nacional Grande Sertão
Veredas, com 231 mil 600 hectares, escapou por pouco
de se transformar em monótona plantação
de soja. Região imortalizada na obra do escritor
Guimarães Rosa, que emprestou seu nome à
UC, é formado por veredas e chapadões
do cerrado de beleza natural incomparável.
Já o parque nacional do Peruaçu fica
numa das regiões com o maior número
de cavernas naturais, o vale é importante
ponto de visitação.
Texto: Paulenir Constancio
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Reutilização de
óleos lubrificantes supera meta estabelecida
pelo conama
27/04/2009 A cadeia produtiva
do petróleo, que costuma ser pouco auspiciosa
nas questões ambientais, é portadora
de boas notícias. Nos doze meses de 2008,
os distribuidores de derivados superaram a meta
estabelecida pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente
para a coleta de óleos lubrificantes usados
ou contaminados (Olucs) 2008. Os veículos
automotores e demais equipamentos que utilizam óleos
lubrificadores devolveram ao rerrefino 359.453 m³,
técnica que permite a reutilização
com as mesmas características do original,
superando em 4% o que ficou estabelecido pelo Ministério
do Meio Ambiente. A resolução do Conama
que trata do assunto determina que essa é
a única destinação possível
para reduzir o potencial poluidor do produto. O
Brasil ocupa a quinta posição no ranking
dos países que mais reciclam seu óleo.
A quantidade coletada corresponde
a 37,63% do óleo lubrificante consumido no
Brasil, um pouco acima dos 33,4% estabelecido pela
portaria interministerial do Meio Ambiente e das
Minas e Energia. O documento instituiu tabela com
metas de recolhimento progressivo de até
35,9% para 2011.
O óleo lubrificante usado
ou contaminado é considerado um resíduo
tóxico persistente e perigoso para o meio
ambiente e para a saúde humana se não
for gerenciado de forma adequada. A prática
tecnicamente recomendada para evitar a contaminação
química é o envio do resíduo
para a regeneração e recuperação
por meio do processo industrial de rerrefino.
O rerrefino é bom para
meio ambiente e contribui para diminuir os problemas
de saúde causados pelo consumo de combustíveis
fósseis e seus derivados. Não bastasse
isso, também dá lucro às empresas,
pois reduz a importação de petróleo
leve, geralmente utilizado pelas indústrias
para produzir óleo lubrificante. A Resolução
do Conama determina que produtores e importadores
são obrigados a coletar o óleo lubrificante
usado.
Fonte: Carlos Américo