Panorama
 
 
 

SEMINÁRIO DEBATE EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM SETORES SINDICAL E EMPRESARIAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2009

30/04/2009 A proposição de um canal de diálogo com os setores sindical e empresarial para debater suas ações de educação ambiental está entre os principais objetivos do seminário Desafios e Perspectivas da Educação Ambiental no Setor Empresarial e Sindical a ser realizado nos dias 6 e 8 de maio em Salvador/BA . Promovido pela Câmara Técnica de Educação Ambiental do Conselho Nacional de Meio Ambiente, o fórum de debates vai também discutir uma proposta normativa de regulação do Artigo 3º da Lei 9.795/99, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental.

A gerente de Projetos do Departamento de Educação Ambiental (DEA) do MMA, Mônica Serrão, explicou que o seminário tem entre seus objetivos o oferecimento de subsídios ao Conselho Nacional de Meio Ambiente à elaboração de uma resolução sobre educação ambiental. Segundo ela, além deste objetivo, a realização do seminário é importante porque traz para um mesmo fórum o debate sobre responsabilidade socioambiental e a questão do licenciamento "e é importante marcar a diferença entre as duas questões", disse.

Durante três dias, os participantes do encontro estarão empenhados em encontrar formas que facilitem a socialização dos resultados das experiências e debates sobre as práticas de Educação Ambiental realizadas pelos setores empresarial e sindical. Também estarão definindo, com os movimentos sociais e sindical, a atuação na democratização dos debates socioambientais e na construção da Educação Ambiental no contexto de políticas públicas de licenciamento ambiental e as relações público/privado na atual conformação socioeconômica. Vão também debater as implicações públicas da lógica de projetos e de empreendimentos privados com promotores e indutores de ações socioambientais.

No primeiro dia do evento (6), sob a coordenação da secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Samyra Crespo, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Carlos Frederico, e o assessor da senadora Marina Silva, Pedro Ivo, debatem o tema "Panorama Brasileiro de Práticas Empresariais e Sindicais em Educação Ambiental". Neste mesmo dia, será lançada a publicação: Educação Empresarial no Brasil, que reúne 22 autores.

Para o segundo dia do encontro, está programada a mesa-redonda - Compartilhando Enfoques, Experiências e Indicadores de Educação Ambiental, com a participação de Mauro Guimarães (UFRJ), Rachel Trajber, coordenadora de Educação Ambiental do MEC, e Nelton Friedrich, diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu Binacional. Na programação seguinte, o diretor do Conama, Nilo Diniz, coordena a mesa onde serão divulgados Estudos de Casos e Relatos de Experiências. À noite, está previsto o lançamento do livro Educação Ambiental no Contexto de Medidas Mitigadoras e Compensatórias de Impactos Ambientais: a Perspectiva do Licenciamento - organizado por Carlos Frederico Loureiro.

O último dia do evento será dedicado aos grupos de trabalho que se dividirão entre os temas: Olhares e experiências no exercício da responsabilidade socioambiental; Olhares e ações para mecanismos de incentivo, financiamento, e redes de fundos para a Educação Ambiental; Deliberações da III CNMA, com vistas à regulamentação do Artigo 3º, da lei 9.795. O seminário termina ainda pela manhã com a apresentação à plenária dos grupos de trabalhos.
Texto: Suelene Gusmão

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MMA defende, no Senado, legislação ambiental brasileira

29/04/2009 A legislação ambiental brasileira, especialmente o Código Florestal, não inviabiliza o crescimento da produção agrícola e pecuária do País, mas lhe garante uma reserva florestal de alto valor socioeconômico e essencial para a estratégia mundial de enfrentamento das mudanças climáticas pela redução das emissões de carbono. Esta é a posição que o Ministério do Meio Ambiente levou nesta quarta-feira à audiência pública convocada por onze comissões temáticas do Senado Federal para debater "O alcance territorial da legislação ambiental e indigenista e as implicações para o agronegócio". Em nome do órgão, Tasso Azevedo contestou a tese do engenheiro agrônomo Evaristo Eduardo de Miranda, pesquisador da Embrapa - que motivou a audiência - de que 70% do território brasileiro são vetados à produção porque constituem unidades de conservações, reservas indígenas, reservas legais ou áreas de preservação permanente.

"Essas medições, especialmente das áreas de reserva legal, estão superestimadas. E em mais de dois terços das áreas protegidas é permitida a exploração econômica através da produção sustentável, do manejo florestal e do agroextrativismo", frisou Tasso.

O representante do MMA demonstrou que, das áreas protegidas consideradas por Evaristo de Miranda, apenas 22% constituem-se em unidades de conservação de proteção integral. Mesmo assim elas podem ser importantes pólos de ecoturismo e gerar riquezas significativas num dos nichos de mercado mais promissores do mundo. As APPs - margens de rios, topos e encostas de morros - que representam cerca de 30% do total protegido, podem ter uso intensivo não florestal na prestação de serviços ambientais. Os restantes 48%, constituídos de reservas indígenas, reservas extrativistas, áreas de proteção integral, florestas nacionais, reservas legais e áreas de proteção ambiental, podem e já estão sendo utilizadas de modo sustentável para a produção de alimentos, madeira e outros produtos agroflorestais.

Com a intensificação da exploração agroflorestal sustentável e a utilização da tecnologia já existente para aumentar a produtividade nas terras destinadas a lavouras e pastagens, o País não corre nenhum risco de comprometer sua produção de alimentos. Tasso lembrou que, destinando 300 milhões de hectares à agricultura e pecuária o Brasil terá a quarta maior área de uso intensivo do planeta (só perderá para os Estados Unidos, a China e a Austrália) e destinará 1,5 ha para alimentar cada habitante (nos EUA é 1,3 ha). Uma posição bastante confortável, do ponto de vista da disponibilidade de terras, para recuperar a cobertura florestal nos 50 milhões de hectares que foram desmatados ilegalmente e cumprir a sua parte no desafio planetário de reduzir as emissões de carbono e segurar em limites suportáveis o aquecimento global.
Texto: Lucia Leão

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Ministério vai unificar exigência de educação ambiental no licenciamento

28/04/2009 O Ministério do Meio Ambiente e o Ibama estudam a possibilidade de unificar os critérios de investimentos em ações de educação ambiental como pré-requisito para o licenciamento ambiental dentro do que prevê a Lei 9.795. As medidas mitigatórias e compensatórias são exigidas principalmente de grandes empreendimentos com fortes impactos ambientais como os das áreas de petróleo e hidrelétricas, já que em obras de pequeno e médio porte as medidas são entendidas de forma dispersa. Espera-se que a proposta melhore o entendimento sobre o tema e abra a possibilidade de trabalhar o licenciamento ambiental como forma de assegurar o financiamento de projetos de educação ambiental, área carente de fontes de recursos específicas. Nesta quarta-feira (29) é a primeira reunião do grupo de trabalho que deve propor mecanismos legais, priorizando a aplicação em programas de educação ambiental junto às populações atingidas pelo empreendimento, conforme define a legislação em vigor.

O artigo 18 da lei que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental, que estabelecia que 20% das multas por crimes ambientais fossem destinados para a educação ambiental, foi vetado, deixando o setor sem dotação orçamentária específica própria. Nenhum outro dispositivo foi colocado no lugar. Para o Ibama, a falta de uma definição clara sobre o que vem a ser projeto de educação ambiental deixa brechas para que os empreendedores defendam vários pontos de vista que nem sempre atendem aos objetivos da legislação.

Durante o seminário "10 anos da Política Nacional de Educação Ambiental: avanços e necessidades em busca de uma sociedade sustentável", nesta terça-feira (28), a gerente de projeto do Departamento de Educação Ambiental do MMA, Mônica Armond, explicou que a idéia é adotar modelos como o do Rio de Janeiro, onde as empresas são obrigadas a ensinar à população sobre as questões ambientais, como benefícios para a conservação. Esse tipo de trabalho tem influência direta na participação da sociedade nas tomadas de decisão.

Para Mônica, a grande dificuldade é o controle e a fiscalização adequada sobre como será realizada a educação ambiental nesses casos. Para ela, é necessário fazer um diagnóstico da região onde será implementado o empreendimento e formular projetos que sejam coerentes com a realidade da população local. A avaliação é feita pela área técnica do Ibama, pois nem toda a população atingida tem prejuízos com as obras. A implementação enfrenta alguns desafios, como conseguir equipes com experiência comprovada na promoção de ações de educação ambiental e incentivar a participação dos municípios dos projetos.

O Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente exercerá a função de secretaria-executiva do grupo de trabalho, que terá prazo de 90 dias para concluir os trabalhos. A proposta do GT prevê que o empreendimento trabalhe a educação ambiental durante o período em que valer a licença ambiental. Isso possibilita o desenvolvimento, junto com a sociedade, de uma agenda de prioridades para a região, com projetos educativos de médio e longo prazos.

O GT é composto por representantes do Departamento de Educação Ambiental do MMA, das coordenações-gerais de Infra-Estrutura de Energia Elétrica, de Transporte, Mineração e Obras e Petróleo e Gás do Ibama e da DIUSP do Instituto Chico Mendes.

Durante o seminário que celebrou os 10 anos da PNEA, avaliando as ações realizadas e áreas em que devem avançar a educação ambiental, a diretora do Departamento de Educação Ambiental anunciou que em julho acontece o VI Fórum Nacional de Educação Ambiental, de 20 a 25 de julho, no Rio de Janeiro.
Texto: Carlos Américo

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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