Panorama
 
 
 

CONSÓRCIO ESTUDA ALTERNATIVA PARA FERTILIZANTES IMPORTADOS NA ÁREA DE BIOCOMBUSTÍVEIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2009

11 de Maio de 2009 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Um consórcio de instituições, coordenado pelo Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) do Ministério da Ciência e Tecnologia, está desenvolvendo um estudo estratégico sobre minerais alternativos aos fertilizantes importados atualmente pelo Brasil para uso na indústria de biocombustíveis. A pesquisa, feita a pedido do governo federal, tem financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com recursos de R$ 400 mil, oriundos do Fundo Setorial Mineral.

Segundo o coordenador do estudo, Francisco Fernandes, do Cetem, atualmente, o Brasil é o terceiro maior importador mundial de potássio e rocha fosfática, minerais básicos para a produção de fertilizantes. Ele informou que, no ano passado, a importação de agrominerais chegou a US$ 3,4 bilhões.

"O Brasil importa em torno de 80% dos fertilizantes usados na produção agrícola. Como a política do governo prevê a expansão dos biocombustíveis líquidos à base de soja e de cana-de-açúcar, será preciso adquirir no exterior mais fertilizantes, que representam um quarto do custo agrícola."

Fernandes disse que vem daí o interesse em pesquisas para identificação de minerais alternativos, que levem a um modelo de adubação mais adequado para o Brasil do que o modelo adotado pelos países do Primeiro Mundo, que têm estações bem definidas no ano. “Estamos em um país tropical com grande intemperismo [conjunto de processos que levam à degradação e decomposição das rochas] e precisamos de um modelo mais adequado”, destacou o pesquisador. O modelo adotado no Brasil usa três substâncias básicas: nitrato, fosfato e potássio (NPK). A pesquisa procura uma rota alternativa, buscando rochas que também tenham esses elementos químicos.

Além do interesse em descobrir um modelo de adubação adaptado ao clima e à cultura do Brasil, pretende-se mostrar que o país tem reservas minerais importantes, que ainda não foram exploradas e poderiam ser postas em operação. Assim as substâncias para os fertilizantes passariam a ser extraídas dos minérios locais. Simultaneamente, as concessionárias das minas deveriam expandir a produção, acrescentou Fernandes.

Segundo ele, tais empresas tomaram conta do mercado e impedem o desenvolvimento dos biocombustíveis. “Três empresas controlam o setor e não andam muito interessadas em tirar o minério nacional. Não estão fazendo investimentos suficientes para ampliar a sua escala. E, ao mesmo, controlam a distribuição. Controlam o consumo e, até, são grandes importadoras”, afirmou Fernandes.

Uma das minas, localizada em Minas Gerais, tem 250 anos de vida útil. Isso significa que a escala de produção é pequena e poderia ser duplicada, passando a vida útil a ser de 125 anos. Fernandes insistiu que as trading companies (companhias comerciais exportadoras) estão produzindo “uma quantidade insignificante para as necessidades do país e também para o volume das jazidas brasileiras”. Se a capacidade produtiva das minas existentes aumentar, a dependência brasileira da importação de fertilizantes poderia cair para 40% em dois anos.

O pesquisador disse que os minerais que poderão resultar em fertilizantes fabricados no Brasil não deverão ser agressivos ao meio ambiente. “A ideia é que, através de processos tecnológicos amigáveis, isto é, com utilização de tecnologias limpas, essas substâncias possam se transformar em adubos minimamente agressivos ao meio ambiente.”

Fernandes pretende apresentar ao governo federal as primeiras conclusões do estudo em janeiro do ano que vem. “Vamos produzir uma agenda de prioridades para o governo, de longo prazo.”

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.