08/05/2009 - Ao participar do
lançamento do segundo volume dos Cadernos
de Tecnologia do Instituto Nacional de Tecnologia
(INT/MCT), realizado esta tarde no Rio de Janeiro,
o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, voltou
a defender a importância de o Brasil investir
em fontes renováveis de energia como a eólica
e destacou as parcerias interministeriais como fundamentais
para o sucesso de ações governamentais.
"A tecnologia é fundamental
para o nosso trabalho, desde o monitoramento do
clima e do ambiente, que vem sendo feito como o
apoio do INPE, até a criação
de alternativas tecnológicas limpas. Sem
a tecnologia viabilizando alternativas energéticas,
alternativas às cadeias produtivas, nossos
esforços são paleativos", destacou
o ministro.
No encontro ele enfatizou também
que não vai ceder ao lobby do setor elétrico
que se movimenta para revogar regra baixada há
três semanas que obriga novas usinas térmicas,
a carvão e óleo combustível,
a arcarem com os custor da mitigação
integral suas emissões. "Não
tem volta", insistiu, "a regra será
mantida".
Para ele, o argumento do setor
de que a medida eleva os custos e pode inviabilizar
o negócio não está correta.
"Eles estão apenas internalizando custos
sociais e ambientais que, se não pagarem,
serão cobrados da sociedade", defendeu.
As usinas movidas a carvão
representam hoje 1,4% da geração de
energia elétrica no país, enquanto
as usinas a óleo são responsáveis
por 4,6% da matriz. Já as usinas a gás
produzem quase o dobro das térmicas a carvão
e óleo juntas.
A instrução normativa
do Ibama é um dos instrumentos do governo
para cumprir as metas do Plano Nacional sobre Mudança
do Clima. Um dos objetivos do plano é dobrar
a área de florestas no país em 2020,
de 5,5 milhões de hectares para 11 milhões
de hectares. Antes disso, em 2015, o país
deverá plantar mais árvores do que
corta.
Em relação às
usinas térmicas a carvão e óleo,
a instrução determina que elas compensem
pelo menos um terço das emissões de
gases-estufa por meio de programas de reflorestamento,
metade disso com espécies nativas. O restante
das emissões deverá ser compensado
por meio de investimentos em energias renováveis,
como a eólica, ou por programas de eficiência
energética.
Palestra - Pela manhã o
ministro Carlos Minc esteve na Universidade Estadual
do Rio de Janeiro (foto) onde proferiu a palestra:
Mudanças Climáticas e seus efeitos
sobre o ambiente e a saúde. Promovido pela
Sub-Reitoria de Extensão e Cultura, o evento
antecipou o debate em torno da pauta da I Conferência
Nacional de Saúde Ambiental, agendada para
dezembro deste ano, em Brasília.