8 de Maio de 2009 - Bruno Bocchini
- Repórter da Agência Brasil - São
Paulo - Indígenas que ocupavam o prédio
da coordenadoria regional da Fundação
Nacional de Saúde (Fuanasa), na região
central de São Paulo, fecharam hoje (8) à
tarde um acordo com a presidência da entidade
e encerraram a manifestação.
Cerca de 70 índios de 36
etnias do estado ocuparam o prédio do órgão
do Ministério da Saúde na terça-feira
(5). Na noite da quarta-feira, deixaram o edifício
pacificamente após a Funasa ter obtido na
Justiça Federal um mandado de reintegração
de posse. Os indígenas passaram a acampar
na rua em frente à sede regional da entidade.
Hoje, no período da manhã, voltaram
a ocupar o prédio até o acordo com
o presidente da entidade, Danilo Bastos Forte, ser
fechado.
Inicialmente, os indígenas
pediam a demissão do coordenador regional,
Raze Rezek, como condição para deixar
o prédio. De acordo com eles, Rezek não
fazia uma boa gestão à frente da coordenadoria.
Os índios reivindicavam também melhorias
na infraestrutura das aldeias. Eles alegavam ainda
que remédios vencidos chegaram a ser enviados
às aldeias pela Funasa.
No acordo de hoje, o afastamento
do coordenador não foi aceito pela Funasa.
No entanto, o presidente da entidade se comprometeu
a realizar cinco ações, entre elas,
a liberação de materiais e equipamentos
de sanamento para a ampliação da rede
de abastecimento de água nas aldeias; a liberação
de dez veículos exclusivamente para o atendimento
à saúde da população
indígena; e a garantia de que a execução
do orçamento do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC), que estava prevista para o
período de 2007 a 2010, será executada
nos anos 2009 e 2010, sem prejuízo dos valores
não aplicados nos anos de 2007 e 2008. Também
ficou acordada uma nova reunião para o próximo
dia 20, em Brasília.
“Saímos do prédio
porque ficamos satisfeitos com a negociação”,
disse o porta-voz dos indígenas, cacique
Darã. Ele não quis comentar a negativa
da demissão de Rezek.
+ Mais
Grupo acampado em frente à
Funasa aguarda reforço de 150 índios
em São Paulo
7 de Maio de 2009 - Marli Moreira
- Repórter da Agência Brasil - São
Paulo - O grupo de representantes dos povos indígenas
do estado de São Paulo – acampado desde a
noite de ontem (6) na calçada em frente ao
prédio da sede regional da Fundação
Nacional de Saúde (Funasa), no centro – vai
receber o reforço de aproximadamente 150
índios vindos de aldeias das 36 etnias espalhadas
pelo estado. A idéia, como disse hoje (7)
à Agência Brasil um dos porta-vozes
dos manifestantes cacique Daran, é alternar
palavras de ordem com rituais indígenas.
O objetivo é pressionar
o órgão a afastar Raze Rezek do comando
da Coordenação Regional em São
Paulo (Core/SP). Para isso, o grupo invadiu, há
dois dias, o escritório da Funasa, o que
chegou a causar tensão entre os cerca de
cem funcionários. A saída ocorreu,
no final da noite de ontem (6), após os manifestantes
serem informados que a Justiça Federal havia
acatado o pedido da Funasa de reintegração
de posse.
Eles acusam o superintendente
de má gestão dos recursos que deveriam
ser destinados ao pagamento de medicamentos para
as aldeias do estado. Rezek, na avaliação
dos índios, teria deixado de executar verbas
destinadas à saúde indígena
Em nota divulgada ontem (6), o
presidente da Funasa, Danilo Forte, rebateu as críticas
dos manifestantes contra a gestão de Rezek,
salientando que ao contrário das queixas
dos índios as obras de saneamento e as melhorias
no atendimento à saúde indígena
na aldeias de São Paulo estão sendo
executadas, mas não podem ser concluídas
de maneira tão rápida.
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Índios desocupam prédio
da Funasa em São Paulo e acampam na rua
6 de Maio de 2009 - Bruno Bocchini
- Repórter da Agência Brasil - Brasília
- Os índios que ocupavam desde ontem (5)
o prédio da Fundação Nacional
de Saúde (Funasa), em São Paulo, acabaram
de sair do local e, agora, vão acampar na
rua em frente ao prédio. Eles deixaram o
prédio depois que as negociações
com a Funasa fracassaram.
Os índios pediram a demissão
Raze Rezek, superintendente da coordenação
regional da Funasa em São Paulo, como condição
para desocupar o prédio. A decisão
de sair da sede do órgão foi tomada
porque a Funasa obteve na Justiça Federal
mandado de reintegração de posse do
prédio.
As lideranças indígenas
disseram que vão permanecer acampadas na
frente do prédio até que Rezek seja
demitido. Elas acusam o superintendente de má
gestão dos recursos que deveriam ser destinados
ao pagamento de medicamentos para as aldeias do
estado. Rezek, na avaliação dos índios,
teria deixado de executar verbas desatinadas à
saúde indígena.
+ Mais
Índios mantêm ocupação
da Funasa em São Paulo
6 de Maio de 2009 - Bruno Bocchini
- Repórter da Agência Brasil - São
Paulo - Cerca de 70 índios de 36 etnias do
estado de São Paulo mantêm a ocupação
do prédio da coordenadoria regional da Fundação
Nacional de Saúde (Funasa) na capital paulista.
Neste momento, lideranças indígenas
estão reunidas com o chefe de gabinete da
presidência da Funasa, Moisés Santos,
e o delegado da Polícia Federal Flávio
Trivella, negociando a desocupação.
As reivindicações
dos indígenas são principalmente as
melhorias do saneamento e do sistema de transporte
das aldeias, além da demissão do coordenador
regional da Funasa de São Paulo, Raze Rezek.
De acordo com os índios,
as aldeias estão recebendo remédios
vencidos da Funasa. Segundo eles, em razão
da má gestão da coordenação
de São Paulo, a entidade deixou de investir
na área de saúde indígena no
estado mais de R$ 1 milhão.
De acordo com a Funasa, o chefe
de gabinete veio a São Paulo já com
um pedido de reintegração de posse
do prédio em mãos. Até o momento,
não há confirmação se
o pedido foi encaminhado à Justiça.
+ Mais
Funasa pedirá reintegração
de posse se ocupação não terminar
hoje
6 de Maio de 2009 - Gilberto Costa*
- Repórter da Agência Brasil - Brasília
- O presidente da Fundação Nacional
de Saúde (Funasa), Danilo Forte, anunciou
que pedirá a reintegração de
posse da sede da coordenação regional
do órgão em São Paulo (Core/SP)
caso os indígenas não desocupem o
prédio hoje (6).
Segundo Forte, o pedido já
está pronto e se for necessário será
apresentado pela regional. O chefe de gabinete da
Presidência da Funasa, Moisés Santos,
está em São Paulo com o pedido em
mãos.
A ocupação teve
início na manhã de ontem, quando um
grupo de cerca de 70 indígenas, representando
36 etnias existentes em São Paulo, ocupou
a Core/SP exigindo maior celeridade das ações
da Funasa e o afastamento do coordenador da Fundação
no estado, Raze Rezek.
Danilo Forte não descartou
aceitar a demissão de Rezek que ontem por
fax pediu seu desligamento, mas afirmou que não
negocia “sob coação” dos indígenas.
Para o presidente da Funasa, “os índios estão
radicalizando”. Em entrevista coletiva, Forte afirmou
que foi “surpreendido” com a ocupação.
Esta foi a segunda vez que Raze
Rezek pediu demissão. Em dezembro do ano
passado, Danilo Forte admitiu que recebeu “um fax
igual”, mas manteve o coordenador porque, em sua
avaliação, “tem postura executiva
boa”. O presidente da Funasa reconheceu que, naquela
época, já havia problemas, mas não
quis afastar Rezek porque achou “que a culpa não
estava nele. A culpa estava na falta de estrutura”.
Danilo Forte elogiou o trabalho
de Raze Rezek, mas considerou que o coordenador
pode ter como deficiência “a falta de aptidão”
e “traquejo” para lidar com os movimentos sociais.
Em nota, que “repudia todo e qualquer
tipo de violência como forma de negociação”,
a Funasa disse que o estado de São Paulo
“tem a melhor cobertura sanitária do país”,
pois 95% da população aldeada têm
abastecimento de água. Segundo Danilo Forte,
todas as demandas apresentadas pelos indígenas
no ano passado “foram atendidas” ou “estão
encaminhadas”, disse, se referindo às obras
de engenharia, que seguem o trâmite de licitações
públicas prevista em lei (Lei 8.666, de 1993).
+ Mais
Índios pedem saída
de coordenador da Funasa
5 de Maio de 2009 - Ivy Farias
- Repórter da Agência Brasil - São
Paulo - Cerca de 40 índios estão desde
o começo desta manhã no prédio
da Fundação Nacional de Saúde
(Funasa) em São Paulo protestando por melhorias
na saúde. Eles pedem ainda a saída
do coordenador da Funasa na região.
Os indígenas afirmam que
os recursos da saúde não chegam às
aldeias. O representante índigena Awa afirmou
à Agência Brasil que os funcionários
que estavam como reféns serão liberados
e apenas os coordenadores da Funasa permanecerão
no prédio.
"Queremos que o saneamento
seja melhorado nas nossas regiões",
afirmou Awa.
A assessoria de comunicação
da Funasa informou que o clima no local é
pacífico. Segundo a assessoria, até
o momento, os índios apenas impedem que as
pessoas saiam do prédio. A Funasa afirmou
que irá liberar uma nota sobre a ocupação
até o fim do dia.