13/05/2009 - O livro Charles Darwin,
em um futuro não tão distante, será
lançado hoje (13), às 20h, no Museu
Nacional, na Esplanada dos Ministérios, em
Brasília (DF). A publicação
é do Instituto Sangari e organizada pelos
pesquisadores e professores do Museu de Zoologia
de São Paulo, Maria
Isabel Landim e Cristiano Moreira.
Segundo Bianca Rinzler, diretora
executiva do Instituto, o lançamento é
uma oportunidade de levar à capital brasileira
um debate sobre a obra do naturalista inglês,
que não só se notabilizou por criar
a teoria da evolução por meio da seleção
natural, que revolucionou a biologia moderna, como
tornou-se referência para todos os que se
preocupam com os destinos da humanidade,
Em 2009, o mundo comemora os 200
anos do nascimento de Darwin, com eventos, palestras,
debates e exposições que percorrem
diversos países. Também este ano,
o livro de Darwin, A origem das espécies,
completou 150 anos.
"A teoria sobre a origem
e a evolução das espécies,
desenhada por Darwin de modo elementar há
150 anos, tem influenciado diretamente muitos pensadores
e pesquisadores. Só em 2008 foram proferidas
cerca de cem palestras pelo País por profissionais
atuantes em diversos campos, que partem da teoria
evolutiva para compreender melhor atividades nas
áreas de computação, psicologia,
plantas e reino animal", assinala Landim.
O livro é o resultado de
palestras proferidas por pesquisadores na mostra
Darwin: Descubra o homem e a teoria revolucionária
que mudou o mundo, realizada pelo Instituto Sangari
em parceria com o American Museum of Natural History,
em Nova York (EUA), apontado como o maior museu
de história natural do mundo.
Metodologia
Segundo Ben Sangari, presidente
da Sangari Brasil e do Instituto Sangari, o método
de investigação utilizado por Charles
Darwin para a formulação de sua teoria
evidencia a força do questionamento, do levantamento
de hipóteses, do pensamento crítico
e da análise comparativa de dados, competências
muito necessárias à formação
de jovens nos dias de hoje.
"O que Darwin nos demonstrou
é que a pesquisa, a investigação
e a análise crítica das informações
é uma inestimável fonte geradora de
conhecimento, pois permite transformar o mundo de
modo consistente e duradouro, sem necessariamente
afrontar valores espirituais e morais que dizem
respeito às crenças de cada sociedade",
destaca Sangari.
No lançamento hoje serão
doados 505 exemplares às bibliotecas de todas
as escolas públicas do Ensino Fundamental
do DF. De acordo com Rinzler, a doação
visa não apenas melhorar o acervo dessas
bibliotecas, mas colocar à disposição
dos alunos um estudo brasileiro sobre os impactos
da pesquisa de Darwin nos mais diversos ramos da
Ciência.
"Além disso, as escolas
públicas do DF, que reúnem mais de
310 mil estudantes, adotam, desde o início
de 2008, o Programa Ciência e Tecnologia com
Criatividade (CTC), que fundamenta o Ciência
em Foco. Essa solução educacional,
desenvolvida pela Sangari Brasil, objetiva promover
o ensino de Ciências no Ensino Fundamental
por meio de ações integradas, como
formação de professores e materiais
didáticos, orientadas pela Metodologia da
Investigação, que considera o aluno
como sujeito ativo, construtor do conhecimento",
explica Rinzler.
A mostra sobre Darwin promovida pelo Instituto Sangari
circula por várias cidades até o final
do ano.
+ Mais
Bertha Becker fala sobre Amazônia
e os desafios da sustentabilidade
12/05/2009 - A pesquisadora Bertha
Becker, apontada como referência mundial sobre
a região amazônica, ministra hoje (12),
a conferência inaugural do Instituto Nacional
de Ciência e Tecnologia em Biodiversidade
e Uso da Terra da Amazônia. Aberta ao público,
a palestra A Amazônia e os desafios da sustentabilidade
será às 10h, no auditório Paulo
Cavalcante, no Campus de Pesquisa do Museu Emílio
Goeldi (MPEG), em Belém (PA).
Professora emérita da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenadora
do Laboratório de Gestão do Território
(Laget), da instituição, Bertha Becker
é membro da Academia Brasileira de Ciências
(ABC) e doutor honoris causa pela Universidade de
Lyon III, da França. Tamém é
consultora ad hoc de várias instituições
científicas e participa da elaboração
de políticas públicas nos ministérios
de Ciência e Tecnologia (MCT), da Integração
Nacional e do Meio Ambiente. O foco principal de
sua pesquisa é a Geografia Política
da Amazônia e do Brasil.
Sediado no Museu Goeldi, o INCT
Biodiversidade e Uso da Terra temn uma extensa rede
de pesquisa e a parceria de instituições
como Embrapa Amazônia Oriental, das universidade
Federal Rural da Amazônia (Ufram), Federal
do Pará (UFPA), Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), Federal de Viçosa (UFV), de Cambridge
e de Lancaster (Inglaterra), Instituto de Desenvolvimento
Econômico, Social e Ambiental do Pará
(Idesap), entre outras organizações.
O Instituto engloba grupos de
pesquisa em várias áreas do conhecimento,
que atuam nos programas inter-institucionais de
pós-graduação em botânica,
zoologia, ciências ambientais e ciências
sociais. Tem o apoio do Ministério da Ciência
e Tecnologia (MCT), Fundação de Amparo
a Pesquisa do Pará (Fapep), Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq/MCT), Capes e empresas.
O objetivo do INCT é desenvolver
um centro de excelência para o estudo da biodiversidade
e da paisagem amazônica, com vistas a incrementar
o entendimento sobre cenários futuros para
a biodiversidade e as conseqüências ambientais
e sociais de diferentes usos da terra. Suas metas
são fornecer bases científicas para
práticas econômicas sustentáveis
e educação para sustentabilidade,
apoio à políticas públicas
para a região do Arco do Desmatamento, formar
pesquisadores e divulgar o conhecimento científico
sobre as temáticas pesquisadas no âmbito
do centro.
+ Mais
INT lança publicação
com foco em Mudanças Climáticas e
Tecnologia
11/05/2009 - No lançamento
do segundo volume dos Cadernos de Tecnologia do
Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT), realizado
sexta-feira (8), no Rio de Janeiro, o ministro do
Meio Ambiente, Carlos Minc, destacou a articulação
interministerial como fundamental para o sucesso
do novo Plano de Mudanças Climáticas,
que será lançado pelo presidente Lula
nas próximas semanas. “A tecnologia é
fundamental para o nosso trabalho, desde o monitoramento
do clima e do ambiente, que vem sendo feito como
o apoio do Inpe, até a criação
de alternativas tecnológicas limpas. Sem
a tecnologia que viabiliza alternativas energéticas
e às cadeias produtivas, nossos esforços
são paleativos”, destacou. O ministro Carlos
Minc também defendeu a importância
do Fundo de Mudanças Climáticas e
do trabalho dos pesquisadores brasileiros, como
o que foi consolidado na publicação
do INT.
Estiveram presentes ao evento
também os professores Luiz Pinguelli Rosa,
diretor da Coppe/UFRJ e secretário executivo
do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas
– órgão ligado a Casa Civil da Presidência
da República, e professor titular da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, José Domingos
González Miguez, secretário executivo
da Comissão Interministerial de Mudança
Global do Clima.
O tema do novo Caderno de Tecnologia
“Mudanças Climáticas e Tecnologia”,
foi apresentado pelos autores Maria Elizabeth Morales
Carlos, da área de Energia do INT, e Mauro
Meirelles de Oliveira Santos, do Ministério
da Ciência e Tecnologia (MCT). O evento foi
seguido de um debate, com os técnicos presentes,
da área de tecnologia, meio ambiente, energia
e agricultura e do lançamento oficial da
publicação, que visa dar suporte teórico
a decisões estratégicas de gestores
e orientar os pesquisadores no desenvolvimento de
tecnologias capazes de minimizar problemas decorrentes
das mudanças climáticas que atingem
o planeta.
+ Mais
Artesãs do Amazonas ganham
prêmio por sustentabilidade ambiental
Divulgação/IDSM
- Artesã que integra o grupo premiado. -
13/05/2009 - O Grupo de Mulheres Artesãs
do Setor Coraci, da Reserva de Desenvolvimento Amanã
(RDSA), no Amazonas, é um dos vencedores
do Prêmio Sebrae Top 100 de Artesanato. A
premiação será hoje (13), no
Rio de Janeiro.
Formado por 20 mulheres, o grupo
se destaca pelo artesanato manejado de cestaria
de fibras vegetais, usando, assim, os recursos de
forma sustentável. Elas são assessoradas
pelo Programa de Artesanato do Instituto de Desenvolvimento
Sustentável Mamirauá (IDSM/MCT) e,
junto com a organização e com o Serviço
Brasileiro de Apoio à micro e Pequena Empresa
(Sebrae), do Amazonas, desenvolvem o projeto Central
de Comercialização dos Produtos Artesanais,
cujo objetivo é orientar para a melhoria
do produto artesanal e gestão do processo
produtivo.
Amanhã (14) e sexta-feira
(15), as artesãs ainda participam de rodadas
de negócios, que promovem o encontro entre
compradores e fornecedores para estimular parcerias.
Outra rodada será realizada em seis meses.
Os premiados são autorizados a usar o selo
do Prêmio Sebrae Top 100 de Artesanato e ganham
certificado, além de terem seus produtos
divulgados pelo Sebrae.
Essa edição do prêmio
recebeu 1.025 inscrições, entre artesãos
independentes ou ligados a associações,
cooperativas e micro e pequenas empresas. Os premiados
estão distribuídos em 24 estados e
no Distrito Federal. Do Amazonas, foram escolhidos
quatro. O objetivo da iniciativa é reconhecer
e valorizar o trabalho realizado por artesãos
do País, selecionando as 100 unidades produtivas
mais competitivas.
Programa de Artesanato
É um dos que fazem parte
dos cinco programas de manejo participativo do IDSM,
ao lado dos direcionados para pesca, madeira, agricultura
e ecoturismo. Foi implantado em 2004 e beneficia
hoje 15 comunidades das reservas Mamirauá
e Amanã.
É realizada, principalmente,
assessoria para capacitação e também
para áreas de pesquisa de sustentabilidade
ambiental e monitoramento. Essas pesquisas contribuem
com o levantamento de informações
sobre o recurso natural, assegurando maior eficiência
do seu uso por meio de boas práticas de manejo.
O artesanato das duas reservas
abrange cestarias de cipó ambé (Philodendron
sp.) e tala de cauaçu (Calathea lutea); entalhes
em madeira molongó (Malouetia tamaquarina);
sementes e barro. A atividade artesanal gera renda
adicional ao orçamento doméstico dos
artesãos.