14 de Maio de 2009 - Yara Aquino
- Repórter da Agência Brasil - Brasília
- O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão,
afirmou hoje (14) que a partir de
julho o diesel passará a ter adição
de 4% de biodiesel. Atualmente, esse percentual
é de 3%. Em janeiro do próximo ano
a adição de biodiesel aumenta para
5%, de acordo com Lobão.
Para evitar que o acréscimo
de biodiesel no diesel gere aumento de preço
e inflação, o governo irá isentar
o biodiesel do Programa de Integração
Social (PIS) e da Contribuição para
o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
“Com isso não haverá
nenhum impacto inflacionário com a elevação
da mistura. Isso compensa a possibilidade de uma
pequena inflação que seria gerada
por conta da elevação do biodiesel
de 3% para 4%”, disse o ministro após participar
de reunião com o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva para tratar de energia.
Para que ocorra a isenção,
Lobão explicou que será feita modificação
no artigo 8 da Lei 10.925. O pedido de alteração
na lei já foi enviado ao Congresso, de acordo
com o ministro.
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Presidente da Eletronuclear diz
que modelo brasileiro de energia é o mais
seguro do mundo
14 de Maio de 2009 - Lourenço
Canuto - Repórter da Agência Brasil
- Brasília - O diretor-presidente da Eletrobrás
Termonuclear (Eletronuclear), Othon Luiz Pinheiro,
disse hoje (14) em audiência pública
na Câmara que o modelo brasileiro adotado
para geração de energia elétrica
é o mais seguro do mundo.
Segundo ele, o modelo recomendado
atualmente é a alternativa da usina atômica,
que, depois da força hidráulica, é
a forma mais econômica para gerar energia
elétrica. A concentração de
80% da população na área urbana
exige a necessidade de usar a energia nuclear para
geração de eletricidade, situação
inversa do que acontecia nos anos 50, quando maior
parte da população estava na zona
rural.
Segundo Pinheiro, o Brasil adotou
métodos de segurança mais eficazes,
com a estruturação de sistemas de
prevenção e pessoal treinado para
emergência, sob a fiscalização
da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen)
e da Agência Internacional de Energia Atômica.
Ele diz que, do ponto de vista de segurança,
“é mais fácil hoje o planeta ser atingido
por um meteorito do que sofrer danos por um acidente
nuclear”.
O modelo nuclear brasileiro usa
o sistema de reatores TWR, refrigerados por água
desmineralizada, reconhecida como a forma mais viável,
ao contrário do modelo de reatores que funcionavam
por decantação, usado na usina de
Chernobyl, na Rússia, que nos anos 80 provocou
um acidente nuclear.
Sobre a exigência do Tribunal
de Contas da União de expandir o atendimento
para pacientes comuns na área das usinas
atômicas, o presidente da Eletronuclear argumentou
que isso não pode ser feito porque os centros
que funcionam nessa área lidam com pacientes
que estão com baixa imunidade. Por isso,
não podem ser misturados a outros doentes.
Ele completou que é possível
atualmente manipular a energia nuclear em harmonia
com o meio ambiente.