08/05/2009 - Carine Corrêa
- Em palestra realizada hoje (08) na Capela Ecumênica
da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ),
sobre o tema Mudanças
climáticas e seus efeitos sobre o ambiente
e a saúde , o ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc, conclamou as universidades brasileiras
a se engajarem fortemente no debate que se trava
no País entre os setores ruralista e ambientalista.
Minc criticou a bancada ruralista
por querer alterar radicalmente a legislação
ambiental brasileira, em detrimento da preservação
do meio ambiente. Segundo ele, os recentes problemas
ambientais vivenciados no Brasil - como as fortes
chuvas em algumas regiões do Nordeste e as
secas no Sul - revelam um desequilíbrio ambiental
que precisa ser melhor entendido, em sua profundidade,
pelos diversos setores da sociedade.
Para um auditório lotado,
com cerca de 400 pessoas, o ministro participou
do anúncio feito pelo reitor da UERJ, Ricardo
Vieiralves, sobre a concessão de 20 bolsas
para estudantes que apresentarem projetos de conscientização
ecológica, a serem desenvolvidos nas áreas
administrativas e acadêmicas daquela instituição.
De acordo com Vieiralves, a intenção
é transformar a UERJ na primeira universidade
ecológica do Brasil .
Em sua fala, Minc listou uma série
de ações que estão sendo promovidas
pelo Ministério do Meio Ambiente(MMA) no
combate ao aquecimento global, como a implantação
de painéis solares para o aquecimento de
água nas casas do PAC da habitação,
bem como o aumento do combate ao desmatamento na
Amazônia desde que ele assumiu o MMA - que
resultou em um índice de redução
desta prática em 45% na região, em
relação ao mesmo período do
ano anterior.
+ Mais
MMA participa de discussão
sobre Padrões Ambientais e Sociais para REDD
08/05/2009 - Lucia Leão
- Terminou ontem (07/05), em Copenhague, na Dinamarca,
o Workshop sobre Desenvolvimento de Padrões
Ambientais e Sociais para a Redução
de Emissões de Carbono por Desmatamento e
Degradação de Florestas REDD, na sigla
em inglês. O evento foi uma iniciativa da
CARE Internacional, organização humanitária
que luta contra a pobreza global, e da CCBA, sigla
em inglês para Clima, Comunidade e Aliança
para a Biodiversidade. O Ministério do Meio
Ambiente foi representado pela secretária
de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecília
Wey de Brito.
O Workshop reuniu representantes
governamentais e não-governamentais de vários
países, com destaque para Equador, Panamá,
Nepal, Vietnã, Tanzânia e Madagascar.
O objetivo foi identificar programas que respeitem
os direitos destas comunidades e gerem benefícios
significativos tanto sociais quanto para a biodiversidade.
Os resultados vão subsidiar as propostas
que serão levadas para a próxima Conferência
das Partes da Convenção-Quadro das
Nações Unidades sobre Mudanças
Climáticas, que ocorrerá em novembro
deste ano também em Copenhague, especialmente
sob a ótica dos possíveis impactos
de políticas de redução de
emissões de carbono por desmatamento e degradação
para os Povos Indígenas e outras comunidades
dependentes das florestas.
+ Mais
Líderes comunitários
pedem pressa na criação de Resex
08/05/2009 - Lucia Leão
- Representantes das comunidades extrativistas das
regiões do Renascer, no Pará, e Baixo
Rio Branco/Jauaperi, na divisa dos estados do Amazonas
e Roraima, pediram ontem (07) ao ministro Carlos
Minc interfira junta à Casa Civil para acelerar
o processo de criação das reservas
extrativistas, propostas pelo Ministério
do Meio Ambiente nas duas áreas. Os líderes
comunitários informaram que é cada
dia mais tenso o clima na região e o confronto
entre a população local e os madeireiros
e iminente.
Os problemas resultantes da exploração
ilegal da madeira na região, segundo os extrativistas,
vão além dos desmatamentos: também
são a origem de contaminação
dos rios, da escassez de alimentos, de graves problemas
de saúde e da violência que que grassa
na região. Exemplo disso é a comunidade
da Prainha , que vive às margens do rio Uruará,
nos limites da proposta da Resex Renascer. Um documentário,
apresentado ao ministro Carlos Minc, mostra os estragos
feitos pelas balsas que colidem e destroem a vegetação
das margens do rio quando fazem o transporte da
madeira. Por onde passam deixam as águas
do Uruará originalmente cristalinas turvas
e estéreis.
Com a indefinição
sobre as Resex, segundo os líderes comunitário
Wadilson Oliveira Ferreira e Aloísio Barroso
do Nascimento, madeireiros e outros predadores dos
recursos da Amazônia - como os tartarugueiros
dos rio Jauaperi - estão intensificando a
exploração das áreas e acirrando
o clima de confronto com as comunidades extrativistas.
O ministro explicou que as propostas
do MMA para criação das reservas extrativistas
foram questionadas pelos governos dos estados envolvidos
e pelo Ministério de Minas e Energia, mas
as negociações estão sendo
finalizadas em bons termos e ele espera que em breve
o presidente Lula possa assinar o decreto de criação
das unidades.