Panorama
 
 
 

SERRA DOS ÓRGÃOS FIRMA PARCERIA COM
MAIOR PARQUE D MONTANHA DO PERU

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2009

Brasília (15/05/09) – O Parque Nacional da Serra dos Órgãos, unidade de conservação gerida pelo Instituto Chico Mendes no Rio de Janeiro, e o Parque Nacional Huascarán, no Peru, deverão se tornar em breve parques-irmãos. Em encontro na sede do parque peruano, os chefes das duas áreas protegidas assinaram uma carta de intenção nesse sentido.

O objetivo da parceria é o intercâmbio de experiências na gestão e proteção de parques de montanha, tendo em vista que ambos se destacam na prática de caminhada e escalada no Brasil e no Peru, com destaque para a gestão da prática de esportes de aventura, como caminhadas de longo curso (trekking) e escalada. Outros temas trabalhados pelos dois parques são a prevenção e combate a incêndios florestais, educação ambiental e trabalhos de estímulo à produção sustentável em comunidades vizinhas.

O chefe do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Ernesto Viveiros de Castro, pretende ampliar as parcerias com parques de outros países: “Nós já buscamos referências para a gestão do montanhismo em diversos parques do Brasil e do exterior. Pretendemos ampliar e oficializar as parcerias e, quem sabe, chegar a formar uma rede de parques de montanha”, frisa Castro.

Para o chefe do Parque Nacional Huascarán, Marco Arenas, a parceira é de extrema importância. “Os dois países tem problemas parecidos de estrutura para conservação das áreas protegidas e esta parceria permitirá a troca de experiências e elaboração de projetos conjuntos de conservação”, explica Arenas.

Vários países possuem programas de parques-irmãos, buscando benefícios mútuos e intercâmbio de experiências, incluindo treinamento de guarda-parques. O National Park Service dos Estados Unidos, por exemplo, promove parcerias no modelo sisterparks. O Yosemite National Park tem parceria com o Parque Nacional Jiuzhaigou, da China, e o Shenandoah National Park é irmão do Sagarmatha National Park, que protege o Everest, no Nepal, entre outros.

O Parque Nacional Huascarán protege 340 mil hectares da Cordillera Blanca, a mais alta cordilheira tropical do mundo, que atinge 6.1000 metros em seu ponto culminante, o Nevado Huascarán. O parque protege ainda 663 glaciares e 296 lagunas altiplânicas e possui diversas rotas de trekking e escalada, atraindo montanhistas e aventureiros de todo o mundo.
Ascom/ICMBio

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Estudo faz análise histórica da avifauna da Chapada dos Guimarães

Priscila Galvão - Brasília (15/05/09) – O Cerrado apresenta extensas áreas sem registros satisfatórios de sua avifauna. A Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, é uma exceção nessa regra. Além de possuir bons inventários históricos, ainda guarda enormes áreas de vegetação nativa. Isso se deve, principalmente, à criação do Parque Nacional (Parna) da Chapada dos Guimarães, uma das principais unidades de conservação de proteção integral do Cerrado matogrossense.

Essa é a conclusão do estudo “Aves da Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil: uma síntese histórica do conhecimento”, que acaba de ser publicado e vai servir para subsidiar o Plano de Manejo do parque. Ainda de acordo com o estudo, a Chapada dos Guimarães oferece uma oportunidade única de se realizar uma análise histórica da avifauna de uma região do Cerrado ainda em bom estado de conservação.

Os autores do estudo registraram 333 espécies de aves na Chapada dos Guimarães. Dados de literatura e espécimes de museu elevam para 393 o total de espécies já registradas. Deste total, 307 espécies (77,9%) foram documentadas através da coleta de espécimes testemunho. De uma maneira geral a avifauna da região é típica do Cerrado, abrigando 12 espécies endêmicas deste bioma.

As coletas foram realizadas conjuntamente com todas as equipes que participaram da Avaliação Ecológica Rápida (AER) do Parna da Chapada dos Guimarães. Os trabalhos de campo durante a AER ocorreram de 27 de setembro a 6 de outubro de 2005 e de 28 de março a 6 de abril de 2006. “O objetivo do levantamento da avifauna é subsidiar o Plano de Manejo do Parna da Chapada e revisar o histórico de exploração científica da avifauna”, afirma a autora Tatiana Colombo Rubio.

De acordo com ela, foram realizadas duas coletas, para avaliar os períodos distintos: uma na seca e outra na cheia. “Com isso avistamos espécies migratórias, e em reprodução - momento em que algumas aves se tornam mais evidentes, pois cantam a procura de parceiros. Foi utilizado a captura com redes de neblina, transecto por pontos, transecto de varredura e coleta de espécimes testemunho”, afirma.

Métodos – A Revisão do histórico de exploração científica descreve as diversas expedições de coleta e inventários avifaunísticos foram realizados na Chapada dos Guimarães desde o século 19. Grande parte desses resultados, ou não foram publicados, ou foram publicados em meios de divulgação restrita.

Trabalhos de campo - Todos os autores, com exceção de MFV, participaram da AER. Detalhes sobre os métodos utilizados durante os 20 dias da AER são apresentados a seguir: Captura com redes de neblina e Transecto por pontos: as capturas com redes foram realizadas em nove localidades distribuídas pelos seis sítios de amostragem contempladas pela AER: Riacho do Forte (pontos “i”, “ii” e “iii”), Riacho Rio Claro (pontos “i”, “ii” e “iii”), Cidade de Pedra, Cachoeira Véu-de-Noiva (pontos “i” e “ii”), Casa de Pedra (pontos “i”, “ii” e “iii”), e Vale da Benção.

Resultado – Tal campanha resultou na coleta de cerca de 6.00 exemplares, dos quais cerca de 4.000 foram vendidos ao AMNH (Allen, 1891). O restante da coleção foi vendido ou permutado com diversos outros museus do mundo (Allen, 1891).

Os autores do estudo são Leonardo Esteves Lopes, João Batista de Pinho, Bianca Bernardon, Fabiano Ficagna de Oliveira, Giuliano Bernardon, Luciana Pinheiro Ferreira, Marcelo Ferreira de Vasconcelos, Marcos Maldonado-Coelho, Paula Fernanda Albonette de Nóbrega, Tatiana Colombo Rubio.

Para ter acesso à pesquisa completa, acesse o link: http://www.scielo.br/pdf/paz/v49n2/a01v49n2.pdf
Ascom/ICMBio

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Desocupação da Flona Bom Futuro será negociada com moradores, garante ministro

Brasília (11/05/2009) – O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, garantiu nesta segunda-feira (11) que não haverá desocupação à força dos ocupantes da Flona Bom Futuro, em Rondonia. Nenhuma casa, estabelecimento comercial, escola ou igreja será demolida, disse. A ação de vários ministérios e órgãos do governo federal, programada para a próxima semana, tem como objetivo combater o desmatamento e a ocupação irregular da unidade de conservação e será realizada de forma pacífica e negociada, salientou.

Minc criticou a onda de boatos sobre truculência que estão sendo disseminados na região, assegurando que a ação conjunta não prevê despejo ou desintrusão de moradores. Segundo ele, as informações desencontradas partem dos grandes proprietários, a quem interessa permanecer na Flona criando boi pirata.

No último dia 28 de abril, em ofício enviado ao ministro, o deputado federal Ernandes Amorim (PTB-RO) alertou sobre um iminente conflito que poderá ocorrer na Flona. Em ofício de resposta, Minc esclareceu que a operação de regularização que está sendo organizada com a participação de vários ministérios, do Ibama, da Polícia Federal, da Força Nacional e do governo do Estado de Rondônia, é para restituir à União, por meio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a gestão da área e reduzir a zero o desmatamento ilegal. A Flona tem 250 mil hectares e 25% dessa área foi alvo de desmatamento e degradação ambiental.

O ministro lembrou que a ação foi acordada em reunião no último dia 3 de abril, na Prefeitura de Porto Velho, inclusive com a participação do parlamentar, e pretende, entre outras medidas, cadastrar os ocupantes da Flona e apresentar propostas para reformular as atividades econômicas em seu interior, com a elaboração de plano de manejo, reflorestamento e recuperação de áreas degradadas.

Também serão notificados os proprietários de gado, que terão o prazo de seis meses para retirar suas rezes (hoje são cerca de 35 mil cabeças de gado), a começar pelos maiores proprietários, com mais de 300 animais.

Minc insistiu que o diálogo com todos os moradores que vivem na floresta é fundamental e está sendo praticado. Ele lembrou ainda que a União e o Estado de Rondônia são alvo de ação federal por se omitirem diante da ocupação irregular da Flona. Por isso, é que está sendo promovida essa grande ação estrutural.

O ministro também ressaltou que a proposta de trocar a Flona do Bom Futuro pela Reserva Estadual do Rio Vermelho, feita por alguns segmentos, não possui embasamento legal e não soluciona os problemas da degradação existentes na Floresta Nacional. “Precisamos colocar um fim ao desmatamento, reflorestar e recuperar o que foi arrasado. E isso só será possível com a União, o Estado de Rondônia e o município de Porto Velho assumindo suas responsabilidades”, defendeu.

SAIBA MAIS

Floresta Nacional Nacional do Bom Futuro

1) A Flona foi criada em junho de 1988;

2) Hoje, 25% da Flona já foram desmatados. Há no local cerca de 35 mil cabeças de gado e 3 mil moradores;

3) Os Ministérios Públicos Federal e Estadual de Rndônia determinaram através de Ação Civil Pública, em maio de 2004, que o índice de desmatameto fosse reduzido a zero;

4) A Justiça Federal dispôs em decisão de abril de 2004 que todo e qualquer proprietário de gado no interior da Flona fosse notificado a retirar suas rezes no prazo de 180 dias;

5) O MMA, o MDA, o INCRA, o Instituto Chico Mendes e o Estado de Rondônia discutiram conjuntamente e elaboraram um Acordo de Cooperação Técnica que objetiva a solução do impasse socioambiental existente na Flona;

6) Os principais pontos do acordo são: reduzir o desmatamento a zero; impedir a exploração de madeira através da instalação de postos de controle em todos os acessos à Flona; destinar área para realocação do público client da reforma agrária; notifiar os proprietários de gado a retirar suas rezes;

7) O acordo já foi assinado pelo MDS, INCRA, Instituto Chico Mendes, faltando assinar o ministro Minc e o governador Cassol;

8) Estão participando da preparação da ação que começará a implementar o acordo o MMA, o MDS, o INCRA, o IBAMA, o Instituto Chico Mendes (que já começará a construir quatro sedes na Flona), o Batalhão Ambiental da PM de Rondônia, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, o Exército que montará três bases para alojar e dar suporte logístico aos participantes na ação, a Força Nacional, a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Federal, a Abin, o Censipam;

9) Têm sido realizadas reuniões com políticos e representantes dos moradores, sendo que a mais expressiva delas - da qual participaram cerca de 100 pessoas - ocorreu no dia 3 de abril na Prefeitura de Porto Velho. Entre os participantes estavam os prefeitos de Porto Velho, Buritis, Alto Paraíso, deputados estaduais, deputado federal, o arcebispo Dom Moacir Grechi, pastoral da terra;

10) O MMA distribuiu comunicado reafirmando os pontos centrais do acordo, garantindo que nenhum morador sairia da área sem sua expressa vontade, que nenhuma casa, estabelecimento comercial, escola, ou igreja seria demolida;

11) O MMA, conjuntamente com os outros participantes dos órgãos federais, o prefeito de Porto Velho, o arcebisbo, a pastoral da terra, tem atuado no sentido de apaziguar os ânimos, de apresentar propostas visando separar os maiores proprietários de gado (mais de 300 cabeças) dos médios e pequenos (menos de 50) para dar início à retirada de gado.
Daniela Mendes
Assessoria de Comunicação
Ministério do Meio Ambiente

 
 

ICMBio - Instituto Chico Mendes
Ascom

 
 
 
 

 

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